Câncer de Próstata

No Brasil, o câncer ou carcinoma de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

O que é a Próstata?

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

Taxas de Incidência

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Fatores de Risco

  • A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
  • Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.
  • Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado.
  • Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio) arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.

Os Sinais e Sintomas

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

A Detecção Precoce

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos. Portanto, o INCA não recomenda a realização de exames de rotina com essa finalidade. Caso os homens busquem ativamente o rastreamento desse tipo de tumor, o Instituto recomenda, ainda, que eles sejam esclarecidos sobre os riscos envolvidos e sobre a possível ausência de benefícios desses exames feitos como rotina.

Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:

  • Dificuldade de urinar
  • Diminuição do jato de urina
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite
  • Sangue na urina

Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico.

Como é diagnosticado?

O câncer da próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames:

  • Dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico
  • Toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.

Na maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico.

Nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, podem ser necessários exames complementares.

A biópsia é o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia. Pode haver desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes ao procedimento, e há risco de infecção, o que é resolvido com o uso de antibióticos.

Outros exames de imagem também podem ser solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea (para verificar se os ossos foram atingidos).

Como é tratado?

Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos.

Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Atuação do profissional de enfermagem no câncer da próstata

A Enfermagem atua no cuidado integral e contínuo nestes pacientes, este precisa tomar decisões e avaliar as intervenções que foram aplicadas e de modo organizado o mesmo tem o método da SAE ( Sistematização da Assistência de Enfermagem) para seu auxilio sendo que as suas ultimas etapas (implementação de cuidados e avaliação dos resultados óbitos), além de métodos terapêuticos alternativos e condutas da equipe multidisciplinar de modo que o profissional possa ampliar os conhecimentos sobre este agravo.

Diante do enfrentamento de qualquer neoplasia, a equipe de enfermagem deve agir para evitar o pessimismo angustiante que geralmente se instala no convívio familiar com a vitima. Nos cuidados paliativos na oncologia, o objetivo da assistência compreende na promoção da qualidade de vida e do conforto dos pacientes e da família que enfrentam juntos a enfermidade, atuando na prevenção e alivio dos sintomas e apoiando as necessidades psicossociais, emocionais e espirituais do enfermo e acompanhante.

Para ter segurança nos cuidados prestados a estes pacientes, o profissional deve buscar evidencias de intervenções já realizadas, avaliando de forma criteriosa os resultados obtidos pelos cuidados prestados em pacientes oncológicos prostáticos. Estar sempre a disposição para manter o paciente e familiar informado sobre a patologia e medicação utilizada, além de se atentar as necessidades biopsicossociais e espirituais do paciente, que também pode ser físicas devido a melhoria da estrutura física para acomodar e proporcionar melhor estadia e conforto para o cliente e acompanhante, ouvir suas aflições e sempre buscar estimular o acompanhante a permanecer ao lado do enfermo, são ações que se tornam impreteríveis no exercício da profissão de enfermagem e traz uma gratificação imensurável dos internos.

Referência:

  1. INCA
  2. ARAÚJO et al, As Representações Sociais de Homens sobre o Câncer de Próstata, São Paulo, 2013.
  3. DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. 2.ed. São Paulo : Atheneu,2009, pág.146
  4. MILIORINI Juliana Padial; FERNANDES Marina Viana; DECESARO Maria das Neves;
  5. MARCON, Sonia Silva familiar no contexto hospitalar, PR, 2012 disponível em : https://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/603/pdf.

SpeediCath® Navi: Para Homens com Disfunção Miccional

Disfunções miccionais são alterações no ato de urinar. Podem ter origem neurológica (como em pacientes para ou tetraplégicos), e também com bexiga neurogênica , e não neurológicas (incontinência urinária de esforço, bexiga hiperativa, capacidade vesical reduzida por doenças crônicas, como tuberculose).

E a Empresa Coloplast lança um novo dispositivo, o cateter hidrofílico SpeediCath® Navi, que eleva o padrão de cuidado da bexiga no Brasil.

O Auto-Cateterismo Intermitente

As técnicas de cateterismo vesical intermitente podem variar de acordo com o julgamento clínico, com a disponibilidade de recursos, sempre levando em consideração a indicação individualizada. Dentre as intervenções pertinentes, destacam-se o cateterismo intermitente estéril, realizado por meio de um cateter de uso único estéril manipulado com técnica estéril e cateterismo intermitente limpo, realizado por meio de técnica e material não-estéreis.

Tipos e características dos cateteres utilizados (hidrofílicos, impregnados com antibióticos e cateteres convencionais, ou seja não revestidos como os de silicone, látex ou PVC), também variam consideravelmente, o que aumenta a complexidade de seleção de produtos e análise comparativa da sua eficácia.

E o cateter hidrofílico SpeediCath® Navi  foi introduzido com o objetivo de facilitar a técnica de cateterismo vesical intermitente domiciliar, melhorar o conforto do paciente e reduzir as complicações associadas ao mesmo.

Ele se caracteriza por apresentar uma camada de polímero com alta afinidade pela água e que forma uma superfície deslizante, facilitando a entrada do cateter na uretra, sendo demonstrado que a utilização do mesmo proporciona menor risco de infecção urinária.

O mercado brasileiro masculino de usuários de cateter intermitente inclui pessoas com bexiga neurogênica (entre os que têm lesão medular, 80% são homens), portadores de esclerose múltipla e espinha bífida, entre outras disfunções.

Eles devem usar um cateter descartável sempre que vão esvaziar a bexiga. Desta forma, é um produto de necessidade íntima, para uso frequente (de quatro a seis vezes ao dia, em torno de duas mil vezes ao ano), essencial e imprescindível para uma boa qualidade de vida. 

Características do SpeediCath® Navi

Com uma ponta flexível em formato de gota, em conjunto com a flexibilidade do cateter, o SpeediCath® Navi proporciona uma inserção e retirada simples e gradual pelas irregularidades da uretra masculina. A ponta flexível se mantém sempre no centro da uretra, evitando falsos trajetos. Ele possui também um guia de inserção que facilita a navegação e permite um cateterismo higiênico, pois não há toque no cateter, diminuindo o risco de contaminação e de infecção urinária em até 54%¹ 

 O SpeediCath® Navi é o mais novo integrante do portfólio SpeediCath, família de cateteres intermitentes da Coloplast que possuem revestimento hidrofílico e são prontos para o uso, não exigindo preparo prévio (como adição de água ou de gel lubrificante). Seu revestimento hidrofílico único e uniforme reduz as chances de trauma uretral em até 55%², atendendo a uma demanda dos mercados em desenvolvimento: facilitar o treinamento, minimizar a complexidade do cateterismo e proporcionar maior adesão ao tratamento, com melhorias na qualidade de vida.

“É um mercado emergente com novos padrões de saúde”, explica o urologista Dr. José Carlos Truzzi. Ele reforça que a tendência é que os cateteres convencionais — sem qualquer tecnologia e que precisam de gel ou água para serem utilizados — sejam pouco a pouco substituídos pelo SpeediCath Navi: “Ambos têm um corpo mais flexível, o que facilita na adaptação. Além disso, a praticidade de ser pronto para o uso e ter a ponta flexível para auxílio na inserção trazem um conforto que, depois de conhecer o Navi, o usuário geralmente não vai mais querer voltar para o cateter convencional”. Truzzi ressalta ainda que, ao reduzir o risco de complicações e manter uma rotina saudável de gestão da bexiga, o SpeediCath Navi estabelece um padrão ouro no tratamento de disfunções miccionais.   

Na fase de pré-lançamento, a Coloplast ofereceu o SpeediCath® Navi a 150 usuários brasileiros para avaliar a aceitação do produto. Os números confirmam que ele cumpre a função de facilitar o uso e de ser mais suave no trajeto para a bexiga, estando alinhado às necessidades do mercado nacional: 95% consideraram fácil de usar; 95% confirmaram que esta facilidade inclui um manejo higiênico, sendo mais seguro para a saúde do usuário; 96% recomendariam o SpeediCath Navi e 70% concordam que a flexibilidade da ponta e do próprio cateter trazem a sensação de ser um produto mais gentil na utilização. 

Quem quiser conhecer o mais novo cateter hidrofílico da Coloplast, pode solicitar uma amostra grátis com cinco unidades do SpeediCath Navi por meio do site http://bit.ly/amostrasgratisnavi 

Lançado em 2019 no exterior (Espanha, Japão, Coreia do Sul, África do Sul, Arábia Saudita, República Tcheca e Emirados Árabes), a Coloplast, empresa dinamarquesa no Brasil desde 1999 e líder de mercado em 140 países, traz o SpeediCath Navi depois de extensas pesquisas com usuários e profissionais de saúde do Brasil e outros quatro países semelhantes ao nosso no uso de produtos de necessidades íntimas. “O cateter hidrofílico SpeediCath Navi está alinhado à missão da Coloplast de oferecer produtos e serviços que melhoram a vida de pessoas com condições médicas muito íntimas. Além disso, somos pioneiros e líderes no mercado de Continência e, através da educação de profissionais de saúde, usuários e acesso às evidências, tecnologia e inovação em saúde, buscamos elevar o padrão de tratamento da bexiga no Brasil”, ressalta Luiz Tavares, diretor geral da Coloplast.   

Saiba mais sobre o Cateterismo Intermitente Domiciliar neste link.

Veja também:

Bexiga Neurogênica: O que é?

Distensão Vesical ou Retenção Urinária

Cateter Vesical de Alívio

Referências:

  1. Estudos de 2020 da Asian Journal of Surgery  
  2. Coloplast Brasil