Mapa Cirúrgico: Para que serve?

Um mapa cirúrgico nada mais é do que um relatório que apresenta, separadamente, cada profissional, cada cirurgia com suas respectivas datas, os dados do paciente, o procedimento a ser realizado, materiais e medicamentos utilizados, observações e o total de cirurgias por dia e por profissional.

De acordo com a configuração da janela inicial de parâmetros, deve-se definir as informações mediante com o intervalo desejado e se os dados serão separados por Médico ou por Sala Cirúrgica. Para que seja possível a emissão deste relatório, é preciso que existam movimentações na rotina.

Como funciona?

As reservas cirúrgicas são agendadas nos horários disponíveis das salas do centro cirúrgico e do profissional médico. Para que o agendamento seja possível, deve haver harmonia entre o setor, plano, médico e procedimento.

Essa rotina vai permitir um maior controle da marcação das cirurgias de forma segura e com a garantia da integridade das informações. Todo atendimento do centro cirúrgico será bem organizado, considerando toda a programação da agenda do hospital.

Dessa maneira, para que a rotina seja efetuada corretamente, é necessário que os horários de uso das salas e da disponibilidade do médico já tenham sido gerados, seguindo a disponibilidade cirúrgica.

Preparação da Sala Cirúrgica

A montagem da sala cirúrgica é uma atividade primordial e de responsabilidade da equipe de Enfermagem do Centro Cirúrgico. Toda a organização e o planejamento nesta atividade envolve o conhecimento do mapa cirúrgico, a dinâmica das cirurgias, os instrumentos utilizados e sua interface junto à Central de Material e Esterilização (CME).

O mapa cirúrgico irá possibilitar que a equipe saiba o nome e idade do paciente, o procedimento que será realizado, os integrantes da equipe médica, o horário, o tipo de convênio e outras observações de destaque que cada serviço dispõe no mapa.

A partir dessas informações, a sala deve estar preparada com os equipamentos básicos que a compõem e os materiais/instrumentais cirúrgicos necessários que serão usados em cada procedimento específico.

A montagem da sala cirúrgica inclui a disponibilização de insumos básicos como:

  • luvas estéreis;
  • luvas de procedimentos;
  • agulhas;
  • seringas;
  • equipos;
  • escovas para degermação;
  • micropore e esparadrapo;
  • soluções antissépticas;
  • soros;
  • fios cirúrgicos;
  • manopla;
  • cubas;
  • recipientes para anatomopatológico;
  • compressas estéreis;
  • lap e aventais estéreis;
  • por fim, instrumentais e dispositivos médicos específicos de acordo com cada cirurgia;
  • Além de toda a montagem, após o término de cada cirurgia, é necessário que a sala seja organizada novamente, seguindo o mapa cirúrgico, para o próximo procedimento, executando ações como a limpeza e descontaminação da sala, pensando na segurança do paciente.

Benefícios do Mapa Cirúrgico

  • Organização e mais facilidade de realizar tarefas;
  • Mais rapidez na hora de preparar as salas cirúrgicas, identificar novos procedimentos e como lidar com as individualidades de cada paciente;
  • Identificação prévia dos riscos existentes no ambiente hospitalar e quais são os riscos que podem expor a equipe e o paciente;
  • Conscientização sobre o uso adequados das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva e individual;
  • Redução de gastos com acidentes e doenças, medicação, indenização, substituição de profissionais e danos a qualquer tipo de paciente;
  • Facilitação da gestão de saúde e segurança na cirurgia, com o aumento da segurança interna e externa;
  • Melhor clima organizacional, maior produtividade e chances de resultados assertivos.

Referência:

  1. FERREIRA, Maria de Jesus Veríssimo et al.. CONSTRUÇÃO DE UM MAPA CIRÚRGICO: FERRAMENTA DE QUALIDADE NA SEGURANÇA DO PACIENTE.. In: Anais da 15ª Jornada Norte Nordeste de Centro Cirúrgico e Central e Esterilização. Anais…Fortaleza(CE) Ponta Mar Hotel, 2019. Disponível em: <https//www.even3.com.br/anais/15jnnccce/129310-CONSTRUCAO-DE-UM-MAPA-CIRURGICO–FERRAMENTA-DE-QUALIDADE-NA-SEGURANCA-DO-PACIENTE>. 

MAPA e Holter: Entenda as diferenças

Os exames MAPA e Holter são alguns dos mais indicados para o diagnóstico de diversas doenças cardíacas. Apesar de parecidos, eles têm diferenças e é importante saber quais são elas para recomendar o exame mais adequado.

O MAPA

O exame de Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é um exame usado para a verificação da pressão arterial de forma mais aprofundada. Enquanto o esfigmomanômetro verifica apenas a pressão sanguínea momentânea, o MAPA consegue acompanhar as oscilações durante determinado tempo.

O MAPA é um aparelho semelhante a um gravador portátil, que coleta as informações sobre a condição do paciente, de acordo com as condições externas. Assim, ele pode registrar a oscilação pela presença do médico (síndrome do jaleco branco), pela submissão a estresse físico ou emocional, entre outras.

Por isso, o MAPA é bastante usado em pacientes com suspeita de hipertensão arterial. Afinal, ele mostra elevações na pressão, que podem indicar um quadro da doença, e também uma elevação isolada, que não necessariamente demonstra um problema de saúde, podendo ser um evento isolado.

Também pode ser recomendado para investigar os motivos para elevações periódicas na pressão de pacientes que já tenham o diagnóstico de hipertensão. Ou seja, é importante para que o médico tenha as informações necessárias para rever o tratamento proposto.

O Holter

O Holter é um equipamento portátil, também colocado junto ao corpo do paciente, usado para a mensuração da atividade elétrica do coração. Por isso, é indicado para diagnosticar diversos problemas relacionados à condução cardíaca.

São colados fios no tórax do paciente, que fazem a medição da atividade cardíaca durante 24 horas. Ele registra diferentes episódios, como desmaios, palpitações, arritmias, entre outros problemas.

Apesar de não haver contraindicação, é muito importante considerar o histórico do paciente antes de acoplar o aparelho. Além disso, é fundamental orientar bem o paciente, tirando todas as dúvidas dele, uma vez que ele passará o dia todo com o equipamento.

Então, qual é a diferença?

Ambos os exames não exigem um preparo. Por isso, são considerados pouco invasivos e de fácil convivência. De qualquer forma, é necessário que o paciente fique 24 horas com qualquer um dos aparelhos, com um bom registro da rotina do paciente.

A diferença entre eles é mesmo a indicação: o MAPA verifica a pressão arterial; o Holter a atividade elétrica. Ou seja, eles podem até ser usados de forma complementar, principalmente para os casos mais complexos de doenças cardiovasculares.

De qualquer forma, é muito importante avaliar o quadro global do paciente antes de indicar os exames de MAPA e Holter. Portanto, pesquise bem o histórico, converse e, inclusive, veja se outros exames podem ser necessários.

O CardioMAPA

O CardioMAPA é um aparelho com a capacidade de registrar o Holter e o MAPA simultaneamente – dessa forma é possível analisar os registros da pressão arterial e da frequência cardíaca no mesmo período sem a necessidade de dois dias de monitorização.

Referências:

  1. Hospital Israelita Albert Einstein;
  2. Portal Telemedicina;
  3. Maislaudo.