Função dos Rins

Os rins são órgãos essenciais para o bom funcionamento do corpo humano, desempenhando papéis cruciais na manutenção da saúde e do equilíbrio interno. Localizados na região lombar, esses dois órgãos em forma de feijão são responsáveis por uma série de funções que vão muito além da simples filtragem do sangue.

Nesta publicação, vamos explorar as principais funções do rim e por que cuidar deles é tão importante para a saúde geral.

Filtração do Sangue e Eliminação de Toxinas

A função mais conhecida dos rins é a filtragem do sangue. Eles removem resíduos e toxinas, como ureia, creatinina e ácido úrico, que são subprodutos do metabolismo. Esses resíduos são eliminados do corpo através da urina, ajudando a manter o sangue limpo e livre de substâncias prejudiciais.

Regulação do Equilíbrio Hídrico

Os rins controlam a quantidade de água no corpo, ajustando o volume de urina produzido. Em situações de desidratação, por exemplo, os rins retêm mais água, produzindo uma urina mais concentrada. Já em casos de excesso de líquidos, eles aumentam a produção de urina para eliminar o excesso.

Controle do Equilíbrio Eletrolítico

Os rins regulam os níveis de eletrólitos no sangue, como sódio, potássio, cálcio e fósforo. Esses minerais são essenciais para funções como a contração muscular, a transmissão de impulsos nervosos e a manutenção do pH sanguíneo.

Regulação da Pressão Arterial

Os rins produzem hormônios como a renina, que ajuda a controlar a pressão arterial. Eles também regulam o volume de líquidos no corpo, o que influencia diretamente a pressão sanguínea.

Produção de Hormônios

Além da renina, os rins produzem outros hormônios importantes, como:

  • Eritropoetina (EPO): Estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea.
  • Calcitriol: Forma ativa da vitamina D, que ajuda na absorção de cálcio e na saúde dos ossos.

Manutenção do Equilíbrio Ácido-Básico

Os rins ajudam a manter o pH do sangue em níveis adequados, eliminando ácidos ou bicarbonatos através da urina. Isso é essencial para o funcionamento das células e enzimas do corpo.

Excreção de Medicamentos e Substâncias Estranhas

Os rins também são responsáveis por eliminar medicamentos e outras substâncias estranhas ao organismo, garantindo que essas substâncias não se acumulem no corpo.

Por Que Cuidar dos Rins é Tão Importante?

Os rins são órgãos vitais, e qualquer disfunção pode levar a complicações graves, como insuficiência renal, hipertensão e desequilíbrios eletrolíticos. Para manter os rins saudáveis, é importante:

  • Manter-se Hidratado: Beber água regularmente ajuda os rins a funcionarem melhor.
  • Adotar uma Alimentação Saudável: Evitar excesso de sal, açúcar e gorduras.
  • Controlar a Pressão Arterial e o Diabetes: Essas condições são as principais causas de doença renal crônica.
  • Evitar o Uso Excessivo de Medicamentos: Alguns remédios podem sobrecarregar os rins.

Conclusão

Os rins desempenham funções vitais para o equilíbrio e a saúde do corpo. Cuidar deles é essencial para prevenir doenças e garantir uma boa qualidade de vida.

Referência:

  1. Ministério da Saúde
  2. Sociedade Brasileira de Nefrologia

Hemodiálise veno-venosa contínua (CVVHD)

A hemodiálise veno-venosa contínua (CVVHD) é um procedimento de purificação do sangue utilizado para imitar a função dos rins em casos de doenças renais, como lesão renal aguda e toxicidade. Neste artigo, exploraremos os principais aspectos desse tratamento contínuo, suas indicações, técnicas e considerações clínicas.

O que é a Hemodiálise Veno-Venosa Contínua?

A hemodiálise veno-venosa contínua é uma terapia de substituição renal contínua que visa filtrar e dialisar o sangue sem interrupção. Diferentemente da hemodiálise intermitente, que ocorre em sessões periódicas, a hemodiálise veno-venosa contínua opera de forma contínua, evitando episódios de hipotensão causados pela remoção intermitente de grandes volumes de líquidos.

Indicações

Esse procedimento é indicado principalmente para pacientes com lesão renal aguda que estão hemodinamicamente instáveis e/ou que necessitam receber grandes volumes de líquidos. Alguns cenários em que a hemodiálise veno-venosa contínua pode ser apropriada incluem:

  1. Lesão Renal Aguda (LRA): Pacientes com LRA que apresentam instabilidade hemodinâmica e não toleram a hemodiálise intermitente.
  2. Choque: Pacientes em choque que necessitam de hiperalimentação e/ou vasopressores intravenosos.
  3. Insuficiência de Múltiplos Órgãos: Em casos de insuficiência de múltiplos órgãos, a hemodiálise veno-venosa contínua pode ser uma opção para manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico.

Técnicas e Procedimentos

Existem duas abordagens principais para a hemodiálise veno-venosa contínua:

  1. Procedimento Arteriovenoso:
    • A artéria femoral é canulada, e a pressão arterial empurra o sangue através do filtro para a veia femoral.
    • As velocidades de filtração são tipicamente baixas, especialmente em pacientes hipotensos.
    • Essa via é mais simples, não requerendo uma bomba, mas pode fornecer fluxos de sangue não confiáveis em pacientes hipotensos.
  2. Procedimento Venovenoso Contínuo:
    • Utiliza-se uma bomba para dirigir o sangue de uma grande veia (femoral, subclávia ou jugular interna) através do circuito de diálise e de volta para a circulação venosa.
    • Um catéter com duplo lúmen é utilizado; o sangue é retirado e devolvido para a mesma veia.
    • Essa via permite melhor controle da pressão arterial e da velocidade de filtração, com remoção mais suave de líquidos.

Alguns Pontos Chave:

  • Procedimento Contínuo: Diferente da hemodiálise intermitente, este método opera sem interrupção, o que pode evitar episódios de hipotensão causados pela remoção intermitente de grandes volumes de líquidos.
  • Bomba de Sangue: Utiliza-se uma bomba para movimentar o sangue de uma grande veia (femoral, subclávia ou jugular interna) através do circuito de diálise e de volta para a circulação venosa.
  • Catéter Duplo Lúmen: O sangue é retirado e devolvido para a mesma veia por meio de um catéter com duplo lúmen.
  • Anticoagulação: Os procedimentos requerem anticoagulação, frequentemente regional, para prevenir a coagulação do sangue durante o processo.

Anticoagulação

Ambos os procedimentos requerem anticoagulação, geralmente regional, para prevenir a coagulação do sangue durante o processo. A anticoagulação regional com citrato é uma opção, na qual o sangue é infundido com citrato para evitar a coagulação, e o cálcio é reinfundido à medida que o sangue retorna ao paciente.

Esse método evita as complicações da heparinização sistêmica.

Em resumo, a hemodiálise veno-venosa contínua é uma ferramenta valiosa no tratamento de pacientes com lesão renal aguda e instabilidade hemodinâmica. A escolha entre as vias arteriovenosa e venovenosa deve ser individualizada, considerando as necessidades clínicas de cada paciente.

Cuidados de Enfermagem

  1. Preparação e Monitoramento:
    • Antes da sessão de hemodiálise, é essencial preparar o paciente. Isso inclui verificar os sinais vitais, avaliar o acesso vascular (fístula ou cateter), e garantir que o paciente esteja confortável e bem informado sobre o procedimento.
    • Durante a diálise, monitore constantemente os sinais vitais, a pressão arterial e o estado geral do paciente. Esteja atento a qualquer alteração e comunique prontamente a equipe médica.
  2. Punção de Fístula ou Manejo do Cateter:
    • Se o paciente possui uma fístula arteriovenosa (AVF) ou um cateter venoso central (CVC), realize a punção ou manejo adequado.
    • A punção da AVF deve ser feita com técnica asséptica para evitar infecções. Observe o fluxo sanguíneo e a permeabilidade da fístula.
    • No caso de CVC, verifique a integridade do curativo, evite manipulações excessivas e observe sinais de infecção.
  3. Programação da Máquina e Montagem do Circuito:
    • A máquina de hemodiálise deve ser programada de acordo com as prescrições médicas. Verifique os parâmetros, como taxa de filtração, tempo de sessão e concentração de soluções.
    • Monte o circuito de diálise com cuidado, garantindo que todas as conexões estejam seguras e sem vazamentos.
  4. Atenção Física e Emocional:
    • A hemodiálise pode ser um processo cansativo e emocionalmente desafiador para o paciente. Esteja presente para oferecer apoio e conforto.
    • Monitore os níveis de desconforto, náuseas, cãibras e outros sintomas. Administre medicações conforme necessário.
  5. Documentação e Comunicação:
    • Registre todas as intervenções realizadas durante a hemodiálise. Isso inclui dados vitais, observações e qualquer ocorrência relevante.
    • Comunique-se com a equipe multidisciplinar, incluindo médicos, nutricionistas e assistentes sociais, para garantir uma abordagem completa e integrada ao cuidado do paciente.

Referências:

Frêmito da Fístula Arteriovenosa

O frêmito é uma vibração palpável que pode ser sentida na pele, causada pelo fluxo sanguíneo turbulento em uma artéria ou em uma fístula arteriovenosa (FAV).

No caso da FAV, o frêmito é um sinal clínico importante que indica o bom funcionamento da fístula, ou seja, que o sangue está fluindo adequadamente entre a artéria e a veia.

Como se Forma o Frêmito na FAV?

A FAV é uma conexão cirúrgica entre uma artéria e uma veia, geralmente criada no braço ou antebraço de pacientes com doença renal crônica, para permitir a realização de hemodiálise. Essa conexão aumenta significativamente o fluxo sanguíneo na veia, o que causa uma vibração nas paredes do vaso, percebida como frêmito.

Por que o Frêmito é Importante?

  • Indica bom funcionamento da FAV: A presença de frêmito é um sinal de que a FAV está madura e pronta para ser utilizada para a hemodiálise.
  • Monitoramento da FAV: A avaliação regular do frêmito permite acompanhar a permeabilidade da fístula e detectar precocemente possíveis complicações, como estreitamentos ou obstruções.
  • Orientação para o paciente: O paciente pode ser orientado a sentir o próprio frêmito em casa, o que o ajuda a monitorar a FAV e comunicar qualquer alteração ao médico.

Como Avaliar o Frêmito?

O frêmito é avaliado através da palpação da região da FAV. O profissional de saúde coloca a ponta dos dedos sobre a fístula e sente a vibração. A intensidade do frêmito pode variar de acordo com o fluxo sanguíneo e as características individuais de cada paciente.

Alterações no Frêmito e seus Significados

  • Aumento do frêmito: Pode indicar aumento do fluxo sanguíneo na FAV, o que geralmente é desejável.
  • Diminuição do frêmito: Pode indicar redução do fluxo sanguíneo, o que pode ser causado por estreitamentos, coágulos ou outras complicações.
  • Ausência de frêmito: Sugere obstrução da FAV e requer investigação imediata.

O que Causa Alterações no Frêmito?

  • Estenose: Estreitamento da fístula.
  • Trombose: Formação de coágulos sanguíneos.
  • Infecção: Processo infeccioso na fístula.
  • Pseudoaneurisma: Dilatação anormal da fístula.

O que Fazer em Caso de Alterações no Frêmito?

Se você perceber alguma alteração no frêmito da sua FAV, como diminuição ou ausência, é importante entrar em contato com seu médico imediatamente. Ele poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografia Doppler, para avaliar a causa do problema e indicar o tratamento adequado.

Por que é Importante Avaliar o Frêmito?

A avaliação do frêmito permite:

  • Detectar precocemente problemas: A diminuição ou ausência do frêmito pode indicar a presença de coágulos, estreitamentos ou outras complicações na FAV, que precisam ser tratadas rapidamente.
  • Monitorar a maturação da FAV: O frêmito indica que a FAV está madura e pronta para ser utilizada na hemodiálise.
  • Orientar o paciente: O paciente pode ser orientado a sentir o próprio frêmito em casa, o que o ajuda a monitorar a FAV e comunicar qualquer alteração ao médico ou enfermeiro.

Quais os Cuidados de Enfermagem?

  • Palpação regular: O enfermeiro deve palpar a FAV em cada sessão de hemodiálise e em consultas de acompanhamento, avaliando a intensidade e a localização do frêmito.
  • Comparação com avaliações anteriores: É importante comparar o frêmito atual com avaliações anteriores para identificar qualquer alteração.
  • Documentação: Todos os achados da avaliação do frêmito devem ser registrados no prontuário do paciente.
  • Orientação ao paciente: O paciente e seus familiares devem ser orientados sobre a importância do frêmito e como monitorá-lo em casa.
  • Comunicação com a equipe médica: Qualquer alteração no frêmito deve ser comunicada ao médico para que sejam realizados os exames necessários e iniciado o tratamento adequado.

O que Fazer em Caso de Alterações no Frêmito?

  • Diminuição do frêmito: Pode indicar estreitamento da FAV, presença de coágulos ou outras complicações.
  • Ausência de frêmito: Sugere obstrução da FAV e requer investigação imediata.

Em ambos os casos, o paciente deve ser encaminhado para avaliação médica e realização de exames complementares, como ultrassonografia Doppler.

Quais Outras Avaliações Devem Ser Feitas?

Além da avaliação do frêmito, o enfermeiro deve realizar outros procedimentos para monitorar a FAV, como:

  • Inspeção visual: Observar a presença de vermelhidão, inchaço, calor ou drenagem no local da FAV.
  • Palpação: Avaliar a temperatura, a sensibilidade e a presença de endurecimento na região da FAV.
  • Ausculta: Ouvir a presença de sopros, que podem indicar turbilhonamento do sangue.

Prevenindo Complicações

Para prevenir complicações na FAV, é importante que o paciente siga as orientações médicas e de enfermagem, como:

  • Exercícios de maturação: Realizar os exercícios indicados pelo profissional de saúde para fortalecer a veia e estimular o fluxo sanguíneo.
  • Proteger a FAV: Evitar traumas, compressões e punções no membro com a FAV.
  • Manter a higiene: Lavar o local da FAV com água e sabão diariamente.
  • Comunicar qualquer alteração: Procurar o médico ou enfermeiro imediatamente em caso de dor, inchaço, vermelhidão ou qualquer outro sintoma.

Referências:

  1. Milton Alves das Neves Junior, Rafael Couto Melo, Catarina Coelho de Almeida, Allison Roxo Fernandes, Alexandre Petnys, Maria Lucia Sayuri Iwasaki, Edgar Raboni. Avaliação da perviedade precoce das fístulas arteriovenosas para hemodiálise. J Vasc Bras. 2011;10(2):105-109.

Nefrotoxicidade Medicamentosa

A nefrotoxicidade medicamentosa ocorre quando um medicamento ou substância química causa danos aos rins. Esses danos podem variar desde leves, como uma diminuição temporária da função renal, até graves, resultando em insuficiência renal aguda ou crônica.

Como os medicamentos podem danificar os rins?

Existem diversas formas pelas quais os medicamentos podem causar danos renais, incluindo:

  • Redução do fluxo sanguíneo renal: Alguns medicamentos podem causar vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos) nos rins, diminuindo o fluxo sanguíneo e prejudicando a filtração.
  • Danos diretos às células renais: Outros medicamentos podem agir diretamente sobre as células dos rins, causando inflamação, necrose (morte celular) ou outras alterações.
  • Obstrução dos túbulos renais: Alguns medicamentos podem formar cristais nos túbulos renais, obstruindo o fluxo urinário e prejudicando a função renal.

Quais medicamentos são mais frequentemente associados à nefrotoxicidade?

Uma grande variedade de medicamentos pode causar nefrotoxicidade. Alguns dos mais comuns incluem:

  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Como ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco.
  • Antibióticos: Aminoglicosídeos (gentamicina, amikacina), cefalosporinas de terceira geração e vancomicina.
  • Diuréticos: Principalmente os de alça (furosemida, bumetanida).
  • Agentes de contraste iodados: Utilizados em exames de imagem.
  • Alguns medicamentos quimioterápicos.
  • Imunossupressores.

Quais são os fatores de risco para nefrotoxicidade medicamentosa?

  • Idade: Idosos são mais suscetíveis, pois a função renal tende a diminuir com a idade.
  • Doenças pré-existentes: Doenças renais crônicas, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardíacas aumentam o risco.
  • Desidratação: A desidratação pode concentrar os medicamentos nos rins, aumentando a toxicidade.
  • Uso concomitante de múltiplos medicamentos: A interação entre diferentes medicamentos pode aumentar o risco de nefrotoxicidade.
  • Dose e duração do tratamento: Doses elevadas e tratamentos prolongados aumentam o risco.

Quais são os sintomas da nefrotoxicidade?

Os sintomas da nefrotoxicidade podem variar dependendo da gravidade do dano renal e podem incluir:

  • Diminuição da produção de urina.
  • Inchaço nas pernas, pés e tornozelos.
  • Fadiga.
  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite.
  • Confusão mental.

Como a nefrotoxicidade é diagnosticada?

O diagnóstico da nefrotoxicidade geralmente envolve:

  • Exame físico: O médico pode identificar sinais de inchaço, pressão alta e outros sinais de doença renal.
  • Exames de sangue: Os níveis de creatinina e ureia no sangue são indicadores importantes da função renal.
  • Exame de urina: A análise da urina pode revelar a presença de sangue, proteína ou outras anormalidades.
  • Biopsia renal: Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia renal para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão do dano.

Qual é o tratamento para a nefrotoxicidade?

O tratamento da nefrotoxicidade depende da causa e da gravidade dos danos renais. Em alguns casos, a interrupção do medicamento causador da lesão pode ser suficiente para que os rins se recuperem. Em outros casos, pode ser necessário realizar tratamento de suporte, como diálise, para remover as toxinas do sangue e auxiliar na função renal.

Cuidados de Enfermagem

Quanto a prevenção da Nefrotoxicidade

  • Monitoramento da função renal: Acompanhar regularmente os exames de creatinina e ureia, além de outros marcadores, é essencial para detectar precocemente alterações na função renal.
  • Hidratação adequada: Incentivar a ingestão de líquidos, a menos que haja contraindicações médicas, ajuda a diluir os medicamentos e reduzir a carga renal.
  • Avaliação do uso concomitante de medicamentos: Identificar e comunicar ao médico a utilização de outros fármacos que possam potencializar a nefrotoxicidade.
  • Educação do paciente: Orientar o paciente sobre os sinais e sintomas de nefrotoxicidade, a importância de comunicar qualquer alteração ao profissional de saúde e a necessidade de seguir corretamente o tratamento prescrito.

Cuidados de Enfermagem no Paciente com Nefrotoxicidade

  • Monitorização rigorosa dos sinais vitais: Acompanhar pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura e frequência respiratória para identificar possíveis complicações.
  • Avaliação do estado hídrico: Observar presença de edema, turgor da pele, mucosas e peso, ajustando a ingestão de líquidos conforme a necessidade.
  • Coleta de exames laboratoriais: Realizar coletas de sangue e urina para monitorar a função renal e identificar alterações eletrolíticas.
  • Administração de medicamentos: Verificar a prescrição médica e administrar os medicamentos de forma segura, observando possíveis interações medicamentosas e efeitos adversos.
  • Promoção do conforto: Auxiliar o paciente a encontrar posições confortáveis, controlar a dor e promover o descanso.
  • Orientação nutricional: Oferecer orientações nutricionais adequadas, considerando as restrições alimentares e as necessidades do paciente.
  • Suporte psicológico: Oferecer suporte emocional ao paciente e à família, auxiliando-os a lidar com a doença e as limitações impostas pelo tratamento.

Diagnósticos de Enfermagem Comuns

  • Risco de débito hídrico: Relacionado à diurese excessiva, vômitos, diarreia e uso de diuréticos.
  • Intolerância à atividade: Relacionado à fadiga, fraqueza e desconforto.
  • Deficiência no conhecimento: Relacionada à falta de informações sobre a doença e o tratamento.
  • Risco de infecção: Relacionado à imunossupressão e procedimentos invasivos.

Intervenções de Enfermagem

  • Monitorar o balanço hídrico: Registrar a ingesta e a eliminação de líquidos.
  • Promover o repouso: Oferecer um ambiente tranquilo e livre de estímulos.
  • Incentivar a prática de exercícios leves: Conforme a tolerância do paciente.
  • Promover a higiene: Realizar higiene corporal completa e troca de roupas de cama regularmente.
  • Orientar sobre a importância da adesão ao tratamento: Esclarecer dúvidas e reforçar a necessidade de seguir as orientações médicas.

É importante ressaltar que a nefrotoxicidade medicamentosa é uma condição complexa que exige uma abordagem individualizada. A equipe de enfermagem deve trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde para garantir a melhor assistência ao paciente.

Referências:

  1. Sales, G. T. M., & Foresto, R. D.. (2020). Drug-induced nephrotoxicity. Revista Da Associação Médica Brasileira, 66, s82–s90. https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.S1.82
  2. Mello, P. A. de, Rocha, B. G., Oliveira, W. N., Mendonça, T. S., & Domingueti, C. P. (2021). Nefrotoxicidade e alterações de exames laboratoriais por fármacos: revisão da literatura. Revista De Medicina, 100(2), 152-161. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i2p152-161

Doença Renal: Evite alimentos com alto teor de potássio!

Pessoas com doença renal crônica (DRC) devem prestar atenção à ingestão de potássio.

Por que devem evitar altos teores de potássio?

O potássio é um nutriente essencial para a função celular e a saúde geral, mas a DRC pode diminuir a capacidade dos rins de remover o excesso de potássio do corpo. Níveis elevados de potássio podem causar sintomas graves, como irregularidades no funcionamento do coração e cãibras musculares. Por outro lado, uma deficiência de potássio também pode levar a complicações significativas.

Alimentos que devem ser evitados

  • Nozes
  • Substitutos de sal contendo cloreto de potássio
  • Laranjas e suco de laranja
  • Ameixas secas
  • Uvas passas
  • Feijões e leguminosas
  • Batatas e batatas-doces
  • Bananas
  • Muitos produtos lácteos
  • Abacates
  • Espinafre
  • Tomates

Alimentos pobres em potássio

  1. Maçãs, suco de maçã e purê de maçã
  2. A maioria das frutas vermelhas, incluindo amoras, mirtilos, morangos e framboesas
  3. Uvas e suco de uva
  4. Abacaxi e suco de abacaxi
  5. Melancia
  6. Aspargos
  7. Brócolis
  8. Cenouras
  9. Couve
  10. Repolho
  11. Pepinos
  12. Abobrinha

Lembrando que é importante consultar um profissional de saúde ou um nutricionista para obter orientações específicas sobre a quantidade adequada de potássio para o seu caso individual.

Referências:

  1. Ministério da Saúde

Acessos Vasculares: Enxerto VS Fístula Arteriovenosa

Os pacientes renais dialíticos podem obter acessos vasculares, para a realização de hemodiálise em seu tratamento a longo prazo. E neste caso pode ser realizado um enxerto arteriovenoso ou uma fístula arteriovenosa.

A Fístula Arteriovenosa com ENXERTO

Um enxerto arteriovenoso é ligação de uma veia a uma artéria, utilizando um tubo de plástico macio. Após o enxerto ter cicatrizado, a hemodiálise pode ser realizada. O enxerto permite o aumento do fluxo sanguíneo, permitindo melhor filtração do sangue.

Enxertos tendem a necessitar de cuidados e manutenção. Cuidar bem  do acesso pode diminuir os riscos de complicações como infecção e tromboses.

A Fístula Arteriovenosa DIREITA

A fístula arteriovenosa para hemodiálise é uma conexão direta de uma artéria a uma veia. Este é o tipo preferido de acesso, porque uma vez que a fístula amadurece e se torna maior e mais forte, pode durar muitos anos. Depois da fístula ser criada, cirurgicamente, devemos esperar a sua cicatrização a amadurecimento para a sua utilização. Esse período dura em média 30 dias.

As Vantagens

  • Menor risco de infecção do que os enxertos ou cateteres;
  • Menor tendência a coagular do que o enxerto ou cateteres;
  • Permite uma maior circulação de sangue, aumentando a eficácia da hemodiálise;
  • Reduz o tempo de tratamento;
  • Alta durabilidade;
  • Menor custo.

Cuidados

Limpeza: A limpeza é a principal forma de manter seu acesso longe da infecção.

Mantenha-se atento aos sinais como dor, sensibilidade, inchaço ou vermelhidão ao redor da área da fístula. Se você tiver febre, consulte o seu médico. O uso de antibióticos para uma infecção, quando precoce, pode tratar e manter seu acesso duradouro.

O Fluxo Sanguíneo Irrestrito

Qualquer restrição do fluxo sanguíneo pode causar coagulação.

Aqui estão algumas dicas para ajudar a manter o sangue fluindo sem restrições:

  • Evite roupas apertadas ou joias que possam colocar pressão sobre sua área de acesso;
  • Não transportar malas, bolsas ou qualquer tipo de item pesado sobre sua área de acesso;
  • Não deixe ninguém colocar um manguito de pressão sanguínea em seu braço de acesso – tem a sua pressão arterial medida do seu braço não acesso;
  • Não colher exames de sangue do membro onde está o seu acesso;
  • Não durma com o seu braço de acesso sob sua cabeça ou travesseiro;
  • Verifique o pulso em seu acesso diariamente.

O Frêmito

A vibração do sangue passando por seu braço é chamado de “frêmito”. Você deve verificá-lo várias vezes ao dia. Se o “frêmito” muda ou para, pode ser indicativo de obstrução do seu acesso.

Procurar imediatamente seu médico para avaliar sua fístula, pois o tratamento precoce pode salvar o seu acesso.

Referência:

  1. Toregeani JF, Kimura CJ, Rocha AST, Volpiani GG, Bortoncello Â, Shirasu K, et al.. Avaliação da maturação das fístulas arteriovenosas para hemodiálise pelo eco-Doppler colorido. J vasc bras [Internet]. 2008Sep;7(3):203–13. Available from: https://doi.org/10.1590/S1677-54492008000300005

A Classificação KDIGO da Lesão Renal

A Lesão renal aguda (LRA) é uma situação frequente em hospitais e unidades de terapia intensiva (UTI), em geral definida como uma redução abrupta da filtração glomerular que leva a aumento de escórias nitrogenadas (ureia e creatinina), distúrbios do equilíbrio acidobásico e alterações hidroeletrolíticas.

Trata-se de uma síndrome clínica ampla que apresenta diversas etiologias, incluindo doenças renais específicas (nefrite intersticial aguda, glomerulopatias e vasculites), condições não específicas (lesões isquêmicas ou tóxicas) e doenças extrarrenais.

Frequentemente, mais de uma dessas condições pode coexistir no mesmo paciente. Desse modo, nos últimos anos, o conceito de LRA vem se aprimorando, bem como as estimativas a respeito de sua incidência, prevalência e mortalidade.

Antes de tudo, é importante você saber:

  • Uma pessoa pode chegar em estágios avançados da disfunção renal sem apresentar sintomas;
  • Exames simples de sangue e urina são capazes de detectar a doença renal;
  • DRC pode ser tratada e, quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar a sua evolução;

Provável Causa

sepse é o principal fator etiológico seguida de nefrotoxicidade medicamentosa / contraste iodado e pós-operatório.

Como a função renal é mensurada?

Taxa de Filtração Glomerular (TFG) mede a capacidade dos rins de filtrarem o sangue e possibilita que o nefrologista identifique se há algum comprometimento renal.

A TFG pode ser facilmente estimada por meio do nível de creatinina no sangue, tal indicador é avaliado junto a elementos como idadeetnia e sexo, assim o especialista pode chegar às conclusões clínicas. Também é possível medir a taxa de filtração através da dosagem creatinina urinária em urina de 24h e sérica.

A Classificação

A LRA já foi classificada por diversos protocolos, dentre os quais os famosos RIFLE – risk (R: risco), injury (I: injúria), failure (F: falência), loss (L: perda mantida da função) e end-stage kidney disease (E: insuficiência renal terminal) – do grupo ADQI (2004), AKIN – Acute Kidney Injury Network  (2007) e, atualmente, utiliza-se o KDIGO – Kidney Disease Improving Global Outcomes  (2012) que incorporou as duas definições prévias.

Estágio

 

TFG

 

Descrição

 

Quadro clínico

 

Estágio 1

 

90 ou mais

 

Danos renais com TFG normal

 

Filtração ainda normal, usualmente, sem sintomas. Mas, já existe risco de evolução da doença se os fatores de progressão não forem tratados.

 

Estágio 2

 

60 a 89

 

Danos renais e diminuição leve na TFG

 

Comprometimento leve da função renal. Pode acontecer devido ao próprio envelhecimento. Geralmente, ainda sem sintomas.

 

Estágio 3

 

30 a 59

 

Diminuição pouco severa TFG

 

Começam os primeiros sintomas como anemia e doença óssea leve. O paciente deve iniciar o tratamento conservador e controlar fatores de risco para evitar a perda da função renal.

 

Estágio 4

 

15 a 29

 

Redução severa na TFG

 

Já conhecido como estágio pré-dialítico. O paciente deve manter tratamento conservador e iniciar preparo para substituição renal.

 

Estágio 5

 

15 ou menos

 

Insuficiência renal estabelecida

 

A maioria dos pacientes apresenta sintomas como náuseas, vômitos e perda de peso. Já a anemia, o acúmulo de líquido e a doença óssea ficam mais intensos. Esse é o momento de iniciar substituição renal.

 

 

A detecção da LRA é baseada em uma alteração precoce dos marcadores (creatinina e DU) e precisa ser feita em tempo real.

Os diferentes estágios da LRA servem para determinar o máximo de gravidade, indicado, por exemplo, pelo valor máximo de creatinina.

O estadiamento da LRA é recomendado pelo KDIGO, em virtude de o conjunto de evidências atuais associar o estágio da LRA à necessidade de terapia renal substitutiva (TRS), com risco, a longo prazo, de desenvolvimento de doença cardiovascular, evolução para DRC e mortalidades intra e extra-hospitalares, mesmo após a aparente resolução da LRA.

Referências:

  1. Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Acute Kidney Injury Work Group. KDIGO clinical practice guideline for acute kidney injury. Kidney Int Suppl. 2012;2:1-138.
  2. Hoste EA, Clermont G, Kersten A, Venkataraman R, Angus DC, De Bacquer D et al. RIFLE criteria for acute kidney injury are associated with hospital mortality in critically ill patients: a cohort analysis. Crit Care. 2006;10(3):R73.
  3. Bellomo C, Ronco C, Kellum JA, Mehta RL, Palevsky P; Acute Dialysis Quality Initiative Workgroup. Acute renal failure definition, outcome measures, animal models, fluid therapy and information technology needs: the Second International Consensus Conference of the Acute Dialysis Quality Initiative (ADQI) Group. Crit Care. 2004;8(4):R204-12.
  4. Chertow GM, Burdick E, Honour M et al. Acute kidney injury, mortality, length of stay, and costs in hospitalized patients. J Am Soc Nephrol. 2005;16:3365-70.
  5. Mehta RL, Kellum JA, Shah SV, Molitoris BA, Ronco C, Warnock DG et al. Acute Kidney Injury Network: report of an initiative to improve outcomes in acute kidney injury. Crit Care. 2007;11(2):R31.
  6. Kirsztajn, Gianna Mastroianni et al. Leitura rápida do KDIGO 2012: Diretrizes para avaliação e manuseio da doença renal crônica na prática clínica. Jornal Brasileiro de Nefrologia [online]. 2014, v. 36, n. 1 [Acessado 10 Novembro 2022] , pp. 63-73. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/0101-2800.20140012&gt;. ISSN 2175-8239. https://doi.org/10.5935/0101-2800.20140012.

Hemolenta: Para que serve?

A Hemolenta é uma solução eletrolítica base para a composição da solução dialisante.

Após a aditivação obrigatória da solução de Hemolenta com agente tamponante (preferencialmente o bicarbonato), sódio e cálcio (e se necessário, cloreto, magnésio, potássio e/ou glicose), esta solução deve ser utilizada em procedimentos de hemodiálise veno-venosa contínua (CVVHD).

Indicações de uso

Esta terapia é indicada para pacientes com lesão renal aguda, que estão hemodinamicamente instáveis (pacientes acidentados/traumatizados) e não toleram/suportam a hemodiálise convencional, devido ao quadro de hipotensão arterial acentuada e com a necessidade de remoção de grandes quantidades de líquidos em excesso, compostos nitrogenados (ureia e creatinina) e potássio de forma lenta.

Como funciona?

A hemodiálise é um procedimento para a remoção de produtos nitrogenados resultantes do catabolismo proteico, de substâncias tóxicas e seus metabólitos, os quais são normalmente excretados pelos rins e pode ser utilizada para auxiliar na regulação dos fluidos e certos distúrbios eletrolíticos.

A hemodiálise veno-venosa contínua é um tipo de terapia de substituição renal contínua, recomendada para pacientes hemodinamicamente instáveis ou em quadro de choque instalado.

Para a utilização da solução dialisante nos procedimentos de hemodiálise veno-venosa contínua (CVVHD) é obrigatória a presença do agente tamponante (preferencialmente o bicarbonato) e dos íons sódio, cloreto e magnésio.

Sendo assim, é recomendada a aditivação da solução de Hemolenta (imediatamente antes do uso) com agente tamponante (bicarbonato), sódio e cálcio (ex: solução de bicarbonato de sódio a 3%, 8,4% e 10% e solução de gluconato de cálcio a 10%), porém sempre de acordo com a prescrição do médico especialista, de modo que a concentração final da solução dialisante esteja dentro da especificação recomendada, isto é, em concentrações similares aos níveis plasmáticos fisiológicos.

Se necessário, o médico especialista poderá prescrever a adição de cloreto, magnésio, potássio e/ou glicose à solução de Hemolenta, de acordo com o estado clínico de cada paciente, entretanto, não é uma condição obrigatória para todos os casos.

A solução dialisante (Hemolenta após aditivação) deve funcionar como uma extensão temporária do fluido extracelular do paciente, possibilitando a depuração e a manutenção do equilíbrio iônico do sangue.

Cuidados com a Hemolenta

  • Antes de ser administrado, inspecionar o produto visualmente observando a presença de partículas, turvação, filamentos na solução, fissuras ou violações na embalagem primária.
  • Ao retirar o lacre, antes da inserção do equipo, comprimir a embalagem primária com firmeza observando se ela está íntegra.
  • Em caso de ruptura ou vazamentos, não utilizar. Após aberto, usar imediatamente devido caráter estéril do medicamento.
  • Após aberto e/ou posteriormente à aditivação, este medicamento deve ser utilizado imediatamente e não deve ser armazenado.
  • Hemolenta é uma solução eletrolítica base para a composição da solução dialisante, estéril e apirogênica.
  • Após a sua aditivação obrigatória com agente tamponante (preferencialmente o bicarbonato), sódio e cálcio (e se necessário, cloreto, magnésio, potássio e/ou glicose), esta solução deve ser utilizada em condições assépticas apenas por profissionais médicos especializados em procedimentos de hemodiálise veno-venosa contínua (CVVHD).
  • A concentração do agente tamponante (bicarbonato), sódio e cálcio a ser adicionada à solução de Hemolenta, além da concentração de cloreto, magnésio, potássio e/ou glicose a serem adicionados (se necessário), ficará à critério do médico especialista de acordo com o estado clínico de cada paciente, considerando a especificação final da solução dialisante.

Referências:

  1. Eurofarma

Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO)

A Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO), mais conhecida como Litotripsia, é um procedimento não invasivo que tem o objetivo de fragmentar ou quebrar os cálculos das vias urinárias, as chamadas “pedras nos rins”.

Este procedimento é realizado através de um aparelho que fica encostado na pele do paciente e emite ondas de choques (ondas sonoras de alta energia) direcionadas ao local aonde estão os cálculos.

Como resultado do procedimento, os cálculos se fragmentam em pedaços muito pequenos que serão eliminados pela urina.  É o método de escolha para tratar a maioria dos cálculos dos rins, ureteres e bexiga.

O procedimento não é invasivo e tem baixíssimo número de complicações. É um procedimento pouco doloroso, mas depende muito do limiar de dor do paciente, da intensidade utilizada (dureza do cálculo) e do número de impulsos.

Alguns pacientes podem necessitar de uma analgesia com sedação leve durante o procedimento.

Duração da Terapia

A sessão de Litotripsia dura de 30 a 40 minutos. Alguns pacientes podem necessitar de duas ou mais sessões de LECO para fragmentar totalmente o cálculo.

O paciente pode exercer suas atividades habituais no mesmo dia após o procedimento, inclusive é até indicado que se caminhe um pouco para ajudar na eliminação dos cálculos fragmentados.

Nem todos os cálculos podem ser tratados pela LECO. O médico urologista é quem vai determinar o melhor tratamento para cada tipo de cálculo.

Fatores interferem na efetividade da LECO

Em princípio os fatores mais importantes para o sucesso da Litotripsia são:  a dureza da pedra, seu tamanho e a distância em que ela se encontra da pele. Portanto, cálculos mais duros, pedras grandes e procedimentos em pacientes obesos tem menor chance de sucesso.

Fatores técnicos também podem influenciar, como por exemplo: posicionamento adequado, localização precisa do cálculo, com acoplamento do paciente à “bolha” que emite as ondas de choque e imobilização durante o procedimento.

Contraindicações

Em síntese, as principais contraindicações são: pacientes com infecção urinária e pacientes gestantes.

Também não podem ser submetidos a LECO, pacientes em uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários e pacientes com aneurisma de aorta abdominal.

As medicações supracitadas, se puderem ser suspensas por um período, habilitam os pacientes a realizarem os procedimentos.

Referência:
  1. Pró-Rim

Por que a cor da urina é amarela?

Você já parou para pensar em por que o xixi é amarelo?

A cor de nossa urina está associada aos seus componentes, à porcentagem em que eles aparecem e ao funcionamento dos rins. A urina é composta basicamente de água, água salgada e determinadas substâncias que nosso organismo precisa se livrar.

A cor da Urina

A cor amarela vem basicamente das substâncias que serão eliminadas por nosso organismo. Entre elas, as principais são a amônia (NH3), vinda das células, e a bilirrubina (que na qual posteriormente é transformada em urobilinogênio), que vem do sangue quando uma hemoglobina é rompida.

A bilirrubina é degradada pelos rins a urobilogênios, que são os compostos amarelos que dão a cor da urina.

Veja também:

O que a cor anormal da urina diz sobre sua saúde?

Referências:

  1. MDSaúde