A principal pergunta que lota minha caixa de perguntas é: Como faço para administrar tal medicamento com outro, o que pode e o que não pode ser administrado na mesma seringa?
Vamos lá pessoal!
Existe o que chamamos de Interações Farmacêuticas, também chamadas de incompatibilidade medicamentosa, ocorrem antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa, equipo de soro ou outro recipiente.
Isso pode acarretar em:
- Alterações organolépticas: evidenciadas como:
- Mudanças de cor;
- Consistência (sólidos);
- Opalescência;
- Turvação;
- Formação de cristais;
- Floculação;
- Precipitação;
- Associadas ou não a mudança de atividade farmacológica;
- Diminuição da atividade de um ou mais dos fármacos originais;
- Inativação de um ou mais fármacos originais;
- Formação de novo composto (ativo, inócuo, tóxico);
- Aumento da toxicidade de um ou mais dos fármacos originais.
A Principal preocupação é você conhecer e entender a medicação que está administrando, tomando toda a cautela na hora de uma infusão simultânea com outra em uma mesma via também, por exemplo.
“Mas qual é a diluição que você faz de tal medicação?”
A diluição é um fator recorrente de protocolos institucionais, são disponibilizados diversas tabelas de diluições pela internet, mas lembrando que: “O QUE USA EM TAL INSTITUIÇÃO PODE SER QUE NÃO USE NO SEU!”.
Tenho até como exemplo em minha própria instituição, onde a padronização de medicamentos de alta vigilância são totalmente diferentes nas formas de diluições, de uma UTI para outra UTI.
Imagina lá fora!
Que exemplos que posso citar de incompatibilidade medicamentosa, se administrado juntos?
- DIAZEPAN + SOLUÇÕES FISIOLÓGICAS: CAUSA PRECIPITAÇÃO;
- HEPARINA + HIDROCORTIZONA:INATIVA A HEPARINA;
- PENICILINA + HIDROCORTISONA: INATIVA PENICILINA;
- INSULINA MESMO FRASCO OU SERINGA:PRECIPITAÇÃO E INATIVAÇÃO;
- BICARBONATO + MIDAZOLAM EM MESMA VIA: CRISTALIZA A VIA PODENDO CAUSAR OBSTRUÇÃO.
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