Hiperemia: O que é?

hiperemia é um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pela dilatação arterial, pelo número de vasos sanguíneos funcionais, ou por congestão.

Hiperemia Ativa

Aumento da vermelhidão (eritema) na área afetada. A dilatação arteriolar e arterial dá-se por mecanismos neurogênicos simpáticos e liberação de substâncias vasoativas.

É provocada por contração arteriolar com aumento do fluxo sanguíneo local. A vasodilatação é de origem simpática ou humoral e leva à abertura de capilares “inativos”, o que resulta na coloração rósea intensa ou vermelha do local atingido e no aumento da temperatura. Ao microscópio, os capilares encontram-se repletos de hemácias.

A hiperemia ativa pode ser:

  • Fisiológica: Quando há necessidade de maior irrigação, como ocorre nos músculos esqueléticos durante o exercício, na mucosa gastrointestinal durante a digestão, na pele em ambiente quentes;
  • Patológico: Quando acompanha inúmeros processos patológicos, principalmente as inflamações crônicas, agressões térmicas e traumatismo.

Hiperemia Passiva

Hiperemia passiva ou congestão possui uma coloração azul-avermelhada intensificada nas áreas afetadas, de acordo com o acúmulo de sangue venoso. Esta coloração aumenta quando há um aumento da concentração de hemoglobina não-oxigenada no sangue.

Decorre da redução da drenagem venosa, que provoca distensão das veias distais, vênulas e capilares; por isso mesmo, a região comprometida adquire coloração vermelho-escura devido à alta concentração de hemoglobina desoxigenada. Pode ser localizada (obstrução de uma veia) ou sistêmica (insuficiência cardíaca).

Congestão pode ser causada por obstrução extrínseca ou intrínseca de uma veia (compressão do vaso, trombose, torsão de pedículo vascular etc.) ou por redução do retorno venoso, como acontece na insuficiência cardíaca.

Na insuficiência cardíaca esquerda ou casos de estenose ou insuficiência mitral, surge congestão pulmonar; na insuficiência cardíaca direita, há congestão sistêmica.

Na congestão aguda, os vasos estão distendidos e o órgão é mais pesado; na crônica, o órgão pode sofrer hipotrofia e apresentar micro-hemorragias antigas. As hiperemias passivas mais importantes são as dos pulmões, do fígado e do baço.

Quais são as diferenças entre um ERITEMA e uma HIPEREMIA?

Eritema tem a ver com uma lesão fundamental que se caracteriza como uma bolha ou vesícula se for de conteúdo líquido e por uma pápula ou nódulo se for conteúdo indeterminado consistente, apresenta bordas avermelhadas por isso eri= vermelho.

Hiperemia é uma resposta fisiológica do organismo a um agente irritante, e consiste no aumento da permeabilidade vascular e aumento do número de vasos funcionais no local irritado causando uma micro hemorragia local no intuito de liberar mediadores químicos para desativar o agente irritante. Hiper=muito, hemia=sangue.

Sem querer confundir: pode-se dizer que, nas bordas do eritema existe uma hiperemia.

Flebite

Flebite

A flebite é uma das complicações mais frequentes do uso de cateteres venosos periféricos (CVP). Caracterizando-se por uma inflamação aguda da veia, causando edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um “cordão” palpável ao longo do trajeto da veia.

Os principais fatores que ocorrem em uma flebite nas punções venosas é longa permanência dos acessos venosos, e a má assepsia do curativo.

CLASSIFICAÇÕES

A flebite pode ser classificada de acordo com os fatores causais, os quais podem ser químicos, mecânicos ou infecciosos:

Mecânico: é predominantemente em razão de problemas no cateter, o qual causa trauma no interior da veia. Isso pode ocorrer na inserção (utilização de dispositivos com calibre grosso para a veia), punção inadequada (ponta do cateter traumatiza a parede da veia) ou manipulação do cateter (deslocamento).

Química: geralmente está associada à administração de medicamentos irritantes/vesicantes, medicamentos diluídos impropriamente, infusão muito rápida ou presença de particulados na solução que resultam em dano para o endotélio interno da veia.

Infecciosa: é a inflamação da veia que está associada à contaminação bacteriana. Pode ocorrer devido à não utilização de técnica asséptica (inserção, manipulação, manutenção do dispositivo).

Há uma escala para avaliar as condições da flebite:

  • Grau 0 – Sem sinais clínicos;
  • Grau 1 – Eritema no local do acesso com ou sem dor;
  • Grau 2 – Dor no local do acesso com eritema e/ou edema;
  • Grau 3 – Dor no local do acesso eritema e/ou edema – Formação de estria/linha -Cordão venoso palpável;
  • Grau 4 – Dor no local do acesso eritema e/ou edema;
  • Formação de estria/linha;
  • Cordão venoso palpável > 2,5cm de comprimento;
  • Drenagem purulenta.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM AS PUNÇÕES VENOSAS:

– Antes e após a punção e manuseio do cateter venoso, realizar higiene das mãos com água e clorexidina degermante 2% ou com preparação alcoólica quando as mãos não estiverem visivelmente sujas;

– Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, viscosidade do fluído, nos componentes do fluído e nas condições do acesso venoso. No cliente adulto, inserir o cateter na extremidade superior.

– Em clientes pediátricos, podem ser utilizados ainda como local de inserção os membros inferiores e a região da cabeça;

– Evitar puncionar áreas de articulações;

– Remover os dispositivos intravasculares assim que seu uso não for necessário;

– Realizar antissepsia da pele com álcool 70% na inserção dos cateteres periféricos e não palpar o local da inserção após à aplicação do antisséptico;

– Optar pelo curativo de filme transparente e trocá-lo: A cada nova punção ou A cada 7 dias ou Antes da data estipulada se o curativo estiver sujo ou soltando;

– Se for necessário utilizar esparadrapo para realizar o curativo, trocá-lo diariamente após o banho;

– Se atentar às trocas dos equipos e conexões conforme orientação da CCIH (as dânulas -torneirinhas- devem ser trocadas juntamente com o sistema de infusão);

– Realizar desinfecção das conexões com álcool 70% por meio de fricção vigorosa com, no mínimo, três movimentos rotatórios, utilizando gaze limpa;

– A limpeza e desinfecção da superfície e do painel das bombas de infusão deve ser realizada a cada 24 horas e na troca de paciente, utilizando produto conforme recomendação do fabricante;

– Os cateteres periféricos deverão ser trocados a cada 72 horas se confeccionados de teflon e 96 horas se confeccionados de poliuretano (obs: sem rotina de troca em pacientes com acesso venoso difícil, neonatos e crianças);

Se atentar à prescrição médica em relação à:

  • Osmolaridade;
  • pH;
  • Incompatibilidade entre drogas;

– Aplicar a escala de flebite a cada 6 horas e realizar anotação;

– Reconhecer sua própria limitação ao realizar o procedimento e solicitar auxílio quando necessário;

– Retirar imediatamente o cateter;

– Aplicar compressas frias no local afetado na fase inicial para diminuição da dor, e a seguir compressas mornas para promover a vasodilatação e reduzir o edema;

– Lavar o membro;

– Administrar analgésicos, anti inflamatórios e antibióticos quando prescritos.

 

 

Veja também:

Escala de Maddox: A Identificação de Flebite

Terapia Intravenosa (TI) e suas Complicações

Flebitis

Flebitis

La flebitis es una de las complicaciones más frecuentes del uso de catéteres venosos periféricos (CVP). Se caracteriza por una inflamación aguda de la vena, causando edema, dolor, incomodidad, eritema alrededor de la punción y un “cordón” palpable a lo largo del trayecto de la vena.

Los principales factores que ocurren en una flebitis en las punciones venosas es larga permanencia de los accesos venosos, y la mala asepsia del vendaje.

Clasificaciones

La flebitis puede clasificarse de acuerdo con los factores causales, que pueden ser químicos, mecánicos o infecciosos:

Mecánico: es predominantemente debido a problemas en el catéter, que causa trauma en el interior de la vena. Esto puede ocurrir en la inserción (uso de dispositivos con calibre grueso para la vena), punción inadecuada (punta del catéter traumatiza la pared de la vena) o manipulación del catéter (desplazamiento).

Química: generalmente está asociada a la administración de medicamentos irritantes / vesicantes, medicamentos diluidos impropiamente, infusión muy rápida o presencia de partículas en la solución que resultan en daño para el endotelio interno de la vena.

Infecciosa: es la inflamación de la vena que está asociada a la contaminación bacteriana. Puede ocurrir debido a la no utilización de técnica aséptica (inserción, manipulación, mantenimiento del dispositivo).

Hay una escala para evaluar las condiciones de la flebitis:

  • Grado 1 – Eritema en el lugar del acceso con o sin dolor;
  • Grado 2 – Dolor en el lugar del acceso con eritema y / o edema;
  • Grado 3 – Dolor en el lugar del acceso eritema y / o edema – Formación de estrías / línea -Cordón venoso palpable;
  • Grado 4 – Dolor en el lugar del acceso eritema y / o edema;
  • Formación de estria / línea;
  • Cordón venoso palpable> 2,5 cm de longitud;
  • Drenaje purulento.

Cuidados de Enfermería con las Punciones Venosas

  • Antes y después de la punción y manipulación del catéter venoso, realizar higiene de las manos con agua y clorexidina de un 2% o con preparación alcohólica cuando las manos no estén visiblemente sucias;
  • Seleccionar el catéter periférico con base en el objetivo pretendido, en la duración de la terapia, viscosidad del fluido, en los componentes del fluido y en las condiciones del acceso venoso. En el cliente adulto, inserte el catéter en el extremo superior;
  • En los clientes pediátricos, se pueden utilizar como lugares de inserción los miembros inferiores y la región de la cabeza;
  • Evitar punzonar áreas de articulaciones;
  • Quitar los dispositivos intravasculares tan pronto como su uso no sea necesario;
  • Realizar antiséptis de la piel con alcohol 70% en la inserción de los catéteres periféricos y no palpar el lugar de la inserción después de la aplicación del antiséptico;
  • Optar por el vendaje de película transparente y cambiarlo: cada nueva punción o cada 7 días o antes de la fecha estipulada si el vendaje está sucio o soltando;
  • Si es necesario utilizar esparadrapo para realizar el vendaje, cambiarlo diariamente después del baño;
  • Se atente a los cambios de los equipos y conexiones según la orientación de la CCIH (las dánulas -torneirinhas- deben ser intercambiadas junto con el sistema de infusión);
  • Realizar desinfección de las conexiones con alcohol 70% por fricción vigorosa con, como mínimo, tres movimientos rotatorios, utilizando gasa limpia;
  • La limpieza y desinfección de la superficie y del panel de las bombas de infusión debe realizarse cada 24 horas y en el cambio de paciente, utilizando producto según recomendación del fabricante;
  • Los catéteres periféricos deberán ser intercambiados cada 72 horas si se confeccionan de teflón y 96 horas si se confeccionan de poliuretano (obs: sin rutina de cambio en pacientes con acceso venoso difícil, neonatos y niños);

Se debe prestar atención a la prescripción médica en relación con:

  • Osmolaridad;
  • pH;
  • Incompatibilidad entre drogas;

– Aplicar la escala de flebitis cada 6 horas y realizar anotación;

– Reconocer su propia limitación al realizar el procedimiento y solicitar ayuda cuando sea necesario;

– Retirar inmediatamente el catéter;

– Aplicar compresas frías en el lugar afectado en la fase inicial para disminuir el dolor, y luego las compresas calientes para promover la vasodilatación y reducir el edema;

– Lavar el miembro;

– Administrar analgésicos, anti inflamatorios y antibióticos cuando se prescriben.

Síndrome do Homem Vermelho (SHV)

Homem Vermelho

A Síndrome do Homem Vermelho (SHV), também conhecida como Síndrome do Pescoço Vermelho, é uma situação que pode ocorrer imediatamente ou após alguns dias do uso do antibiótico vancomicina devido a uma reação de hipersensibilidade a este remédio.

Este medicamento pode ser usado para o tratamento de doenças ortopédicas, endocardite e infecções comuns da pele mas deve ser usado com cuidado para evitar esta possível reação.

O principal sintoma desta síndrome é a intensa vermelhidão em todo corpo e coceira que deve ser diagnosticada e tratada pelo médico, podendo ser necessário permanecer internado em uma UTI.

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas que caracterizam esta síndrome são:

  • Intenso eritema nas pernas, braços, barriga, pescoço e face;
  • Prurido nas regiões avermelhadas;
  • Edema aos redor dos olhos;
  • Espasmos musculares;
  • Pode haver dispneia, dor no peito e hipotensão.

Nos casos mais graves pode haver hipóxia, síncope, incontinência urinária e fecal, choque anafilático.

Causas

A principal causa desta doença é a aplicação rápida do antibiótico vancomicina diretamente na veia, no entanto, ela também pode surgir quando o medicamento é usado corretamente, com pelo menos 1 hora de infusão, podendo surgir no mesmo dia ou até mesmo, dias após o seu uso.

Assim, se a pessoa utilizou este medicamento mas já teve alta do hospital e apresentar estes sintomas deve ir para o pronto-socorro para iniciar o tratamento imediatamente.

Tratamento

O tratamento deve ser orientado pelo médico e pode ser feito com a cessação do uso do remédio e com a toma de remédios anti-histamínicos como Difenidramina em forma de injeção. Caso os sintomas persistam ou sejam de moderados a severos, pode-se associar bloqueadores do receptor H2 (exemplo, cimetidina ou ranitidina) por via endovenosa.Geralmente é necessário o uso de remédios para aumentar a pressão arterial e regularizar os batimentos cardíacos como a Adrenalina.

Se houver dificuldade para respirar, pode ser necessário usar uma máscara de oxigênio e dependendo da gravidade, pode ser preciso a utilização da ventilação mecânica. Para regular a respiração podem ser usados remédios corticosteroides como Hidrocortisona ou Prednisona.

Sinais de melhora

Os sinais de melhora surgem logo após o início do tratamento com os remédios necessários e o indivíduo pode receber alta após se verificar que os sintomas estão controlados e os exames de sangue, pressão e funcionamento cardíaco estão normalizados.

Sinais de piora e complicações

Os sinais de piora surgem quando o tratamento não é realizado e pode ter graves complicações que colocam em risco a vida do indivíduo por levar à parada cardíaca e respiratória.

 

Veja também:

Glossário de Terminologias e Termos Técnicos na Enfermagem