Teste de Mantoux: Prova Tuberculínica

A prova tuberculínica (PT) é o exame mais importante para o diagnóstico da infecção latente da tuberculose (ILTB) no Brasil.

Entretanto, devido às dificuldades inerentes ao processo de treinamento nas técnicas de aplicação e de leitura da PT, em determinadas regiões do País, este exame ainda encontra-se restrito aos serviços de referência para tuberculose (TB), hospitais e clínicas especializadas, quando deveria ser ofertada na rotina dos diferentes tipos de unidades de saúde, próximo à residência das pessoas, especialmente, naqueles em que contatos de casos de TB e pessoas vivendo com HIV/ aids são atendidas.

Tuberculose ativa e infecção latente da tuberculose

O indivíduo, ao entrar em contato com o Mycobacterium tuberculosis, conta com diferentes mecanismos de defesa inespecíficos contrários à instalação do bacilo, entre eles os pelos nasais, a angulação das vias respiratórias, o turbilhonamento aéreo, a secreção traqueobrônquica e, o mais importante, a limpeza mucociliar.

Vencidas essas barreiras, o bacilo instala-se no pulmão, onde são fagocitados por macrófagos alveolares que, eventualmente, os transportam aos gânglios linfáticos e hilares. Os bacilos podem se multiplicar livremente dentro dos macrófagos e chegar a destruí-los, passando ao espaço extracelular. Alguns bacilos podem ser transportados por via linfo-hematogênica disseminando-se, nesse caso, por todo o organismo.

Cerca de 5% dos infectados não conseguem impedir a multiplicação inicial do bacilo e desenvolvem tuberculose ativa na sequência da primoinfecção (tuberculose primária).

Outros 5%, apesar de bloquearem a infecção nesta fase, adoecem posteriormente (tuberculose pós-primária ou secundária) por reativação desses bacilos (reativação endógena) ou por exposição à nova fonte de infecção (reinfecção exógena).

Entre os infectados, a maioria (cerca de 90%) resiste ao adoecimento após a infecção e desenvolve imunidade parcial à doença. Nesses casos, os bacilos ficam encapsulados, em estado latente, em pequenos focos quiescentes, chamado de infecção latente da tuberculose.

Por sua vez, o portador da infecção latente da tuberculose, a depender dos fatores de risco, pode ter indicação para realizar o tratamento da ILTB.

A tuberculina

A tuberculina é um produto obtido de um filtrado de cultivo de sete cepas selecionadas do M. tuberculosis esterilizado e concentrado.

Trata-se de um líquido injetável límpido, incolor ou levemente amarelado. No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT-23 (PPD – Purified Protein Derivatite, RT: Reset Tuberculin, 23: número da partida) de procedência dinamarquesa (Statens Serum institut de Copenhague/Dinamarca).

O diluente contido no PPD RT 23 é chamado Tween 80 (polissorbato 80), que é detergente, não iônico e usado para impedir o fenômeno físico da adsorção das proteínas às paredes do frasco e do plástico da seringa.

Fundamentos da prova tuberculínica

A prova tuberculínica é um teste diagnóstico de ILTB que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea após a aplicação do PPD por via intradérmica, em que a leitura é realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido até 96 horas.

A PT evidencia uma reação de hipersensibilidade do organismo diante das proteínas do bacilo da tuberculose, após contato com o M. tuberculosis. O teste sofre interferência da vacinação BCG e de micobactérias não tuberculosas (MNT), mas não sensibiliza não infectados, mesmo que repetido várias vezes.

A inoculação do antígeno desencadeia uma reação do tipo antígeno-anticorpo, seguida de uma resposta dependente da reatividade celular de linfócitos T sensibilizados, que, após a reexposição às estruturas antigênicas do bacilo, tornam-se ativados e, consequentemente, expressam-se no local de aplicação da PT.

Isso significa que, ao inocular as proteínas do M. tuberculosis na pele do infectado, observam-se no infiltrado algumas células-chaves tais como linfócitos e monócitos, e polimorfos nucleares e granulócitos com predomínio de células T CD4.

Ocorre um aumento da permeabilidade vascular, com exsudação de fluídos, acarretando eritema e edema local na derme, com pico entre 48 a 72 horas após a administração do PPD. A reação evidenciada é chamada de hipersensibilidade tardia.

Esse acúmulo de células mononucleares representa o quadro histológico típico da reação tuberculínica manifestada macroscopicamente nessa reação. Os fatores citotóxicos provocam a citólise, com liberação do conteúdo celular, especialmente enzimas lisossômicas que, além de potencializarem a resposta inflamatória, podem participar da reação de necrose.

Conversão tuberculínica

Os indivíduos infectados pelo bacilo de Koch (BK) podem ter sua capacidade de reação à PT diminuída com o tempo, devido à perda da resposta dos linfócitos T de memória.

Esse fato levaria algumas pessoas à resposta negativa da PT mesmo infectado pelo Mycobacterium tuberculosis. A avaliação do efeito booster busca uma reativação  a resposta imunológica à tuberculina pelas células de memória, por meio de reforço do estímulo com nova aplicação de tuberculina após uma a três semanas da primeira PT.

Define-se como efeito booster, quando a segunda PT (realizada uma a três semana após a primeira) for ≥ a 10 mm, com incremento de pelo menos 6 mm em relação a primeira PT.

Atualmente, a indicação de testar o efeito booster está bastante restrita, sendo recomendado somente na avaliação inicial de profissionais de saúde ou de trabalhadores de outros serviços com alto risco de transmissão do M. tuberculosis, como instituições prisionais, asilos e albergues) que foram negativos à primeira prova tuberculínica (resultado < 10 mm) para posterior acompanhamento anual de conversão tuberculínica.

Ou seja, a segunda aplicação da tuberculina em uma a três semanas após a primeira é utilizada apenas para excluir uma falsa conversão tuberculínica no futuro.

Quando se evidencia o efeito booster, considera-se válido o resultado da primeira PT (com booster) e não se deve repetir mais o teste. Nesses indivíduos não há indicação de tratar a ILTB, uma vez que o risco de adoecimento é muito baixo.

Caso na segunda PT não se caracterize o efeito booster, mas o resultado seja ≥ 10 mm (sem o incremento mínimo de 6 mm) também não se indica a realização de novas provas tuberculínicas.

Indicações da prova tuberculínica

A prova está indicada na investigação da infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB) no adulto e na investigação da infecção latente e de TB doença em crianças. Também, pode ser utilizada em estudos epidemiológicos.

Indicação do tratamento da ILTB de acordo com o resultado da prova tuberculínica

Sem PT realizada*
1. Recém-nascidos coabitante de caso índice bacilífero
2. Pessoa vivendo com HIV/aids com cicatriz radiológica sem tratamento prévio
3. Pessoa vivendo com HIV/aids contato de TB pulmonar

PT ≥ 5 mm

4. Contatos crianças menores de 10 anos, não vacinadas com BCG
5. Contatos crianças menores de 10 anos, vacinadas com BCG há mais de 2 anos
6. Contatos crianças menores de 10 anos de povos indígenas (independente da BCG)
7. Contatos adultos e adolescentes maiores de 10 anos
8. Pessoas vivendo com HIV/aids
9. Indivíduos em uso de inibidores do TNF-α
10. Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB
11. Transplantados em terapia imunossupressora
12. Indivíduos menores de 65 anos em uso de corticosteroides (>15 mg de prednisona por mais de um mês)

PT ≥ 10 mm
13. Contatos crianças menores de 10 anos, vacinadas com BCG há menos de 2 anos
14. Silicose
15. Neoplasia de cabeça e pescoço
16. Neoplasias hematológicas
17. Insuficiência renal em diálise
18. Indivíduos menores de 65 anos com diabetes mellitus
19. Indivíduos menores de 50 anos com baixo peso (< 85% do peso ideal)
20. Indivíduos menores de 50 anos tabagistas (> 1 maço/dia)
21. Indivíduos menores de 50 anos com calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia

Conversão tuberculínica**
22. Indivíduos contatos de TB bacilífera
23. Profissional de saúde
24. Profissional de laboratório de micobactéria
25. Trabalhador do sistema prisional
26. Trabalhadores de instituições de longa permanência

*Casos em que não é necessário realizar a prova tuberculínica, mas em que é fundamental excluir a doença ativa antes de tratar a infecção latente de tuberculose.

**PT com incremento de 10 mm em relação à PT anterior. Para avaliar conversão, é necessário realizar a PT, pelo menos, oito semanas após a primeira aplicação da PT.
Fonte: (BRASIL, 2011).

Importante

Nos casos de diagnóstico da infecção latente da tuberculose (ILTB) o profissional no serviço de saúde, deve encaminhar o paciente ao médico para que seja afastado o diagnóstico de tuberculose ativa e avaliada a indicação do tratamento da ILTB.

Materiais necessários para a aplicação da prova tuberculínica

Os materiais necessários para a aplicação da prova tuberculínica incluem:

  • Seringas descartáveis tipo tuberculínica (1 ml), com graduação em milímetros ou similares.
  • Agulha 13 x 3,8 mm; ou similares.
  • Caixa térmica.
  • Gelo reciclável.
  • Termômetro para o controle da temperatura.
  • Caixa coletora para materiais perfurocortantes.
  • Frascos de PPD Rt 23 2UT.
  • Toalha de papel e recipiente com algodão.
  • Saco de lixo.
  • Algodão hidrófilo.
  • Óculos protetores e luvas de procedimento.
  • Fichas de prova tuberculínica para anotação do resultado

Passo a passo para a aplicação da tuberculina

  1. Lavar as mãos.
  2. Calçar as luvas e colocar os óculos.
  3. Retirar da caixa térmica o frasco de tuberculina.
  4. Verificar no frasco de tuberculina o prazo de validade e o aspecto do produto.
  5. Aspirar 0,1 ml de PPD RT-23, somente no momento da aplicação. Caso seja aspirada maior quantidade de líquido, não retornar o excesso ao frasco e sim, desprezar o excesso sobre o pedaço de algodão disposto na mesa para essa finalidade.
  6. Não é necessário realizar antissepsia com álcool no local de aplicação antes do procedimento. Se houver sujidade aparente no local de aplicação, deve-se lavar com água e sabão.
  7. Selecionar o local de aplicação na face anterior do antebraço esquerdo.
  8. Segurar com firmeza o antebraço esquerdo do paciente, utilizando os dedos médio e indicador da mão direita para distender a pele com o polegar.
  9. Posicionar a seringa entre os dedos indicador e médio, mantendo o polegar sobre o indicador ou a aba da seringa, que deve ficar paralela à pele, evitando que o bisel saia da sua posição.
  10. Deslizar a seringa paralelamente à pele e introduzir o bisel.
  11. Introduzir o bisel voltado para cima, de forma visível ao aplicador, observando que a seringa fique paralela à pele, evitando que o bisel saia da sua posição.
  12. Pressionar o êmbolo com o polegar, injetando 0,1 ml de PPD RT-23 lentamente, e manter a pele distendida, certificando-se de que houve formação de pápula.
  13. Desprezar imediatamente a seringa e a agulha na caixa de perfurocortante.

A leitura da prova tuberculínica

Antes de proceder com a leitura da prova tuberculínica, deve-se identificar o paciente, observar na ficha se os dados estão corretamente preenchidos com data de aplicação da PT, dados pessoais, irregularidades durante a aplicação da PT, entre outros. Observar a iluminação local, ela deve estar adequada de modo a facilitar a leitura.

Na leitura, utiliza-se uma régua milimetrada específica, medindo-se o maior diâmetro transverso da enduração perpendicularmente ao antebraço.

Não se deve delimitar a enduração com caneta sobre a pele da pessoa, isso pode trazer imprecisão da leitura.

A medida correta do diâmetro da enduração da prova da tuberculina é fundamental, uma vez que sua quantificação servirá de base para a tomada de decisão do tratamento da infecção latente da TB. Os profissionais de saúde deverão anotar os resultados da PT em milímetros, inclusive quando não houver enduração (anotar zero mm).

Material necessário para a leitura da prova tuberculínica

  • Régua milimetrada de plástico flexível específica e transparente com 10 cm de comprimento e com escala de cor negra.
  • Formulário para registro das respostas da PT.
  • Livro de registro para o controle na unidade de saúde.

Passo a passo para a leitura da prova tuberculínica

  1. Manter o antebraço do indivíduo relaxado e levemente fletido (procedimento com o paciente em pé ou sentado).
  2. Identificar o local de aplicação.
  3. Palpar cuidadosamente contornando todo o endurado e delimitar as bordas da enduração com o indicador.
  4. Segurar a régua e medir o maior diâmetro transverso da enduração, sem considerar eritema ou edema.
  5. Colocar a régua sobre a área de enduração no sentido transversal em relação ao eixo longitudinal do antebraço.
  6. Medir a área endurada com uma régua após a palpação. Não esticar a pele e nem pressionar a régua no local do endurado.
  7. Registrar a enduração em mm, na Ficha de Prova Tuberculínica, e no Livro de Registro de PT da Unidade de Saúde.
  8. Ministrar orientações necessárias, explicar o resultado da PT ao indivíduo testado e encaminhá-lo.

Observações na leitura da prova tuberculínica

  • Caso se observe eritema, edema ou linfangite, não se deve considerá-los na mensuração, restringindo-se aos limites da enduração;
  • A área a ser medida é a do endurecimento e não a do eritema circundante;
  • A enduração pode variar desde uma zona de densidade firme, bem circunscrita na pele, até um aumento de volume brando e maldefinido.

Interpretação do resultado da prova tuberculínica

A leitura da PT pode ser realizada 48h após a aplicação, podendo se estender até 96 horas. Nos serviços de saúde, a leitura da PT está recomendada para ser realizada 72h após a aplicação.

O resultado da PT deve ser descrito em milímetros. É considerado como infectado pelo M. tuberculosis o paciente que tiver enduração igual ou superior a 5 mm. A seguir, apresentam-se os algoritmos diagnósticos para avaliação da PT e do tratamento da ILTB em diferentes situações clínicas.

Referências:

  1. ARNADOTTIR, T. H. et al. Directivas para realizar encuestas tuberculínicas en países de alta prevalencia. [S.l.]: Unión Internacional contra la Tuberculosis y Enfermedades Respiratórias (UICTER), 1996. 20 p.
  2. BECK, J. S. Skin changes in the tuberculin test. Tubercle, Edinburgh, v. 72, n. 2, p. 81-87, jun. 1991.
  3. BRASIL. Ministério da Saúde et al. Controle da tuberculose: uma proposta de integração ensino-serviço. 5. ed. Rio de Janeiro: FUNASA/CRPHF/SBPT, 2002b.
  4. BRASIL. Ministério da Saúde; FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Tuberculose: guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2002a. p. 100.
  5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. 2. ed., rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. p. 200.
  6. ______. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação-Geral de Doenças Endêmicas. Programa mínimo de treinamento de pessoal na aplicação e leitura do teste tuberculínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Apostilha.
  7. ______. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011a.
  8. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde, 2011b.
  9. BULA. Tuberculina PPD RT-23 SSI -Statens Serum Dinamarca/Copenhague. 07 de março de 2012.
  10. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Department of Health & Human Services. Mantoux: tuberculin skin test. [S. l.: s.n.], 2003.
  11. COMSTOCK, G. W. et al. American Rewiew of Respiratory Diseases. [S. l.: s.n.], 1981. v. 124.
  12. FARCA, V.; LUNA, J. A. C. Reaccíon de Tuberculina. In: TUBERCULOSIS. 2. ed. Mediterrâneo, 1992. p. 43-53. FARGA, V.; CAMINERO, J. Tuberculosis: Union International Contra la Tuberculosis y Enfermidades Respeiratórias. [S.l.: s.n.], 2011.
  13. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Controle da tuberculose: uma proposta de integração ensino-serviço. Rio de Janeiro: EAD/ENSP, 2008.
  14. KANTOR, I. Hipersensibilidad retardada e imunidad antituberculosa: uma controvertida relación. Rev. Arg. de Tuberculosis Enf. Pulmonares y Salud Publica, [S. l.], v. 18, n. 4, p. 61-64, 1982.
  15. KRITSKI, A. L.; CONDE, M. B.; SOUZA, G. R. M. Tuberculose: do ambulatório à enfermaria. Rio de Janeiro: Atheneu, 2000.
  16. LEE, V. K. Revisão bibliográfica: teste tuberculínico nos dias de hoje. Boletim de Pneumologia Sanitária, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 58-75, jan./jun. 1998.
  17. LUNA, J. A. C. Guía de la tuberculosis para médicos especialistas. Unión Internacional Contra la Tuberculosis y Enfermedades Respiratorias. Paris-Francia, 2003.
  18. MÉXICO. Secretaría de Salud. Programa Nacional de Tuberculosis. Manual para la aplicación y lectura de la Prueba Tuberculínica (PPD). Disponível em: <http://www.cenavece.salud.gob.mx/programas/interior/micobacteriosis/descargas/pdf/manual_PPD.pdf&gt;. 
  19. PAI, M.; MENZIES, R. Diagnosis of latent tuberculosis infection in adults. Uptodate. Disponível em: <http://www.uptodate.com/online&gt;.
  20. RUFFINO-NETTO, A. Interpretação da prova tuberculínica. Rev. Saúde Pública, [S.l.], v. 40, n. 3, p. 546-547, 2006.
  21. RUFFINO-NETTO A. Prova tuberculínica. Rev. Ass. Med. Bras., [S. l.], v. 25, n.7, p.257-259, jul. 1979.
  22. SÃO PAULO. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Centro de Vigilância Epidemiológica. Divisão de Tuberculose. Manual de atualização: treinamento nas técnicas de aplicação e leitura do teste tuberculínico.
  23. [S.l.: s.n.], 2001. 28 p. SARINHO, E.; REIS, F. J. C.; BARBOSA, Y. C. N. M. Teste tuberculínico. In: SANT´ANA, C. C. (Org.). Tuberculose na infância e na adolescência. São Paulo: Atheneu, 2002. p. 43-50.
  24. SOLÉ, D. Imunidade e hipersensibilidade. In: TUBERCULOSE na Infância e na adolescência. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
  25. SUCCI, R. C. M. Reação tuberculínica. In: FUNDAMENTOS e prática das imunizações em clínica médica pediatria. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987. p. 75-105.
  26. TUBERCULINA PPD RT-23 SSI. Rosa Maria da Silva Oliveira. CRF-SP 5480. Dinamarca: Statens Serum Institut, 2010. Bula de remédio.
Notícias da Enfermagem

Auxiliares de enfermagem podem obter certificado de Técnico de Enfermagem por meio de prova

A resolução Cofen n°0683/2021, aprovada em 28 de setembro de 2021, define que profissionais da enfermagem com formação em Auxiliar de Enfermagem e com experiência comprovada em carteira durante dois anos, poderão realizar o processo para certificação profissional por competência, e, caso sejam aprovados, obterão diploma em técnico. Em São Paulo, o Centro Paula Souza […]

Prova do Laço

A prova do laço deve ser realizada em pacientes com suspeita clínica de dengue que não apresentem sinais clínicos de sangramento. A prova deverá ser repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.

A prova do laço positiva pode reforçar a hipótese de dengue e aponta para uma necessidade de maior atenção ao paciente.

Entretanto, é importante ressaltar que a prova do laço não confirma e nem exclui o diagnóstico de dengue.

Este exame pode também ser conhecido como prova do torniquete, prova de Rumpel-Leede ou simplesmente teste de fragilidade capilar, e faz parte das recomendações da Organização Mundial de Saúde para o diagnóstico de dengue, apesar de nem sempre este exame ser positivo nas pessoas com dengue.

É por esse motivo que, após o resultado positivo se deve fazer um exame de sangue que confirme a presença do vírus.

Como identifica o risco de sangramento, a prova do laço não precisa ser utilizada quando já existem sinais de hemorragia, como sangramento nas gengivas e nariz ou presença de sangue urina.

Além disso, a prova do laço pode apresentar falsos resultados em situações como uso de aspirina, corticoides, fase de pré ou pós-menopausa, ou quando existe queimadura solar, por exemplo.

Como realizar a Prova do Laço?

  • Medir a pressão arterial
  • Insuflar novamente o manguito até o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima;
  • Manter o manguito insuflado por 5 minutos em adultos e 3 minutos em crianças;
  • Soltar o ar do manguito, retirá-lo do braço do paciente e procurar por petéquias no antebraço, abaixo da prega do cotovelo;
  • Escolher o local de maior concentração de petéquias e marcar um quadrado com 2,5 cm de lado;
  • Contar o número de petéquias dentro do quadrado;
  • Considerar positiva quando houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças.

Para que serve o exame?

A prova do laço é conhecida principalmente para ajudar no diagnóstico de dengue, no entanto, como testa a fragilidade dos vasos, também pode ser usada quando se desconfia de outras doenças que podem causar hemorragias, como:

  • Escarlatina;
  • Trombocitopenia;
  • Hemofilia;
  • Doenças no fígado;
  • Anemia.

Uma vez que a prova do laço pode dar positivo em várias situações, após saber o resultado é sempre recomendado fazer outros teste de diagnóstico, começando por exames de sangue, por exemplo.

Referência:

  1. Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança. 5.ed. Brasília: 2016. 10-11.

SAIBA AGORA! O que cai nas provas para Técnico em Enfermagem?

Muito provável que você esteja lendo esse artigo por que atualmente deve estar em busca do sua tão aclamada vaga de emprego na enfermagem, certo?

Mas, a dúvida que mata a todos é, que assuntos que são realmente cobrados em uma prova para Técnico em Enfermagem?

Pode ser que, talvez, alguns destes temas tenha mais relevância em alguma prova que irá fazer, mas o importante é buscar estudar de tudo um pouco, pois mesmo que não caia, será cobrado em seu dia-a-dia como profissional.

Mas vamos lá!, Leia abaixo:

Temas e Assuntos que mais cobram em provas para Técnico em Enfermagem

Questões com Tema: Fundamentos de Enfermagem

  • Princípios de microbiologia;
  • Controle de infecções e medidas de isolamento (Precauções-Padrão);
  • Saúde da Criança (crescimento e desenvolvimento);
  • Comunicação (Interação Aluno/Profissional-paciente);
  • Documentação (Prontuários, relatórios, evoluções, prescrição médica);
  • Processo de enfermagem (coleta de dados, SAE, avaliação, diagnóstico, histórico de enfermagem);
  • Humanização e orientação ao cliente enfermo;
  • Aspectos culturais (preparo do profissional para o cuidado de pacientes de populações diversas);
  • Terapias complementares/alternativas (musicoterapia, etc);
  • Conceitos de bem-estar, estresse/ansiedade;
  • Cuidados no fim da vida (medidas de conforto, paliativo, pós morte);
  • Repouso e sono;
  • Segurança do Paciente;
  • Higiene do Paciente;
  • Procedimentos gerais de Enfermagem;
  • A Biossegurança e a NR 32.
  • A utilização de termos e terminologias em prontuários de enfermagem.

Questões com Tema: Humanização na Assistência

  • Definição sobre a Humanização na Assistência de Enfermagem;
  • Benefícios ao paciente/equipe de trabalho;
  • Como você aplica a Humanização em sua assistência;
  • Escreva com suas palavras as principais habilidades que são importantes na abordagem humanizada;

Questões com Tema: Atendimento às necessidades do paciente relativo a segurança, proteção, higiene e conforto

  • Assuntos abordados em geral sobre a segurança e proteção do paciente (riscos, administração de medicamentos);
  • Assuntos abordados em geral sobre a higiene e conforto, como banho no leito, higiene íntima e oral, massagem de conforto, mudança de decúbito, orientação sobre a auto-higienização;

Questões com Tema: Cálculo, preparo e administração de medicamento

  • Cálculos de medicamentos como: Macro e Micro gotas, regra de 3 na enfermagem, cálculo de penicilina, comprimidos, insulina, rediluição de medicamentos, estudos de caso onde é aplicado os cálculos para dosagem e administração de medicamentos;
  • Os certos no preparo e administração de medicamentos;

Questões com Tema: Assistência de enfermagem a pacientes portadores de feridas

  • Assuntos abordados em geral sobre tipos de feridas, grau de lesões de pressão, definição de lesão por pressão;
  • Conhecimento sobre coberturas para curativos;
  • Conhecimento sobre a utilização de meios e métodos para prevenção de lesões por pressão;
  • Conhecimento sobre coberturas para curativos e sua aplicação.

Questões com Tema: Procedimentos de enfermagem em geral

  • Montagem de bandejas em geral;
  • Auxílio em procedimentos de inserções de sondas e cateteres;
  • Preparo da mesa para realização de procedimentos;
  • Técnica correta de lavagem das mãos;
  • Utilização de Bundles;
  • Conhecimento de materiais que são utilizados para cada procedimento.

Questões com Tema: A unidade do paciente

  • Conhecimento de plantas físicas hospitalares;
  • Localização de carrinhos de emergência, posto de enfermagem;
  • O que deve conter em um leito hospitalar;
  • Montagem de leitos (conhecimento dos tipos).

Questões com Tema: Transporte de pacientes

  • Conhecimento de Transporte Pré e Intra-Hospitalar;
  • Condições necessárias e seguras ao transporte do paciente;
  • Responsabilidade de quem transporta o pacientes;
  • Equipe que compõem o transporte de um paciente;
  • Que dispositivos devemos atentar ao transporte;
  • Cuidados de enfermagem durante o transporte.

Questões com Tema: SUS – Programa, princípios e legislação

  • Constituição Federal – Arts 196 a 200;
  • Lei Orgânica 8080 de 1990;
  • Decreto 7.508 de 2011;
  • Política Nacional de Atenção Básica (PNAB);
  • Política Nacional de Humanização (PNH).

Questões com Tema: Enfermagem Médico-Cirúrgica – Assistência ao paciente nas situações de urgência e emergência

  • Pneumonia no Pronto-Socorro;
  • Atendimento inicial da parada cardiorrespiratória e cuidados pós-parada;
  • Choque de diferentes etiologias e descompensação de insuficiência cardíaca;
  • Paciente com sepse e choque séptico;
  • Insuficiência Renal Aguda;
  • Emergências hiperglicêmicas;
  • Síndrome coronariana aguda;
  • Distúrbios hidroeletrolíticos;
  • Abordagem inicial no paciente politraumatizado;
  • Complicações agudas no paciente hepatopata;
  • Complicações agudas no paciente com HIV;
  • Asma e DPOC;
  • Via aérea difícil, intubação de rápida sequência e insuficiência respiratória;
  • Acidente Vascular Cerebral;
  • Abordagem inicial das intoxicações agudas.

Questões com Tema: Assistência de enfermagem a pacientes com afecções gastrointestinais, respiratórias, neoplásicas, endócrinas, cardiovasculares, genito-urinárias, dermatológicas, reumáticas, neurológicas.

  • Cuidados de Enfermagem com pacientes em Distúrbio Gastrointestinal;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes em Distúrbio Respiratório;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes Oncológicos;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes com Doenças Endócrinas;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes Cardiopatas/Cardíacos;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes com Distúrbios Genito-urinários;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes com Problemas dermatológicos;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes com Doenças Reumáticas;
  • Cuidados de Enfermagem com pacientes com Doenças/Complicações Neurológicas.

Questões com Tema: Assistência de enfermagem no pré, trans e pós-operatório imediato e tardio

  • Cuidados gerais na Assistência de Enfermagem durante o pré, trans e pós operatório sendo imediato ou tardio.

Questões com Tema: Atuação na Central de Material e Esterilização

  • Definição da CME;
  • Atuação da Enfermagem na CME;
  • Tipos de Artigos que são esterilizados neste setor;
  • Localização da CME;
  • Conhecimento de rotinas em geral.

Questões com Tema: Enfermagem Materno Infantil

  • Definição;
  • Objetivo;
  • Conhecimentos sobre a Saúde da Mulher;
  • Conhecimentos gerais sobre a Consulta Clínico-Ginecológica;
  • Conhecimentos gerais sobre Afecções Ginecológicas;
  • Conhecimentos gerais sobre o Processo de Gestação;
  • Conhecimentos gerais sobre Diagnósticos de Gravidez;
  • Conhecimentos gerais sobre Assistência ao Pré-Natal;
  • Conhecimentos gerais sobre Assistência em Situações Obstétricas de Risco (Abortamento, Placenta Prévia, HELLP, Pré-Eclampsia e Eclampsia, etc);
  • Conhecimentos gerais sobre Parto e Nascimento Humanizado;
  • Como realizar a admissão de uma parturiente;
  • Assistência de Enfermagem durante o trabalho de parto;
  • Assistência de Enfermagem durante o parto cesárea;
  • O Puerpério e suas complicações.

Questões com Tema: Questões de Complicações mais comuns na gravidez

  • Condições anteriores à gestação: hipertensão, diabetes, doenças autoimunes, infecções crônicas (como HIV), problemas cardíacos, pulmonares ou renais e idade materna (mães que dão à luz com menos de 17 e mais de 35 anos têm maior risco de complicação. Depois dos 40 anos, o risco de aborto espontâneo e defeitos;
  • Condições da própria gestação: gestação de múltiplos, placenta prévia (condição em que placenta cobre o colo do útero), problemas fetais e trabalho de parto prematuro (que se inicia antes de 37 semanas de gravidez).

E na prova prática, o que podem te cobrar?

Em conjunto com as provas teóricas, o empregador pode solicitar que sua equipe de profissionais em meio ao processo seletivo, faça provas práticas para transmitir o conhecimento adquirido durante os campos de estágios.

O que pode (provavelmente) lhe cobrar durante uma prova prática:

  • Simulação de RCP (desde condições que o paciente se encontra, forma de iniciar a massagem e a condução do procedimento, quanto chamar equipe multidisciplinar);
  • Técnica correta de assepsia de frascos e de aspiração de medicamentos;
  • Administração de medicamentos (desde interpretação de prescrição médica até o momento do preparo e a administração);
  • Técnica correta de calçar luvas estéreis;
  • Técnica correta de lavagem das mãos;
  • Técnica correta de aparamentação;
  • Manipulação de materiais estéreis;
  • Manipulação de instrumentais cirúrgicos;
  • Avaliação céfalo-podálico de dispositivos no paciente;
  • Montagem de um relatório de enfermagem;
  • Humanização na prática;
  • Forma de conduzir e orientar o paciente quanto:
    • A apresentação profissional;
    • Verificação do nome do paciente/data de nascimento com a pulseira que se encontra ao paciente;
    • Apresentação do medicamento a ser administrado (para que serve);
    • Avaliação da permeabilidade do dispositivo;
    • Avaliar resposta após administração do medicamento;
  • Banho no leito:
    • Preparo de materiais;
    • Tipos de banhos;
    • Cuidados com o corpo do paciente;
    • Montagem de leito;
  • Instalação de oxigenoterapia:
    • Conhecimento da utilização da régua de gases;
    • Conhecimento dos dispositivos utilizados no suporte de oxigenoterapia;
    • Conhecimento de instalação e manutenção de inaloterapia;
    • Higienização dos dispositivos;
  • Medicamentos e Alta Vigilância (MAV):
    • Cuidado quanto a interpretação da prescrição médica;
    • Cuidado quanto a leitura do rótulo ou frasco do medicamento;
    • Dupla checagem com Enfermeiro quanto o preparo e a administração do medicamento;
    • Dupla checagem quanto ao relatório de enfermagem referente ao medicamento que foi administrado, com carimbo de ambos os profissionais;
  • Nutrição Enteral:
    • Cuidados quanto ao preparo da dieta e a confirmação com a prescrição de SNEP/EMTN;
    • Cuidados quanto a montagem do frasco ao equipo, obedecendo as normas de aparamentação correta;
    • Cuidados quanto a identificação da dieta e sua dupla checagem com o enfermeiro;
    • Cuidados quanto a instalação da dieta ao paciente: Avaliar locação/refluxo de sonda, instalação de dieta em bomba de infusão e a programação da dieta quanto a prescrição de SNEP/EMTN;

Talvez alguns destes item acima pode estar em sua prova. Não serão todos, mas é bom sempre estudar tudo, pois o que importa é o conhecimento amplo e geral de todos os assuntos abordados!

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Te desejamos sorte em sua jornada, e sucesso em seu novo emprego!

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