O tempo de troca de uma Sonda Vesical de Demora

Não há recomendação para a troca de sonda vesical de demora com intervalo fixo.

Indicações de troca

Deve ser trocada quando há:

  • alterações clínicas do paciente;
  • episódios de infecção;
  • drenagem inadequada ou incrustações.

Caso o paciente tenha histórico de infecções e um padrão de tempo entre a colocação da sonda e o surgimento dos primeiros sinais de infecção ou de obstrução da sonda, a troca pode ser planejada com intervalos regulares, uma semana antes do provável início das manifestações clínicas ou conforme indicado pelo fabricante da sonda (geralmente a cada 12 semanas).

Deve-se elaborar um projeto terapêutico para o paciente, levando em consideração a história clínica, os achados do exame físico, a pactuação de metas entre paciente, família e equipe e o contexto onde o cuidado será realizado.

Referências:

  1. BVS
  2. Mitchell N. Long term urinary catheter problems: a flow chart to aid management. Br J Community Nurs. 2008 Jan;13(1):6, 8, 10-2. Disponível em: https://www.magonlinelibrary.com/doi/abs/10.12968/bjcn.2008.13.1.27977#
  3. National Clinical Guideline Centre (UK). Infection: Prevention and Control of Healthcare-Associated Infections in Primary and Community Care: Partial Update of NICE Clinical Guideline 2. London: Royal College of Physicians (UK); 2012 Mar. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK115271/
  4. Schaeffer AJ. Placement and management of urinary bladder catheters in adults. Waltham (MA): UpToDate, 2017. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/placement-and-management-of-urinary-bladder-catheters-in-adults
  5. Santos DWCL, Harbert A, Oliveira FN, Ferreira KAS, Souza PN. Prevenção de infecção em assistência domiciliar. In: APECIH. Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde. Prevenção e controle de infecções associadas à assistência extra-hospitalar. Coordenação; Padoveze MC; Figueiredo RM. 2a. ed ampliada e revista. São Paulo: APECIH. Cap. 4.1, 2019:363-408.
  6. https://transparencia.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/RT-026-2020-Cateterismo-vesical-de-demora-.pdf

Cateteres Intravenosos: Tempo de Permanência

Os acessos intravasculares são procedimentos que permitem e facilitam diversas formas de tratamentos aos doentes, desde administração de medicamentos até a realização de nutrição parenteral.

A ANVISA determina recomendações para a troca destes dispositivos, a fim de evitar infecções relacionadas ao uso de dispositivos intravenosos.

Tempo de Permanência

  • Scalp: Até 24 horas;
  • Jelco: Até 96 horas;
  • CVC: curto: até 7 dias, longo: após 7 dias, temporário: até 30 dias, definitivo: mais de 30 dias;
  • PICC: Até 1 ano.

Referências:

  1. ANVISA
  2. http://biblioteca.cofen.gov.br/cateteres-perifericos-novas-recomendacoes-anvisa-garantem-seguranca-assistencia/
  3. http://al.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/PARECER-T%C3%89CNICO-N%C2%BA-007_2020-PAD-N-047_2020-e-064_2020.pdf
  4. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Cinco_passos_prevencao_infeccoes.pdf
  5.  Infusion Nurses Society (INS)