Entende-se que a Nutrição Parenteral (NP) é um método de administração de nutrientes que é feito diretamente na veia, quando não é possível obter os nutrientes através da alimentação normal.
Indicativo em pacientes com:
- Interferência de doença de base em ingestão, digestão ou a absorção dos alimentos;
- Estados hipermetabólicos como grandes queimados, pacientes sépticos, politraumatismo extenso, pancreatite aguda, fístulas intestinais de alto débito;
- Falência intestinal devido a: Íleo paralítico e mecânico (pós-operatório);
- Trauma;
- Doença inflamatória intestinal;
- Enterocolite (aids, quimioterapia/ radioterapia);
- Ressecção intestinal (síndrome do intestino curto);
- Câncer gastrointestinal;
- Pacientes pediátricos neonatos;
- Colite ulcerativa complicada ou em período perioperatório;
- Hemorragia gastrointestinal persistente;
- Abdome Agudo/Íleo paralítico prolongado.
Quem prepara a Nutrição Parenteral?
A Solução é preparada e manipulada pelo profissional farmacêutico devidamente treinado e habilitado com conhecimento de assepsia, antissepsia e das múltiplas possibilidades de incompatibilidades e instabilidade físico-químicas que podem ocorrer num só frasco, quando se adicionam todos os elementos nutritivos necessários, conforme a regulamentação da Portaria nº 272/98 ANVISA/MS.
Os Tipos de Nutrição Parenteral
Devemos entender que há dois tipos de Nutrição Parenteral:
Nutrição parenteral parcial (NPP)
A nutrição parenteral parcial é um dos tipos de nutrição parenteral, e a sua grande diferença se dá em função de ela fornecer somente um percentual das necessidades nutricionais diárias do paciente, ou seja, ainda será preciso um suplemento das suas necessidades diárias de nutrientes por meio da ingestão oral.
Esse é um desafio enfrentado por praticamente todas as equipes multiprofissionais, pois muitos pacientes hospitalizados ou em home care estão nesse tipo de situação e recebem a complementação de glicose ou soluções de aminoácidos concomitantemente a essa alternativa.
Nutrição parenteral total (NPT)
Já a nutrição parenteral total, popularmente conhecida na área de saúde pela sigla NPT, é aquela que supre todas as necessidades nutricionais diárias da pessoa que está recebendo, ou seja, ela não precisa, em teoria, de outras complementações. Pode ser administrada tanto no hospital como em domicílios.
As soluções de NPT são concentradas, o que aumenta alguns riscos como o de trombose das veias periféricas, tornando necessário o cateter venoso central.
Deve ser usada com parcimônia conforme conduta médica e, se comparada à nutrição enteral, pode causar mais complicações, pois não preserva a função gastrointestinais, além de ser mais cara.
Como sei que está sendo infundindo tanto a NPP ou NPT no paciente?
A prescrição de EMTN geralmente vem especificada todos os valores nutricionais que o paciente necessita ser suprido, composta de diversos nutrientes que tentam suprir as necessidades diárias dos pacientes.
A sua composição inclui aminoácidos, glicose, cloreto de sódio, cloreto de potássio, soluções multivitamínicas, solução de lipídeos, solução de oligoelementos, sulfato de magnésio e outros itens.
As fontes calóricas, em linhas gerais, dão-se pela solução de glicose (que tem baixo custo e permite pronta utilização) e emulsões lipídicas (com mais calorias, em geral oriundas de óleos como o de peixes).
Essas são as diferenças entre nutrição parenteral parcial e total!
Referências:
Veja também:
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