Há dois tipos de oxigenoterapia que, por definição, é a administração de oxigênio como proposta terapêutica a níveis pressóricos acima do encontrado na atmosfera. Têm por finalidade corrigir ou atenuar quadros de deficiência de oxigênio ou hipóxia.
De acordo com a necessidade do paciente e com seu quadro clínico, o profissional indica os seguintes tipos de oxigenoterapia:
- Baixo Fluxo: É caracterizado por fornecer fluxo de oxigênio complementar, suprindo as necessidades do paciente.Sendo que as principais interfaces utilizadas são: cateter tipo óculos ou máscaras para oxigenoterapia, para aqueles pacientes cujas alterações de saturação são mais brandas.
- Alto fluxo: Entre os tipos de oxigenoterapia, esse é responsável por ofertar um fluxo maior de oxigênio, atendendo à necessidade do paciente.
A principal interface utilizada é a máscara tipo venturi, em que é possível regular o fluxo de ar e o controle da fração de oxigênio inspirada, e o cateter nasal de alto fluxo (CNAP).
Objetivos principais da oxigenoterapia:
- Corrigir e reduzir os sintomas decorrentes da hipoxemia e melhorar a difusão de O2;
- Melhorar a oxigenação tecidual em casos de transporte ineficiente;
- Reduzir o trabalho cardiopulmonar;
- Corrigir pressões gasométricas (PaO2 80 – 100 mmHg e SapO2 90 – 100%);
Em quadros de hipoxemia, notamos sintomas como cianose de extremidades, desorientação, agitação psicomotora e taquidispnéia. Sendo assim, a observação clínica do paciente é fundamental no momento da indicação dos tipos de oxigenoterapia e dequal tratamento seguir.
Segundo a American Association for Respiratory Care (AARC), indica-se oxigenoterapia nos casos de:
- Pressão de Oxigênio e Saturação Baixas (PaO2 <60mmHg ou SpO2 <90% em ar ambiente);
- SpO2 <88% durante deambulação, exercícios ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias;
- Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); entre outros.
Após uma avaliação completa do quadro clínico e a identificação de qual dos tipos de oxigenoterapia seguir, e a evolução no caso específico do paciente, pode-se orientar o uso de oxigenoterapia.
Considera-se também os exames laboratoriais de gasometria arterial, a fim de entender qual a necessidade de fração inspirada de oxigênio (FiO2).
Referências:
- Dres, M., & Demoule, A.. (2017). O que todo intensivista deve saber sobre oxigenoterapia nasal de alto fluxo em pacientes críticos. Revista Brasileira De Terapia Intensiva, 29(4), 399–403. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20170060
- CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e função humanas. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Disponível em : http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/POP+19+Oxigenoterapia+hospitalar+aprovado.pdf/ccd04e6e-2aa9-4f59-a8a3-ac7b3eb14f30.
- POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
- SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.; BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
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