A Crioglobulinemia é um distúrbio caracterizado pela pr...
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Analgesia e Anestesia: As diferenças
Embora tenham um objetivo semelhante, que é eliminar a sensação de dor, a analgesia e a anestesia são procedimentos diferentes.
As diferenças
Enquanto a analgesia é usada em dores esporádicas, a anestesia bloqueia a sensação de dor durante um período de tempo específico para que o paciente não sinta dor durante algum procedimento médico.
Analgesia – as drogas usadas têm o objetivo apenas de aliviar ou minimizar a dor. Ou seja, elas provocam a ausência ou o amortecimento da dor sem perda de consciência.
Anestesia – são usadas drogas anestésicas no paciente para que o cérebro dele não reaja à dor durante um procedimento cirúrgico. Dependendo do tipo, o paciente pode ou não ficar consciente.
A anestesia e a analgesia devem ser usadas em situações diferentes!
Anestesia – cada tipo é indicado para um determinado procedimento, por exemplo:
Anestesia geral – com ela, o paciente “dorme” profundamente, é ideal para realizar procedimentos mais invasivos;
Anestesia regional – o paciente permanece acordado, mas parte do seu corpo é “adormecido”. Aqui se enquadram as anestesias raquidiana e peridural, usadas, por exemplo, em partos;
Anestesia local – usada apenas na região onde ocorrerá o procedimento, como em tratamentos odontológicos e procedimentos estéticos não muito extensos.
Analgesia – qualquer medicamento utilizado para aliviar a dor é um analgésico, como, por exemplo, um remédio para dor de cabeça. Os analgésicos são uma classe extensa de medicamentos, que se dividem em dois tipos básicos:
Narcóticos – reduzem a percepção da dor. São mais fortes e diminuem a atividade cerebral, provocando sono;
Não narcóticos – inibem a produção de determinadas substâncias, o que diminui a sensação de dor.
Os Riscos
Qualquer tipo de droga pode gerar reações adversas quando entra no organismo. Por isto, é essencial uma avaliação do médico antes de ela ser adotada. Porém, quando é administrada de forma correta e na dosagem exata, tanto a anestesia quanto a analgesia apresentam riscos quase nulos à saúde.
Um bom profissional irá mostrar todos os prós e os contras que envolvem a analgesia e a anestesia, conforme o caso. Siga as recomendações do seu médico e não os conselhos de amigos e familiares para se automedicar.
Bomba de PCA/ACP: Analgesia Controlada pelo Paciente
Do Inglês “PCA – Patient Controlled Analgesia”, a ACP – Bomba de Infusão de Analgesia Controlada pelo Paciente é utilizada para a infusão controlada da analgesia com narcóticos, dando ao paciente a possibilidade de comandar e realizar a auto-injeção de uma determinada droga prescrita e instalada na Bomba de PCA, em volumes e tempo pré programado pela equipe multidisciplinar de controle da dor, quando o paciente julgar ser necessário ou sentir dor.
Indicações de uso
É indicada para administração intravenosa, intra-arterial, subcutânea, intraperitoneal, espaço epidural ou espaço de infusão subaracnóide. Fornece um controle de infusão exata pois possui um mecanismo microperistáltico que é projetado para obter uma dosagem mínima, em quantidades muito pequenas de solução.
Como funciona?
As bombas de PCA são equipamentos de infusão que permitem grande número de modalidades de programação e administram o medicamento via venosa ou peridural, continuamente ou por meio de dispositivo para solicitação de doses intermitentes (bolus) de demanda.
O paciente o aciona em caso de necessidade. Essa técnica de analgesia é frequentemente usada em casos de dores agudas, como em pós-operatórios de cirurgias ortopédicas, ou em dores crônicas, como em portadores de neoplasias malignas avançadas, em fase de cuidados paliativos.
Com a Bomba de PCA pode-se programar:
Tipo de analgesia: peridural ou venosa;
Modo: Contínuo, Contínuo + Bolus, somente Bolus;
Bloqueio de tempo: estabelece o intervalo entre as doses efetivas;
Limite de 04 horas: limita a dosagem máxima que poderá ser infundida.
Indicações de Pacientes
Quanto ao cateter peridural, depreendemos que este cateter é utilizado para pacientes em pós-operatório ou doentes com dores crônicas de segmento inferior para analgesia, que receberam avaliação criteriosa do médico anestesiologista para este procedimento e quando não necessitam mais deste tipo de suporte, devem novamente serem reavaliados por esse profissional e a retirada do mesmo realizada.
Para tal ato, é necessário que o paciente cumpra alguns cuidados e critérios, como por exemplo um intervalo de 12 horas sem receber heparina ou heparina de baixo peso molecular, além dos doentes em uso de anticoagulantes receberem avaliação criteriosa de resultados dos exames laboratoriais.
Critérios de Responsabilidade
No Manual Técnico Operacional de Informação Hospitalar do SUS, realizado pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de 2012, encontra-se na página 33, a descrição dos procedimentos anestésicos e de sedação, sendo de total responsabilidade do médico anestesiologista a avaliação prévia das condições do paciente, a administração de drogas e cuidados até o restabelecimento total do paciente.
Na literatura, as condutas recomendadas incluem que a retirada do cateter peridural seja feita pelo médico anestesiologista devido ao risco de quebra quando a retirada ocorre por outro profissional que não conheça a técnica de inserção e não esteja treinado em executar a tarefa (Nishio et al, 2001).
Porém, existem hoje em nosso país serviços de excelência trabalhando com a equipe multidisciplinar para o tratamento da dor, os denominados “Grupo da Dor”. Nesses serviços, a indicação, a prescrição, a inserção e avaliação do cateter peridural são de responsabilidade e competência do médico anestesiologista,podendo ser compartilhada com o Enfermeiro a retirada do cateter, o curativo e a manipulação e instalação da Bomba de PCA desde que prescrita pelo médico e o profissional Enfermeiro esteja treinado, habilitado e dotado de capacidade para o procedimento, sendo ainda importante que todo o processo encontre-se respaldado por meio de protocolo institucional.
A morfina apresenta diversos efeitos colaterais, e nesse ponto, convém destacar que efeito colateral é inerente à própria ação farmacológica do medicamento, uma consequência secundária ao efeito principal, o efeito esperado.
Assim, nesse caso da morfina, os efeitos colaterais dependem do mecanismo de ação, e para compreender esses efeitos, é preciso compreender o mecanismo de ação: A morfina inibe a passagem do estímulo nervoso, hiperpolarizando as membranas celulares. Isso está relacionado ao aumento da saída de potássio ou a diminuição da entrada de cálcio das terminações sinápticas e uma menor liberação de neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica.
Como a morfina é capaz de interagir com vários tipos de receptores, e cada tipo apresenta efeitos diferenciados. Os efeitos farmacológicos da morfina, e efeitos colaterais dependem do tipo de receptor envolvido.
Assim, temos:
Receptores Opióides
a) Responsável pela maioria dos efeitos analgésicos (supraespinhal, espinhal e periférica). Responsável por alguns efeitos indesejáveis:
Depressão respiratória;
Constrição pupilar;
Motilidade do TGI reduzida;
Euforia ou Sedação;
Dependência Física;
b) (delta) Importantes na periferia. Contribuem também para a analgesia (espinhal).
Efeitos colaterais:
Depressão respiratória;
Motilidade do TGI reduzida;
c) (kappa) Analgesia ao nível espinhal e periférica.
Efeitos colaterais:
Motilidade do TGI reduzida;
Disforia;
Sedação;
Não contribuem para a dependência.
Ações da morfina
Analgesia;
Euforia (mediada por receptores µ e equilibrada pela disforia associada com a ativação de receptores k);
Sensação poderosa de bem-estar e contentamento;
Depressão respiratória;
Aumento na pressão parcial de dióxido de carbono – ocorre com uma dose normal analgésica de morfina;
Ocorre diminuição na sensibilidade do centro respiratório à PCO2;
Os neurônios no centro respiratório bulbar não parecem estar deprimidos, quando aplicados na superfície ventral – efeito depressor sobre a respiração;
Depressão respiratória não é acompanhada pela depressão dos centros bulbares que controlam a função cardiovascular. Ocorre com doses normais a depressão respiratória;
Náuseas e vômitos, ocorrem em até 40% dos pacientes que fazem uso pela primeira vez de morfina;
São transitórios e desaparecem com a administração repetida;
Constrição Pupilar o Mediada pelo µ e k. o Pupilas puntiformes;
Efeitos no TGI o Reduz a motilidade do TGI, resultando em constipação que pode ser severa e incômoda;
Aumento da pressão no sistema biliar, por causa da contração da vesícula biliar e da constrição do esfíncter biliar;
Dependência Física o Caracteriza-se por uma Síndrome de Abstinência nítida;
Causa irritabilidade aumentada, perda de apetite e padrões comportamentais anormais – sacudidas e tremores;
Sintomas Físicos – máximos após 2-3 dias. Desaparecem em 8-10 dias;
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Analgésicos e Sedativos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Em terapia intensiva, os principais objetivos da sedação incluem reduzir a resistência à ventilação mecânica, tratamento de distúrbios psiquiátricos ou problemas relacionados à abstinência de substâncias de abuso, restauração da temperatura corpórea, redução da ansiedade, facilitação do sono e redução do metabolismo. Em casos de traumatismo craniano, o objetivo da sedação pode incluir a indução do coma, a fim de promover o “silêncio elétrico” (EEC burst supression, do inglês)
do cérebro, reduzindo sua necessidade metabólica. Tal procedimento pode estar associado ou não à indução de hipotermia para controlar as necessidades metabólicas neuronais.
O agente sedativo ideal deve possuir propriedades ideais como mínimo efeito depressor dos sistemas respiratório e cardiovascular, não interferência no metabolismo de outras drogas, e possuir vias de eliminação independentes dos mecanismos renal, hepático ou pulmonar, resultando em uma meia-vida de eliminação curta, sem metabólitos ativos.
A sedação pode ser definida entre um simples estado de cooperação, com orientação espaço temporal e tranquilidade ou apenas resposta ao comando, podendo incluir ou não a hipnose. Para se avaliar o grau de sedação, empregam-se inúmeras escalas, sendo a mais utilizada aquela proposta por Ramsay. A escala de Ramsay é utilizada como referência para validação de novas técnicas.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Analgésicos opioides são indicados para alívio de dores moderadas a intensas, particularmente de origem visceral. Em doses terapêuticas são razoavelmente seletivos, não havendo comprometimento de tato, visão, audição ou função intelectual. Comumente não eliminam a sensação dolorosa e, sim, reduzem o sofrimento que a acompanha, com os pacientes sentindo-se mais confortáveis.
Frequentemente, estes referem que a dor, embora ainda presente, é mais tolerada. Com o uso de maiores doses, no entanto, os opioides alteram a resposta nociceptiva. Dores contínuas são aliviadas mais eficazmente que dores pungentes e intermitentes. Entretanto, em quantidades suficientes, é possível aliviar até mesmo dores intensas causadas por cólicas biliares ou renais.
– Cloridrato de Tramadol (Tramal): É um analgésico que pertence à classe dos opióides e que atua sobre o sistema nervoso central. Este medicamento alivia a dor através da sua ação sobre células nervosas específicas na espinhal-medula e no cérebro. Tramal está indicado no tratamento da dor moderada a intensa.
– Sulfato de Morfina (Dimorf): A morfina é um remédio analgésico da classe dos opióides que tem um potente efeito no tratamento da dor crônica ou aguda muito intensa, como dor pós-cirúrgica ou dor causada por doenças degenerativas, por exemplo.
– Citrato de fentanila (Fentanil): É analgésico opióide com uso reservado como coadjuvante de a nestesia geral ou em unidades de cuidados intensivos. É um fármaco do grupo dos opioides sendo um potente analgésico narcótico de início de ação rápido e curta duração de ação, que é usado no tratamento da dor. É um potente agonista dos μ-opioide.
ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES – (AINES) ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
Estes modificam mecanismos periféricos e centrais envolvidos no desenvolvimento de dor. São indicados por tempo curto, particularmente para dores de tegumento leves e moderadas. Exibem propriedades analgésica e antitérmica.
– Cetoprofeno (Profenid): É um medicamento anti-inflamatório, analgésico e antitérmico, sendo indicado para o tratamento de inflamações e dores decorrentes de processos reumáticos (doenças que podem afetar músculos, articulações e esqueleto), traumatismos (lesão interna ou externa resultante de um agente externo) e de dores em geral.
– Dipirona Sódica (Novalgina): é largamente empregada no Brasil no tratamento de dor pós-operatória, cólica renal, dor oncológica e enxaqueca, bem como de febre. Porém foi banida em 33 países, por causa da ocorrência de reações alérgicas graves (como edema de glote e anafilaxia) e idiossincrásicas (agranulocitose, em potência fatal). Não apresenta eficácia diferente em relação aos demais analgésicos não-opioides.
– Acetaminofeno (Paracetamol): é um fármaco com propriedades analgésicas, mas sem propriedades anti inflamatórias clinicamente significativas.
SEDATIVOS BENZODIAZEPÍNICOS
As benzodiazepinas são um grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares, para amnésia anterógrada e atividade anticonvulsivante. A capacidade de causar depressão no SNC deste grupo de fármacos é limitada, todavia, em doses altas podem levar ao coma. Não possuem capacidade de induzir anestesia, caso utilizados isoladamente.
– Maleato de Midazolam (Dormonid): Midazolam é a substância ativa de um medicamento indutor do sono conhecido comercialmente como Dormonid, da classe dos benzodiazepínicos, é de escolha para sedação pois:
Tem maior lipossolubilidade;
Início mais rápido (30 a 60 segs);
Duração de ação mais curta (15 a 30 min);
Amnésia
– Diazepam (Valium): É um tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos, com tratamento dos transtornos de ansiedade, sendo portanto necessários um diagnóstico e uma indicação feita pelo médico. Pode ser usado, desde que de forma limitada, para controlar a tensão nervosa devida a algum acontecimento estressante, mesmo que não exista um distúrbio de ansiedade propriamente dito.
– Clonazepam (Rivotril): Pertencente ao grupos dos benzodiazepínicos, possui como principal propriedade a inibição leve das funções do SNC permitindo com isto uma ação anticonvulsivante, alguma sedação, relaxamento muscular e efeito tranquilizante.
ANESTÉSICO GERAL
Anestesia Geral é um termo utilizado para designar uma técnica anestésica que promove
inconsciência (hipnose) total, abolição da dor (analgesia / anestesia) e relaxamento do paciente, possibilitando a realização de qualquer intervenção cirúrgica conhecida. Pode ser obtida com agentes inalatórios e/ou endovenosos.
– Propofol: O propofol é um agente anestésico geral adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos em adultos e crianças a partir dos 3 anos de idade. Pode também ser utilizado para sedação de pacientes de UTI que estejam SOB ventilação mecânica.
RELAXANTES MUSCULARES
Um Relaxante muscular é um fármaco que afeta o músculo esquelético diminuindo o tónus muscular, é usado para aliviar sintomas tais como espasmo muscular, dor e hiperreflexia.
– Brometo de Pancurônio (Pavulon): é uma substância química usada como relaxante muscular. É um dos componentes das injeções letais usadas nos Estados Unidos para condenados à Pena de morte, mas encontra aplicações em cirurgia. No sistema cardiovascular, causa ligeira taquicardia, sem alteração da pressão arterial. Não libera histamina, não causa alteração no SNC. É desaconselhável para pacientes nefropatas.
– Besilato de Atracúrio (Tracrium): é um relaxante muscular de ação periférica, utilizado na forma de solução injetável. O besilato de atracúrio é utilizado como auxiliar da cirurgia, uma vez que causa relaxamento muscular. É também usado na ventilação assistida e na entubação endotraqueal.
– Vecurônio (Nodescrón): É um fármaco utilizado como bloqueador neuromuscular (curare), auxiliando na anestesia geral e relaxamento neuromuscular. É usado em associação com hipnóticos e opioides durante a anestesia geral. Duração média paralisante muscular varia entre 10 a 30 minutos conforme a dose. A reversão do curare é feita com a administração endovenosa de atropina e neostigmina.
SEDATIVO AGONISTA ADRENÉRGICO
– Cloridrato de dexmedetomidina (Precedex): É um fármaco que atua no sistema nervoso central e apresenta uma gama variada de propriedades farmacológicas, de tal forma que, atualmente, vem ganhando espaço no cenário da terapia intensiva.
É um agonista adrenérgico de receptores alfa – 2 potente e altamente seletivo, que não tem afinidade pelos receptores beta-adrenérgicos, muscarínicos, dopaminérgicos ou serotoninérgicos.
Promove sedação e analgesia sem depressão respiratória, diferentemente da maioria das outras drogas utilizadas na terapia intensiva para este fim.
ANTAGONISTAS
Antagonismo em farmacologia se refere aos compostos químicos que se ligam a determinados receptores neurológicos porém sem ativá-los, impedindo que os componentes que o ativariam de se ligarem.
– Flumazenil (Lanexat): É o antagonista competitivo dos receptores diazepínicos. O flumazenil permite antagonizar os efeitos hipnóticos e sedativos dos BZD, e os efeitos adversos paradoxais, como a agitação. Além disso, o flumazenil permite o diagnóstico e o tratamento de uma intoxicação por BZD ou pode ser auxiliar no diagnóstico etiológico do coma.
– Naloxona (Narcan): A Naloxona é uma droga antagonista de opioides, reverte os efeitos de outros medicamentos entorpecentes. A naloxona é usada para reverter os efeitos de estupefacientes utilizados durante a cirurgia ou para tratar a dor.
CUIDADOS INTENSIVOS DE ENFERMAGEM
Manter acesso venoso enquanto o paciente estiver recebendo analgesia por via peridural.
As medicações de uso peridural são estéreis e designadas para isso.
Pacientes em analgesia contínua por cateter peridural podem deambular com auxílio, nunca sozinhos. Avaliar a presença de bloqueio sensitivo, que impede a adequada propriocepção.
Os anestesiologistas são os profissionais que estão habilitados legalmente para inserção, administração de medicamentos e retirada do cateter peridural. O enfermeiro está habilitado para avaliações do paciente em relação à analgesia.
Pelo peridural e curativos do cateter peridural.
Avaliação da eficácia da analgesia
A dor é avaliada e registrada como o quinto sinal vital. As escalas quantitativas utilizadas na avaliação da dor são a escala numérica verbal (ENV), análoga visual (EAV) e categórica verbal (ECV).
Se o paciente apresentar escala de dor > 3 (ENV/EAV) ou dor moderada (ECV), utilizar doses analgésicas de resgate conforme prescrição médica e iniciar terapias complementares, como abordagem comportamental e terapias físicas. Se a dor persistir > 3, comunicar o plantão médico.
Avaliação e manejo de efeitos adversos
Sedação e depressão respiratória
Monitorizar índices de sedação, conforme Escala de Sedação de Ramsay:
Ansiedade, agitação;
Cooperativo, orientado, tranquilo;
Responde somente a comandos;
Resposta ativa ao estímulo auditivo baixo ou glabela;
Resposta lentificada ao estímulo;
Sem resposta ao estímulo.
A incidência de depressão respiratória é precedida por sedação extrema. Se o paciente apresentar sedação = 3 e FR < 10, parar a infusão do analgésico peridural, verificar a saturação periférica de oxigênio (SpO2) e solicitar avaliação do plantão médico.
Avaliar frequência respiratória (FR) e sedação em frequência horária nas primeiras 24 horas e após, a cada quatro horas.
ATENÇÃO: O aumento do grau de sedação ocorre prioritariamente à depressão respiratória.
Náuseas e vômitos
Na ocorrência de náuseas, orientar exercícios de inspiração profunda e expiração tranquila. Se necessário, administrar antiemético conforme prescrição médica. Se persistirem, procurar outras causas para a ocorrência e comunicar o plantão médico.
Prurido
É comum ocorrer prurido após uso de opioide por via peridural ou subaracnoide, inicialmente na face e estendendo-se, por vezes, ao tronco anterior e posterior e membros. O tratamento é medicamentoso, com anti-histamínicos. Deverá constar na prescrição médica e será utilizado se o prurido for intenso ou desconfortável ao paciente. Comunicar o plantão médico.
Retenção urinária
Avaliar presença de globo vesical. Se presente, realizar manobras miccionais ou sondagem vesical de alívio. Avalie o débito urinário: volume > 1 mL/kg/h.
Hipotensão arterial
Diagnosticar a causa da hipotensão: cirúrgica (por exemplo, perda sanguínea) ou anestésica (por exemplo, vasodilatação periférica). Se PA sistólica < 90 mmHg, suspender a analgesia contínua e comunicar o responsável pelo CPA. Verificar a PA a cada quatro horas. Comunicar o plantão médico se o resultado for menor que 20% da PA pré-operatória do paciente de causa anestésica.
Perda ou diminuição da função motora ou sensitiva
Avaliar a função motora e sensitiva dos MMII a cada quatro horas, ou mais, frequentemente, se ocorrerem alterações. Na ocorrência de alterações (parestesias ou paresias), o paciente refere formigamento ou peso em algum local dos MMII e/ou quadril. Avaliar a motricidade por meio da e scala de Bromage.
Não permitir deambulação se o paciente apresentar perda de força ou sensibilidade em alguma região das extremidades ou tronco. Comunicar o plantão médico das alterações da função motora ou sensitiva. Suspender a infusão contínua por cateter peridural.
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