Indicações de administração de Soluções Intravenosas

Não há ao certo artigos ou leituras oficiais sobre as indicações para tais soluções terapêuticas infundidas nos lúmens dos Cateteres Venosos Centrais, mas existem algumas regras que devem ser observadas na administração de soluções intravenosas pelo CVC. Podendo variar de Instituição para Instituição, sugiro recorrer ao POP dos mesmos.

Vejamos um exemplo, a nutrição parentérica total (NPT) deve infundir num lúmen isolado de outras soluções, geralmente indicado em via Distal (em casos de duplo lúmens), e podendo até ser infundido em via medial (caso tri-lúmen), devendo ter seu controle de débito através de uma bomba infusora.

Também o sangue e os hemoderivados devem infundir num lúmen isolado de outras soluções. A administração de outras soluções deve assegurar sempre a permeabilidade e débito do CVC, para diminuir o aparecimento de complicações relacionadas com a obstrução dos seus lúmens.

Além disso, essa administração deve ser controlada de modo a evitar uma sobrecarga hídrica. Lembrando, que após cada administração de medicação deve efetuar-se a lavagem das linhas infusoras com Soro Fisiológico 0,9%, para evitar incompatibilidades entre fármacos administrados.

Na administração simultânea de várias soluções, deve avaliar-se a sua relação de compatibilidade, para assim se escolher o lúmen onde devem infundir.

CONTROVÉRSIAS EM QUESTÃO DE DROGAS VASOATIVAS EM LÚMENS CERTOS

Há grandes controvérsias sobre o uso correto de lúmens para a infusão das DVAS, há lugares que especificam que deve dar preferência a instalar estes medicamentos sempre na via proximal (que por sua vez deveria ser identificada para favorecer exclusividade), uma vez que esta possui “prime” (calibre), fluxo gravitacional e velocidade de infusão (ml/hr) inferior em relação aos outros lúmens (medial e distal).

A fim de evitar “flushs” destas medicações e consequentemente superdosagem da mesma, portanto, desde que há instituições que utilizam do PICC, na qual, dispõem de 1 ou dois lúmens, não há uma identificação certa se a via é proximal ou distal, desde que o Enfermeiro faz a mensuração e o corte do tamanho correto conforme a anatomia do paciente, impossibilitando o espaçamento destes lúmens.

Mas temos que respeitar sim a compatibilidade dos medicamentos, e a individualidade das vias, evitando que certas soluções sejam misturadas e percam seu efeito terapêutico no paciente, e possibilitando mais ainda uma instabilidade hemodinâmica do paciente.