Que Medicamento é Esse?: Dexmedetomidina

O Cloridrato de Dexmedetomidina é um agonista alfa-2 adrenérgico relativamente seletivo indicado para sedação em pacientes (com e sem ventilação mecânica) durante o tratamento intensivo (na Unidade de Terapia Intensiva, salas de cirurgia ou para procedimentos diagnósticos).

Como Funciona?

O Cloridrato de Dexmedetomidina promove sedação (indução de um estado calmo) sem diminuição da frequência respiratória. Durante esse estado os pacientes podem ser despertados e são cooperativos. O inicio de ação deste medicamento ocorre em até 6 minutos e a meia vida (tempo necessário para que a quantidade da substância administrada na corrente sanguínea se reduza à metade) de eliminação é de cerca de 2 horas.

Os Efeitos Colaterais

Em geral, os eventos indesejáveis mais frequentemente observados, emergentes do tratamento foram hipotensão, hipertensão, bradicardia, febre, vômitos, hipoxemia (níveis baixos de oxigênio no sangue), taquicardia(rapidez excessiva no funcionamento do coração), anemia, boca seca e náusea.

Os Cuidados de Enfermagem

  • Cloridrato de dexmedetomidina deve apenas ser utilizado por profissionais treinados no cuidado de pacientes que necessitam de tratamento intensivo ou em sala de operação. Devido aos conhecidos efeitos farmacológicos de Cloridrato de dexmedetomidina os pacientes devem ser monitorados continuamente enquanto estiverem recebendo Cloridrato de dexmedetomidina.
  • pode apresentar efeito aditivo com: anestésicos; agonista opioide; sedativo; hipnótico; vasodilatador.
  • Deve haver cautela quando utilizar Cloridrato de dexmedetomidina em pacientes com bloqueio cardíaco avançado e/ou disfunção ventricular grave. Uma vez que Cloridrato de dexmedetomidina diminui as atividades do sistema nervoso simpático (resposta do corpo em situações estressantes), hipotensão e/ou bradicardia podem ser esperadas por serem mais pronunciados em pacientes com hipovolemia (quando há pouco líquido dentro dos vasos sanguíneos), diabetes mellitus ou hipertensão (pressão arterial alta) crônica e em pacientes idosos.
  • Cloridrato de Dexmedetomidina pode induzir hipertermia que pode ser resistente aos métodos tradicionais de resfriamento. Cloridrato de Dexmedetomidina deve ser descontinuado e a hipertermia deve ser tratada com medidas clínicas convencionais.

Que Medicamento é Esse?: Paracetamol + Fosfato de codeína

O Paracetamol + Fosfato de Codeína, conhecido popularmente como “Codex”, é um forte analgésico  indicado para aliviar dores moderadas a intensas, como em casos de entorses, luxações, contusões, distensões, fraturas, alívio de dor no pós-operatório, pós-extração dentária, neuralgia, lombalgia, dores de origem articular e condições semelhantes.

Como Funciona?

O Codex tem na sua composição duas substâncias com ação analgésica, a codeína e o paracetamol.

A codeína é um medicamento analgésico que age nos receptores μ-opiáceos predominantemente através do seu metabólito ativo morfina. A codeína também se liga fracamente aos receptores κ, que mediam a analgesia, miose e sedação. Os principais efeitos da codeína são no sistema nervoso central.

O paracetamol é um analgésico e antipirético, que produz a analgesia pela elevação do limiar da dor e antipirese através da ação no centro hipotalâmico regulador do calor.

Os Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso de Codex são prisão de ventre, boca seca, náuseas, vômitos, tonturas, sonolência e suor excessivo.

Quando é Contraindicado?

O Codex não deve ser utilizado em pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Também não deve ser usado para o tratamento da dor pós-operatória em crianças que foram submetidas a tonsilectomia ou adenoidectomia.

Além disso, também não deve ser usado em pessoas que metabolizem a codeína muito rapidamente, em grávidas ou mulheres que estejam a amamentar.

Não deve ser usado em menores de 12 anos.

Os Cuidados de Enfermagem

  • Instrua o paciente a tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o tratamento, sem o conhecimento do médico, ainda que melhore.
  • Informe ao paciente as reações adversas mais frequentes relacionados ao uso da medicação.
  • A medicação deve ser usada com cautela em gestantes e lactantes.
  • Recomenda-se cautela também em casos de asma, bronquite, anorexia, IAM, ICC e durante o trabalho de parto. Os pacientes idosos devem receber doses baixas e em intervalos maiores.
  • Recomende ao paciente o aumento da ingestão de líquidos e de alimentos ricos em fibras, durante a terapia.
  • Pode causar boca seca.
  • Pode causar tontura e sonolência.
  • Recomende o paciente que evite o uso de álcool e o uso concomitante de outros depressores do SNC.

Que Medicamento é Esse?: Alteplase

Alteplase é um fármaco utilizado pela medicina como trombolítico, sendo um ativador do plasminogênio tissular. É uma enzima que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos.

Como Funciona?

O Alteplase atua estimulando a dissolução de coágulos, restaurando o fluxo de sangue aos locais atingidos.

Os Efeitos Colaterais

  • Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hemorragia, como hematoma. Especificamente no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico agudo (derrame): hemorragia intracraniana, como hemorragia cerebral e subaracnoidea (sangramentos dentro ou ao redor do cérebro), hematoma cerebral e intracraniano, acidente vascular hemorrágico (derrame com sangramento) e transformação hemorrágica de acidente vascular cerebral (sangramento em um derrame que não envolvia sangramento);
  • Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hemorragia do trato respiratório, como hemorragia faríngea (na garganta); hemorragia gastrintestinal (sangramento do aparelho digestivo), como hemorragia gástrica (no estômago), hemorragia de úlcera gástrica (úlcera do estômago), hemorragia retal (parte final do intestino), hematêmese (vômito de sangue), melena (fezes com sangue), hemorragia bucal (da boca), sangramento gengival (na gengiva), equimose  mancha roxa na pele); hemorragia urogenital, como hematúria (sangue na urina). hemorragia do trato urinário; hemorragia no local da injeção, hemorragia no local da punção, como hemorragia e hematoma no local do cateter. Especificamente no tratamento do infarto agudo do miocárdio e embolia pulmonar maciça: hemorragia intracraniana, como hemorragia cerebral e subaracnoidea, hematoma cerebral e intracraniano, acidente vascular hemorrágico, transformação hemorrágica de acidente vascular cerebral.
  • Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): hemoptise (escarro com sangue), epistaxe (sangramento nasal), hipotensão (queda da pressão). Especificamente no tratamento do infarto agudo do miocárdio: arritmias após retorno da circulação no coração (batimentos cardíacos desordenados, como arritmias, extrassístole, fibrilação atrial, bloqueio atrioventricular de primeiro grau a total, bradicardia, taquicardia, arritmia ventricular, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular), que ocorrem próximo ao tratamento com ACTILYSE.
  • Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações anafilactoides (alérgicas, que geralmente são leves, mas podem causar risco de vida em casos isolados), podem aparecer como rash (vermelhidão), urticaria (coceira), broncoespasmo (constrição dos brônquios), edema angioneurótico (inchaço da língua, lábios e garganta), hipotensão (queda da pressão arterial), choque (queda abrupta e acentuada da pressão arterial) ou qualquer outro sintoma associado com hipersensibilidade (alergia); hemorragia ocular, hemorragia pericárdica (sangramento ao redor do coração), n o s pulmões e retroperitoneal (na região posterior do abdome, como hematoma retroperitoneal), embolia (formação de coágulos nos vasos sanguíneos, que pode levar às correspondentes consequências nos órgãos envolvidos), náuseas.
  • Reações com frequência desconhecida: sangramento no fígado, vômitos, febre, embolia gordurosa (migração de porções de gordura dentro dos vasos sanguíneos) e transfusão.

Quando é Contraindicado?

  • pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo alteplase, à gentamicina (resíduo do processo de fabricação) ou a qualquer componente da fórmula;
  • casos em que houver alto risco de hemorragia, tais como:
    • distúrbio hemorrágico significativo no momento ou nos últimos 6 meses, diátese hemorrágica conhecida;
    • pacientes recebendo tratamento anticoagulante oral efetivo (por exemplo, varfarina sódica; INR > 1,3 – vide 5.
  • qualquer histórico de danos ao sistema nervoso central (por exemplo, neoplasia, aneurisma, cirurgia intracraniana ou espinhal);
  • histórico, evidência ou suspeita de hemorragia intracraniana, incluindo hemorragia subaracnoidea;
  • hipertensão arterial grave não controlada;
  • cirurgia de grande porte ou traumatismo grave nos últimos 10 dias (inclusive traumatismo associado ao infarto agudo do miocárdio), traumatismos recentes na cabeça ou crânio;
  • ressuscitação cardiopulmonar prolongada ou traumática (> 2 minutos), parto nos últimos 10 dias, punção recente de um vaso sanguíneo não compressível (por exemplo, na veia jugular ou subclávia);
  • hepatopatias graves, incluindo insuficiência hepática, cirrose, hipertensão portal (varizes esofágicas) e hepatite ativa;
  • endocardite bacteriana, pericardite;
  • pancreatite aguda;
  • doença ulcerativa gastrintestinal relatada nos últimos 3 meses;
  • aneurisma arterial, malformações arteriais/venosas;
  • neoplasia com alto risco de sangramento.
  • Nos casos de infarto agudo do miocárdio e embolia pulmonar maciça, é contraindicado também:
    • acidente vascular cerebral hemorrágico ou acidente vascular cerebral de origem desconhecida a qualquer hora;
    • acidente vascular cerebral isquêmico ou ataque isquêmico transitório (AIT) nos 6 meses anteriores, exceto acidente vascular cerebral isquêmico agudo corrente nas últimas 4,5 horas.
  • Nos casos de acidente vascular cerebral isquêmico agudo, é contraindicado também:
    • aparecimento dos sintomas da isquemia há mais de 4,5 horas antes do início da infusão ou momento do aparecimento dos sintomas desconhecido;
    • sintomas do acidente vascular cerebral isquêmico agudo que estejam melhorando rapidamente ou que sejam apenas leves, antes do início da infusão;
    • acidente vascular cerebral grave demonstrado clinicamente (p. ex. NIHSS > 25) e/ou por técnicas de imagem apropriadas;
    • crise convulsiva no início do acidente vascular cerebral;
    • histórico de acidente vascular cerebral prévio ou traumatismo craniano grave nos últimos 3 meses;
    • combinação de acidente vascular cerebral anterior e diabetes mellitus;
    • administração de heparina dentro de 48 horas antes do acidente vascular cerebral, com aumento do tempo de ativação parcial de tromboplastina (TTPa);
    • contagem de plaquetas menor que 100.000/mm3;
    • pressão sistólica > 185 mmHg, pressão diastólica > 110 mmHg ou necessidade de terapêutica agressiva (medicação intravenosa) para reduzir a pressão arterial a esses limites;
    • glicemia < 50 mg/dL ou > 400 mg/dL.

Os Cuidados de Enfermagem

  • Alteplase não deve ser administrado concomitantemente com outras drogas, através do mesmo frasco de infusão, ou através do mesmo acesso venoso (nem mesmo com a heparina);
  • Evitar o uso de cateteres rígidos;
  • Não se devem administrar doses superiores a 100 mg de Alteplase;
  • Evitar injeções intramusculares durante o tratamento com Alteplase;
  • Evitar manipulações desnecessárias do paciente.