A limpeza da Cânula Metálica de Traqueostomia

A limpeza da cânula metálica de traqueostomia é um procedimento importante para prevenir complicações como infecções, obstruções e irritações na traqueia.

As secreções acumuladas dentro da cânula interna precisam ser retiradas através de limpeza frequente (4 vezes ao dia), pois podem formar rolhas ou tampões endurecidos que impedem ou dificultam a passagem do ar pelo tubo (respiração).

Como realizar a limpeza?

LIMPEZA DE CÂNULA INTERNA (INTERMEDIÁRIO)

A cânula metálica deve ser limpa diariamente, seguindo os passos abaixo:

  1. A limpeza deve ser feita, se possível, antes da alimentação, pois poderão ocorrer acessos de tosse durante a retirada e colocação da cânula interna;
  2. Lave bem as mãos antes e depois de realizar os cuidados com a traqueostomia para evitar infecções;
  3. Luvas descartáveis devem ser utilizadas pelo familiar ou cuidador;
  4. O paciente deve estar confortável, na posição sentada ou com a cabeceira da cama bem elevada durante a limpeza;
  5. Retire a cânula interna. Algumas cânulas possuem um conector com uma trava giratória, sendo necessário girá-lo para desencaixá-lo da cânula externa;
  6. Realize a limpeza com água corrente, usando detergente neutro e escova fina ou uma pinça e gaze para retirar toda a secreção acumulada, tanto por dentro como por fora;
  7. Enxague bem, retirando todo o detergente;
  8. Não utilize produtos à base de cloro na cânula metálica (hipoclorito, água sanitária, etc.), pois podem danificá-la;
  9. Seque a cânula interna com gaze ou papel toalha;
  10. Recoloque-a na cânula externa e gire o conector até travar (caso possua trava giratória);
  11. Se a cânula interna sair acidentalmente e cair no chão, realize a limpeza conforme descrito acima e encaixe-a novamente na cânula externa.

Algumas Observações

  • O paciente deve beber bastante líquido, como água, chá e sucos (se não houver contraindicação médica), pois podem contribuir para que as secreções fiquem mais líquidas e fáceis de serem eliminadas através da tosse.
  • Se o paciente estiver se alimentando por sonda, deve seguir as orientações do nutricionista.
  • Inalações podem ser realizadas conforme orientação médica.

Referência:

  1. EBSERH

Aspiração de Secreção e sua sequência

A aspiração das Vias Aéreas consiste na remoção de secreções por meio de sucção das Vias Aéreas Superiores (VAS – cavidade nasal, laringe, faringe) e/ou Vias Aéreas Inferiores (VAI- traqueia). Tendo como finalidade remover secreções acumuladas, Prevenir infecções e obstruções respiratórias, Promover conforto, Permitir a ventilação e a oxigenação e Prevenir broncoaspiração.

Indicação

  • Presença de secreção visível na VA;
  • Presença de ruído no tubo traqueal;
  • Presença de roncos e/ou crepitações e redução dos sons pulmonares na ausculta pulmonar;
  • Desconforto respiratório;
  • Queda da SpO2;
  • Oscilações na curva de fluxo do ventilador.

Materiais Necessários

  • Equipamentos de Proteção Individual – EPI – ( luvas de procedimento, óculos protetor, gorro e máscara cirúrgica);
  • luva estéril para aspirar VAI;
  • Cateter de aspiração adequado;
  • Frascos de soro fisiológico 0,9% de 10 mL;
  • extensões de silicone/látex esterilizadas ;
  • Oxímetro de pulso ;
  • estetoscópio;
  • gazes esterilizadas;
  • Fonte de vácuo (canalizada ou portátil);
  • Papel toalha.

Etapas do Procedimento

  1. Identificar a necessidade para aspiração;
  2. Higienizar as mãos;
  3. Reunir todo o material necessário;
  4. Paramentar-se com EPI;
  5. Explicar ao paciente o procedimento e o seu propósito;
  6. Posicionar o paciente, preferencialmente em semi-Fowler;
  7. Instalar o oxímetro de pulso e observar saturação;
  8. Colocar o papel toalha sobre o tórax do beneficiário;
  9. Calçar luvas de procedimento;
  10. Abrir o vácuo e testá-lo;
  11. Abrir o pacote da sonda;
  12. Conectar a sonda no látex, segurando a sonda com a mão dominante;
  13. Interromper dieta administrada por SNE antes de proceder à aspiração, caso o beneficiário esteja fazendo uso do dispositivo;
  14. Aspirar nasofaringe introduzindo a sonda em uma das narinas, com o vácuo fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de preferência no tempo inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo de forma intermitente. O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a 12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
  15. Retirar a sonda devagar, com movimentos rotatórios;
  16. Imergir a sonda em SF 0,9% entre uma aspiração e outra;
  17. Aspirar nasofaringe enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
  18. Aspirar orofaringe, se necessário, utilizando a mesma sonda, introduzindo a sonda pela boca, com o vácuo fechado, fazendo movimento oblíquo e para baixo, de preferência no tempo inspiratório ou durante a tosse, e aspirar liberando o vácuo de forma intermitente;
  19. O tempo entre a introdução e a retirada da sonda deve durar no máximo de 10 a 12 segundos enquanto houver secreção, mantendo uma pausa entre uma introdução e outra da sonda (no máximo, três vezes, no intervalo de 1 minuto);
  20. Desconectar a sonda do látex;
  21. Desprezar todo material utilizado (sonda, frasco SF, luvas, máscara, papel toalha, etc);
  22. Posicionar o paciente confortavelmente;
  23. Deixar a unidade em ordem;
  24. Retirar as luvas;
  25. Higienizar as mãos;
  26. Registrar no prontuário o procedimento realizado.

Etapas do procedimento de Vias Aéreas Invasivas

  1. Explicar o procedimento a ser realizado;
  2. Higienizar as mãos;
  3. Reunir os materiais necessários;
  4. Colocar o cliente na posição de Fowler ou semi-Fowler, se não for contraindicado;
  5. Aplique proteção facial;
  6. Calce uma luva estéril em cada uma das mãos, ou use luva não estéril na mão não dominante e luva estéril na mão dominante;
  7. Pegue a sonda com a mão dominante sem tocar nas superfícies não estéril, prenda o látex ao conector;
  8. Faça o teste do equipamento de vácuo;
  9. Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, remova o dispositivo liberador de oxigênio ou umidade com a mão dominante;
  10. Sem aplicar aspiração, insira suave, mas rapidamente o cateter usando o polegar dominante e o dedo indicador na via aérea artificial ate encontrar resistência ou o paciente tossir, então puxe de volta 1 cm;
  11. Aplique sucção intermitente colocando e liberando o polegar não dominante sobre a abertura do cateter, retire lentamente o cateter enquanto o gira de volta e para frente entre o polegar dominante e o dedo polegar. Encoraje o beneficiário a tossir. Observe sofrimento respiratório;
  12. Se o beneficiário estiver recebendo ventilação mecânica, feche o adaptador ou substitua o dispositivo de liberação de oxigênio;
  13. Avalie o estado cardiopulmonar do beneficiário com relação à depuração de secreções e complicações. Repita as etapas do procedimento até obter melhora do padrão respiratório ou ausculta de secreções;
  14. Posteriormente, aspire nasofaringe e orofaringe nesta ordem, após esta passagem o cateter estará contaminado, não o insira novamente no tubo;
  15. Reconecte o sistema de oxigenação (se em utilização);
  16. Desconecte o cateter do sistema de vácuo, enrole o tubo na mão dominante. Retire o papel toalha e retire a luva de modo que o cateter fique nela. Descarte-as em local indicado. Desligue o sistema de sucção;
  17. Deixe o paciente em posição confortável e organize o ambiente;
  18. Higienizar as mãos;

Qual a ordem da aspiração da via aérea?

  1. VAI ( tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia);
  2. Cavidade nasal;
  3. Cavidade oral.

Por que essa sequência?

Se o paciente estiver com a ventilação aérea invasiva ou aérea avançada (VAI OU VAA), conforme BALBINO (2016), deve-se seguir a sequência pois se justifica pela utilização de uma mesma sonda para aspirar a área ESTÉRIL para a área LIMPA, sendo então, a utilização de luvas estéreis no caso de aspiração em TOT ou TQT.

Técnico em enfermagem pode realizar aspiração de Via Aérea?

Sim, desde que se enquadre nas considerações descritas na resolução abaixo, artigos 4 e 5:

De acordo COFEN Nº 557/2017 RESOLVE:

Art. 2º Os pacientes graves, submetidos a intubação orotraqueal ou traqueostomia, em unidades de emergência, de internação intensiva, semi intensivas ou intermediárias, ou demais unidades da assistência, deverão ter suas vias aéreas privativamente aspiradas por profissional Enfermeiro, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem.

Art. 3º Os pacientes atendidos em Unidades de Emergência, Salas de Estabilização de Emergência, ou demais unidades da assistência, considerados graves, mesmo que não estando em respiração artificial, deverão ser aspirados pelo profissional Enfermeiro, exceto em situação de emergência, conforme dispõe a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem e Código de Ética do Profissional de Enfermagem – CEP.

Art. 4º Os pacientes em unidades de repouso/observação, unidades de internação e em atendimento domiciliar, considerados não graves, poderão ter esse procedimento realizado por Técnico de Enfermagem, desde que avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Art. 5º Os pacientes crônicos, em uso de traqueostomia de longa permanência ou definitiva em ambiente hospitalar, de forma ambulatorial ou atendimento domiciliar, poderão ter suas vias aéreas aspirada pelo Técnico de Enfermagem, desde que devidamente avaliado e prescrito pelo Enfermeiro, como parte integrante do Processo de Enfermagem.

Referências:

  1. BALBINO, Carlos Marcelo et al. Avaliação da técnica de aspiração de paciente em ventilação mecânica realizada pela enfermagem. Revista de Enfermagem UFPE on line, [S.l.], v. 10, n. 6, p. 4797-4803, nov. 2016. ISSN 1981-8963. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11258>. Acesso em: 28 out. 2022. doi:https://doi.org/10.5205/1981-8963-v10i6a11258p4797-4803-2016.
  2. TIMBY, Barbara Kuhn. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 8ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
  3. FURTADO, Érida Zoé Lustosa et al. Aspiração endotraqueal: práticas da equipe de saúde no cuidado ao paciente crítico. Rev enferm UFPE. Recife, dez., 2013.
  4. FAVRETTO, Débora Oliveira et al. Aspiração endotraqueal em pacientes adultos com via aérea artificial: revisão sistemática. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 20, n. 5, set.
    /out. 2012.

Bandeja para Traqueostomia

Para que serve?

Procedimento invasivo de acesso de vias áreas pela traqueia com colocação de prótese ventilatória (cânula) para ventilação pulmonar.

Executor:

Médico

Materiais Necessários

  • Cânulas de traqueostomias para uso adulto;
  • Cadarço ou fixador próprio para traqueostomia;
  • Seringa de 20 ml;
  • Seringa de 10 ml e 5 ml;
  • Agulhas descartáveis 30×8 e 13×4;
  • Luvas estéreis;
  • Máscaras;
  • Gorro;
  • Capote estéril;
  • Campo estéril;
  • Bandeja de traqueostomia;
  • Xylocaína ampola;
  • Fio de nylon 3,0;
  • Sondas de aspiração ou frasco coletor rígido para aspiração traqueal;
  • Ambú conectado à fonte de oxigênio;
  • Foco.

Etapas do Procedimento

  1.  Reunir material para o procedimento;
  2. Explicar ao paciente acerca do procedimento;
  3. Posicionar-se para realização do procedimento;
  4. Testar o balonete da cânula selecionada;
  5. Realizar o procedimento;
  6. Fixar Cânula;
  7. Realizar aspiração traqueal;
  8. Proceder aos registros de Enfermagem.

Observações

  • A equipe de suporte para a realização do procedimento deverá constar de 1 médico auxiliar, 1 enfermeiro e 1 técnico de Enfermagem;
  • A troca da cânula deverá ser realizada pelo enfermeiro ou médico, 5 dias após a instalação;
  • A troca do cadarço deverá ser realizada quando necessário;
  • A aspiração traqueal deverá ser realizada sempre antes da manipulação da cânula;
  • No caso do uso de cânula metálica, a subcânula deverá ser limpa diariamente, utilizando técnica estéril, com água oxigenada, para remoção de crostas, soro fisiológico 0,9%, terminando com fricção com álcool a 70%, por 3 vezes.

Referências:

  1. KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva, enfermagem. São Paulo: Editora Altheneu, 2006.

Curativo para Traqueostomia


Hoje em dia existem tecnologias à favor aos cuidados com o paciente traqueostomizado, obtendo coberturas para curativos essenciais ao cuidado tanto em âmbito hospitalar e domicilar, o que chamamos de “Curativos para Traqueostomia” à base de espuma de poliuretano e hidrocelular.

Vantagens

  • A estrutura exclusiva do curativo permite que o mesmo absorva grandes quantidades de secreção;
  • A secreção deve estar bem fluída para melhor absorção pelo curativo;
  • Previne a maceração e auxilia a manter as boas condições da pele na área periestomal;
  • Capacidade de permanecer no local por até 7 dias;
  • Minimiza a aderência tanto à pele periestomal quanto à cânula de traqueostomia, reduz o trauma ao paciente durante o uso e a troca;
  • A película externa de poliuretano do curativo age como barreira contra bactérias, prevenindo contaminação. É também uma barreira contra líquidos, o que evita extravazamento de secreções pela parte frontal do curativo;
  • O curativo proporciona aparência limpa e funcional que auxilia o paciente e seus cuidadores.

Algumas Observações e Cuidados de Enfermagem

  • O Curativo para Traqueostomias deve ser trocado antes que o curativo fique saturado.Isso ocorrerá quando for observada uma mancha escura sob a película externa, aproximadamente a 1 cm de distância da borda, quando o curativo secundário apresentar sinais de saturação (como aumento de volume) ou quando o curativo for retirado para trocas rotineiras;
  • Intervalo de Trocas: pode permanecer no local por até sete dias, dependendo da quantidade de exsudato, e durante o início do tratamento o curativo deve ser inspecionado regularmente, e a necessidade da frequência da troca deve ser avaliada pelo profissional da saúde responsável.

Inalação em Ventilação Mecânica: Como fazer?

Pacientes com doenças pulmonares obstrutivas frequentemente necessitam de suporte ventilatório através de ventilação mecânica invasiva ou não invasiva, dependendo da gravidade da exacerbação.

O uso de bronco dilatadores inalatórios pode reduzir significativamente a resistência das vias aéreas, contribuindo para a melhora da mecânica respiratória e da sincronia do paciente com o respirador.

Mas, como fazer a inaloterapia em um paciente intubado ou traqueostomizado?

O que preciso para realizar uma inaloterapia em pacientes sob V.M?

  • 1 tubo T;
  • 1 conector universal 22 x 22 para acoplar ao tubo T;
  • 1 frasco/copo inalador simples;
  • 1 extensor para régua de gases.

Como é montado o sistema ao V.M?

  • Deve-se primeiramente deixar o tubo T com o conector universal previamente montados e reservados para o uso;
  • Montar o frasco inalador com a medicação prescrita pelo médico e deixá-lo reservado à bandeja;
  • Deixar previamente montado a extensão da inalação à régua de gases no leito do paciente (Oxigênio ou Ar Comprimido);
  • Conectar a extensão e o tubo T ao frasco inalador;
  • Ir ao paciente, já com todo o sistema montado, remover o filtro e conectar o sistema de inalação juntamente ao circuito ventilatório (conector Y);
  • Evitar assincronia de disparo do ciclo inspiratório;
  • Sincronizar a administração com inspiração;
  • Quando usada uma fonte externa de fluxo, usar de 6 a 8 l/min

Muitos pacientes com DPOC necessitam suporte ventilatório com VM invasiva ou VNI. A oferta das drogas inalatórias nesse contexto é complexa. Múltiplos são os fatores que influenciam a eficácia dos broncodilatadores quando administrados em VM. Para uma melhor efetividade da droga, recomenda-se a prescrição da dose adequada para a via inalatória, na apresentação conforme sua disponibilidade.

É importante atentar para as medidas que podem melhorar a eficácia das medicações, como o uso de espaçador, a sincronia do paciente, o intervalo adequado entre as doses e o ajuste dos parâmetros ventilatórios durante a administração.

Referência:
  1. Terapia inalatória em ventilação mecânica (ISSN 1806-3713© 2015 Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia J Bras Pneumol. 2015;41(5):467-472http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132015000000035

Traqueostomia: O que é, e como é feito?

Traqueostomia

A Traqueostomia consiste em um procedimento cirúrgico que objetiva criar uma abertura na parede anterior da traqueia comunicando-se com o meio exterior, sendo mantido aberto com o auxílio de uma cânula.

Este procedimento é indicado em casos como:

  • Obstrução das vias aéreas superiores;
  • Permitir a higiene das vias aéreas;
  • Fornecer oxigênio para os pulmões, por meio de ventilação mecânica;
  • Em casos de Intubação prolongada.

O procedimento é simples e segue os seguintes passos: primeiramente a região cervical onde será realizado o procedimento é limpa e, subsequentemente, é realizada uma incisão para expor os anéis de cartilagem que compõem a parede externa da traqueia. Por conseguinte, o cirurgião realização uma incisão em dois desses anéis e introduz a cânula, que pode ser metálica ou de plástico, permitindo uma comunicação da traqueia com a região cervical.

O acesso cirúrgico pode ser realizado em diferentes níveis:

  • Cricotireoidostomia: feita na região da transmembrana cricotireoidiana.
  • Traqueostomia alta: é feita acima do ístimo da tireoide.
  • Traqueostomia transístmica: feito através do ístimo da tireoide, sendo preciso realizar sua secção e sutura.
  • Traqueostomia baixa: feita abaixo do ístimo da tireoide após ser tracionado cranialmente.
  • Traqueostomia mediastinal anterior: é feita no mediastino anterior depois de realizada uma ressecção do manúbrio do osso externo.
  • Traqueostomia percutânea: nesta realiza-se a técnica de Seldinger adapatada.

Embora a morbidade resultante de traqueostomia seja baixa, entre 4% a 10%, assim como qualquer procedimento cirúrgico, a mesma envolve potenciais complicações. Os maiores riscos de ocorrência de complicações estão em pacientes muito doentes ou que necessitam de uma traqueostomia de emergência. Dentre elas estão:

  • Obstrução da cânula por secreções;
  • Hemorragia;
  • Danos às cordas vocais, levando à mudança permanente da voz;
  • Infecção;
  • Pneumotórax;
  • Lesão de esôfago;
  • Prejuízo à deglutição;
  • Cicatrização hipertrófica.

A recuperação da realização do procedimento fica na dependência de diferentes fatores, como a durabilidade da traqueostomia, as condições dos tecidos ao redor da incisão e as condições físicas do paciente.

A remoção da cânula deve ser feita assim que o paciente já possa respirar normalmente por via aérea fisiológica. A dificuldade de remoção da cânula pode ocorrer nas seguintes situações:

  • Persistência da causa que levou ao procedimento de traqueostomia;
  • Deslocamento da parede anterior da traqueia, ocasionando obstrução da luz da mesma;
  • Edema de mucosa;
  • Intolerância ao aumento da resistência do ar, resultante da necessidade do ar passar pelas narinas;
  • Estenoses;
  • Traqueomalácea.

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Entendiendo sobre La Traqueostomía

Traqueostomía

La Traqueostomía consiste en un procedimiento quirúrgico que tiene como objetivo crear una abertura en la pared anterior de la tráquea comunicándose con el medio exterior, manteniéndose abierto con el auxilio de una cánula.

Este procedimiento se indica en casos como:

  • Obstrucción de las vías aéreas superiores;
  • Permitir la higiene de las vías aéreas;
  • Suministrar oxígeno para los pulmones, por medio de ventilación mecánica;
  • En casos de Intubación prolongada.

El procedimiento es simple y sigue los siguientes pasos: primero la región cervical donde se realizará el procedimiento es limpia y, posteriormente, se realiza una incisión para exponer los anillos de cartílago que componen la pared externa de la tráquea. Por lo tanto, el cirujano realiza una incisión en dos de estos anillos e introduce la cánula, que puede ser metálica o de plástico, permitiendo la comunicación de la tráquea con la región cervical.

El acceso quirúrgico puede realizarse en diferentes niveles:

  • Cricotirenoidostomía: hecha en la región de la transmembrana cricotiroide.
  • Traqueostomía alta: se hace por encima del istmo de la tiroides.
  • Traqueostomía transistémica: hecha a través del istmo de la tiroides, siendo necesario realizar su sección y sutura.
  • Traqueotomía baja: hecha debajo del istmo de la tiroides después de ser tracionado cranealmente.
  • Traqueostomía mediastinal anterior: se realiza en el mediastino anterior después de realizada una resección del manubrio del hueso externo.
  • Traqueostomía percutánea: en esta se realiza la técnica de Seldinger adaptada.

Aunque la morbilidad resultante de traqueostomía es baja, entre 4% a 10%, así como cualquier procedimiento quirúrgico, la misma implica potenciales complicaciones. Los mayores riesgos de ocurrencia de complicaciones están en pacientes muy enfermos o que necesitan una traqueostomía de emergencia. Entre ellas están:

  • Obstrucción de la cánula por secreciones;
  • Sangrado;
  • Daños a las cuerdas vocales, llevando al cambio permanente de la voz;
  • Infección;
  • Neumotórax;
  • Lesión de esófago;
  • Perjuicio a la deglución;
  • Cicatrización hipertrófica.

La recuperación de la realización del procedimiento queda en la dependencia de diferentes factores, como la durabilidad de la traqueostomía, las condiciones de los tejidos alrededor de la incisión y las condiciones físicas del paciente.

La remoción de la cánula debe hacerse tan pronto como el paciente ya pueda respirar normalmente por vía aérea fisiológica. La dificultad de remoción de la cánula puede ocurrir en las siguientes situaciones:

  • Persistencia de la causa que llevó al procedimiento de traqueotomía;
  • Desplazamiento de la pared anterior de la tráquea, ocasionando obstrucción de la luz de la misma;
  • Edema de mucosa;
  • Intolerancia al aumento de la resistencia del aire, resultante de la necesidad del aire pasar por las fosas nasales;
  • Estenosis;
  • Traqueomalacia.

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Inaloterapia e Oxigenoterapia: As Diferenças

Inaloterapia e Oxigenoterapia

Certamente você tem dúvidas em questão a este dois itens: A Oxigenoterapia e a Inaloterapia. Mas antes, vamos relembrar, que a Inaloterapia pode ser subdividida em fluidificação, oxigenoterapia e a broncodilatação. Objetivando-se em manter a umidade das vias aéreas adequadas, para a garantia de uma respiração apropriada.

Mas iremos abordar sobre estes dois itens:

A inaloterapia é um recurso utilizado para manter a umidade adequada das vias aéreas, permitindo que a respiração funcione apropriadamente. É indicada para administração de medicamentos, principalmente os broncodilatadores e os mucolíticos, e ou para suplementar o oxigênio no sistema respiratório do paciente. Com o uso da inaloterapia, pode-se mobilizar e fluidificar as secreções mucosas, aliviar o edema da mucosa, reduzir o broncoespasmo e até reduzir processos inflamatórios por nebulizações de antibióticos.

Na forma não invasiva, pode-se realizar a umidificação, administração de oxigênio e medicamentos por meio de nebulizações. Os medicamentos dos nebulizadores podem ser por ação pneumática (ar comprimido), em que um estreito jato de gás de alta pressão é expelido através de um reservatório de água, formando gotas de água e vapor lançados contra um anteparo que filtra as partículas maiores de água, com tamanhos de 5 a 20 mícrons, ou por ação mecânica ou ultra-sônica, em que uma corrente elétrica ativa um transdutor piezoelétrico, produzindo vibrações de altíssima frequência, transmitidas para um recipiente plástico fino contendo solução terapêutica. Essas partículas, de tamanho inferior a 0,5 a 8 mícrons, são suspensas no gás propelente para um inalador.

Os medicamentos também podem ser administrados por aerossóis propelidos a freon, um gás que gera alta pressão e produz uma névoa com a solução medicamentosa. Nas unidades de tratamento intensivo (UTIs), são utilizadas nebulizações contínuas para umidificar as vias aéreas e administrar oxigênio, principalmente para os pacientes que foram extubados e ainda apresentam valores diminuídos da pressão parcial de oxigênio, a hipoxemia.

A inaloterapia em geral pode provocar infecções ou superinfecções, em frequência maior que a suspeitada, por contaminação do equipamento (organismos gram-negativos) e pelas alterações na fagocitose e transporte provocadas pelo oxigênio em alta tensão.

A oxigenoterapia é uma forma terapêutica que tem por finalidade primária a administração de oxigênio suplementar na tentativa de manter a saturação de oxigênio maior que 90%, corrigindo o prejuízo na liberação de oxigênio; sendo assim uma terapia para a correção da hipóxia tissular. É empregada com base no conhecimento dos índices de oxigenação do paciente, em que várias medidas e índices derivados são utilizados para a avaliação da oxigenação. Entre estes, incluem-se pressão e saturação arterial de oxigênio, conteúdo de oxigênio arterial, saturação e pressão de oxigênio venoso misto, liberação sistêmica de oxigênio.

Tendo como métodos da oxigenoterapia:

– Cateter nasal (O paciente recebe oxigênio numa concentração que varia de 25 a 45% e com um fluxo de 0,5 até 5L/mim. É um cateter de fácil colocação e permite o paciente falar e se alimentar sem interromper a oxigenoterapia. Porém, possui algumas desvantagens como: não conhecer o fluxo exato da FiO2, ressecamento da mucosa, irritação cutânea (dermatites de contato) e vazamentos. Para fluxos maiores do que 4L/mim é necessário a umidificação e está contra-indicada em indivíduos que tenham respiração predominantemente oral);
 Máscaras faciais, ou Nebulização (Também não oferecem concentrações fixas de ar inspirado. Devem ser anatômicas, transparentes e resistentes. Durante a alimentação deve ser retirada e também se o paciente apresentar claustrofobia);
– Máscaras com reservatório de oxigênio (É uma máscara com as mesmas características da descrita acima, porém com uma bolsa onde o oxigênio é armazenado e liberado durante as inspirações do paciente);
– Máscaras de Venturi (Constitui um método seguro, pois fornece uma FiOconhecida. O sistema Venturi é baseado na passagem d e um alto fluxo de oxigênio a orifícios no corpo da máscara, cuja escala de concentração de oxigênio varia d e 24% a 50% (FiO 2de 24, 28, 31, 35, 40 e 50%). Esse tipo de máscara é utilizado em ambiente hospitalar, principalmente pós extubação.
– Tenda facial (É uma máscara constituída de material maleável e transparente, geralmente utilizada com crianças. Este t ipo d e mascara oferece uma concentração elevada de oxigênio).

Traqueotomia X Traqueostomia: As Diferenças

Uma simples letra pode mudar o sentido destas duas palavras: A Traqueotomia Vs Traqueostomia. Certamente, é preciso tomar cuidado quando relata estes termos em seu relatório de enfermagem.

O termo previamente adotado traqueotomia significa incisão ou abertura da traqueia para exame, retirada de corpo estranho, inserção de agulhas de radium, ou para exérese de simples proliferação, após o que a traqueia é fechada.

Entretanto, fazer uma janela na traqueia para a inserção temporária ou permanente de uma cânula é o procedimento de traqueostomia, justamente porque palavras semelhantes são empregadas em outras regiões de referência a gastrostomia, colostomia, jejunostomia. A distinção talvez seja sutil, mas digna de descrição acurada.

Uma Pequena explicação Terminológica

Primeiramente, os termos técnicos terminados em tomia designam corte, secção, incisão, laparotomia, flebotomia, etc. A desinência tomia do grego tomé, corte, incisão.

Designa igualmente, de acordo com o idioma de origem, corte com ablação polipotomia, por exemplo.

E enfim, os termos técnicos terminados em stomia referem-se a criação ou formação de uma boca: gastrostomia, jejunostomia, etc.

A desinência stomia origina-se de grego stoma (geri. stomatos), cujo significado principal é a boca, e, por analogia, qualquer abertura que se lhe possa comparar.

O procedimento corrente e freqüente, que é  feito para resolver problemas respiratórios de qualquer espécie, fique o ducto aberto um minuto, uma hora, um dia, um mês, é sempre traqueotomia (sem s). A que fixa em definitivo a traqueia à pele por meio de sutura tal como em certos regiões do organismo, esta sim, é traqueostomia (com s).

 

Veja também:

https://enfermagemilustrada.com/entenda-sobre-a-traqueostomia/

Ventilação Mecânica

Ventilação Mecânica

A equipe de enfermagem, ao prestar assistência ao paciente sob ventilação mecânica, deve sempre ter presente que este é o elemento mais importante na situação assistencial e que todos os membros da equipe devem trabalhar de forma eficiente e integrada. A atuação da enfermagem na ventilação mecânica é intensa, extensa e complexa.

VENTILAÇÃO MECÂNICA: PARA QUE SERVE?

O ventilador mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo. A ventilação mecânica (VM) é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI), Centros Cirúrgicos, Sala de Emergência, Ambulâncias, sendo utilizada em pacientes com insuficiência respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não constitui um procedimento curativo.

A ventilação mecânica invasiva se dá através do Tubo Orotraqueal (TOT), Traqueostomia (TQT) e Cricotireoidostomia.

A atenção aos pacientes sob uso de ventilação mecânica torna-se responsabilidade dos profissionais de enfermagem. Quem manuseia os parâmetros ventilatórios são os profissionais de Fisioterapia e Médicos.

A assistência ventilatória exige monitorização constante das funções vitais e de cuidados intensivos ao paciente crítico, vistas essas necessidades, para a realização desses cuidados, faz-se necessário um trabalho multiprofissional.

PRINCIPAIS INDICAÇÕES:

As principais indicações para iniciar o suporte ventilatório são:

  • Reanimação devido à parada cardiorrespiratória;
  • Hipoventilação e apneia;
  • Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia.

– Falência mecânica do aparelho respiratório:

  • Fraqueza muscular / Doenças neuromusculares / Paralisia;
  • Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular, cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas);

– Prevenção de complicações respiratórias:

  • Restabelecimento no pós-operatório de cirurgia de abdome superior, torácica de grande porte, deformidade torácica, obesidade mórbida;
  • Parede torácica instável.
  • Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular.
  • Manutenção das trocas gasosas, ou seja, reverter a hipoxemia e reverter a acidose respiratória associada à hipercapnia.
  • Prevenir ou reverter atelectasia.
  • Permitir sedação e/ou bloqueio neuromuscular.
  • Reduzir a pressão intracraniana.

MODALIDADES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA:

  • Ventilação mandatória contínua/controlada (CMV);
  • Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo controlado (VCV);
  • Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo assistido-controlado;
  • Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo controlado (PCV/AV);
  • Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo assistido-controlado;
  • Ventilação mandatória intermitente (SIMV);
  • Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV/V) com volume controlado;
  • Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV/P) com pressão controlada;
  • Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV) (com volume controlado ou com pressão controlada) associada a ventilação com pressão de suporte;
  • Ventilação espontânea contínua (BIPV);
  • Ventilação com pressão de suporte (PSV);
  • Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP).

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:

– Realizar controle de sinais vitais de 2/2 horas, controle de volume urinário, avaliar nível de consciência/quadro neurológico.

– Observar padrão ventilatório: Anotar parâmetros do ventilador (modalidade, FiO2, volume corrente, frequência do aparelho e total, PEEP, Pressão Suporte).

– Observar perfusão periférica e monitorar oximetria/gasometria arterial.

– Manter decúbito a 45 graus, restringir membro superior e fixar a cânula endotraqueal à altura conveniente (ausculta pulmonar), com um cadarço próprio, e anotar o número da rima, rodiziando o local de fixação.

– Se houver previsão prolongada de intubação, é necessário que o enfermeiro passe SNG ou SNE para início de infusão de dieta enteral imediata e manter acesso venoso.

– Realizar higiene oral 3x/dia com solução própria e aspirar a cânula endotraqueal em método de aspiração estéril (utilizando track-care ou sonda de aspiração e luvas estéreis) regularmente ou se houver secreções e sialorreia em grande quantidade.

– Realizar as trocas de fixação pelo menos 1x/dia (durante o banho), utilizando-se de um cadarço específico ou tensoplast, sempre fixar ao centro da boca do paciente, e protegendo os nós do cadarço com uma gaze para evitar lesionar a pele do paciente.