Sarcoma de Ewing

O sarcoma de Ewing é um tumor maligno que ocorre predominantemente em ossos ou em partes moles.

O sarcoma de Ewing afeta principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens, com pico de incidência em torno dos 15 anos.

Meninos e homens são ligeiramente mais acometidos do que meninas e mulheres (uma relação de 3:2).

Atualmente, pacientes com doença localizada tem 70-80% chance de sobrevida geral em cinco anos, mas para pacientes com tumor pélvico, o resultado é um pouco menor. Pacientes com metástases ao diagnóstico têm sobrevida abaixo de 30%. Pacientes com metástase pulmonar isolada têm sobrevida geral em torno de 50%.

Os principais tipos são:

  • Sarcoma de Ewing do osso: ocorre no osso e é o mais frequente.
  • Sarcoma de Ewing extra-ósseo: o tumor começa em partes moles em volta dos ossos e podem ser difíceis de diferenciar de tumores ósseos primários.
  • Tumor neuroectodérmico primitivo periférico (PPNET): ocorre no osso ou em partes moles e tem características comuns ao sarcoma de Ewing e ao sarcoma de Ewing extra-ósseo.  O PPNET que inicia na parede torácica é denominado tumor de Askin.

A doença óssea ocorre, em ordem de frequência: nas extremidades inferiores, pelve, parede torácica, extremidade superior, coluna, mão e crânio.

O sarcoma de Ewing extra-ósseo ocorre no tronco, extremidades, cabeça e pescoço, retroperitôneo e outros sítios.

Fatores de Risco

A causa é desconhecida. Não parece ser hereditária. São tumores extremamente raros em negros e asiáticos. Não são conhecidos fatores de risco claramente associados ao desenvolvimento do sarcoma de Ewing.

O sarcoma de Ewing não pode ser prevenido. Este tipo de câncer não é herdado e não se conhece associação com estilo de vida ou ambiente. O diagnóstico precoce é fundamental.

A detecção Precoce

A maioria dos pacientes se apresenta com história de dor local, que pode ser intermitente, algumas vezes noturna, e que piora com o tempo.

A dor muitas vezes é confundida com “dor de crescimento”, com infecção, com osteomielite, lesões relacionadas ao esporte ou a atividades da vida diária (dor muscular, tendinite). Em um grande número de pacientes, a dor é seguida pela palpação de massa de partes moles.

Dor sem causa aparente com duração superior a um mês deve orientar para investigação.

A detecção precoce do câncer permite encontrar o tumor numa fase mais inicial, e possibilitar maior chance de cura com o tratamento.

Diagnóstico

A avaliação diagnóstica começa com história médica com foco no início dos sintomas. Na história familiar, é possível avaliar se tem associação com predisposição genética ao câncer. O exame físico do paciente deve ser cuidadoso, incluindo a inspeção e palpação do tumor, assim como a avaliação dos órgãos e sistemas.

Nos exames laboratoriais, além de avaliar a função de vários órgãos, podem ser avaliados alguns marcadores inespecíficos para envolvimento ósseo, como a dosagem de fosfatase alcalina e a desidrogenase láctica, que podem estar relacionadas com a carga tumoral.

A radiografia em sarcoma de Ewing mostra áreas de destruição óssea geralmente na metáfise-diáfise do osso, com aparência de múltiplas camadas, com aspecto característico de “casca de cebola”. A ressonância dá uma definição melhor das imagens para avaliar a extensão da doença e é usada se o tumor não surgir no osso.

A biópsia da tumoração é necessária para o diagnóstico definitivo. Histologicamente, o sarcoma de Ewing caracteriza-se por tumores de pequenas células redondas e azuis que expressam altos níveis de CD99. Geneticamente, são caracterizados pela translocação cromossomial balanceada em que um membro do gene da família FET se funde com um fator de transcrição ETS, sendo que a fusão mais comum é EWSR1-FLI1 (85% dos casos).

Tratamento

O tratamento padrão para sarcoma de Ewing consiste em regime de tratamento multimodal, que inclui poliquimioterapia intensiva associada ao tratamento local. Esse pode ser ressecção cirúrgica do tumor associada ou não à radioterapia.

A cirurgia pode consistir da ressecção sem reconstrução, como no caso de uma amputação. A ressecção tumoral com reconstrução pode ser feita por colocação de endoprótese, implante, transplante ósseo halogênico ou autólogo. A decisão da melhor forma de abordagem cirúrgica depende da avaliação do ortopedista ou cirurgião.

Idealmente, o planejamento do tratamento do sarcoma de Ewing deve ser feito num centro de referência com equipe multidisciplinar, que inclui radiologista, patologista, pediatra, oncologista pediátrico, radioterapeuta, cirurgiões geral e ortopédico e enfermeiras especializadas.

Após o tratamento

O tratamento pode trazer efeitos adversos, comprometendo a qualidade de vida do paciente.  É muito importante o seguimento em longo prazo para orientação e detecção de anormalidades passíveis de intervenção.

Referência: Ministério da Saúde

Cirurgia Transesfenoidal

A Cirurgia Transesfenoidal é a técnica cirúrgica mais comum para retirar os tumores pituitários. Este procedimento é realizado através do seio esfenoidal.

Para esta abordagem, o neurocirurgião faz uma pequena incisão ao longo do septo nasal ou sob o lábio superior.

Utilização de Técnicas

A técnica mais recente é a utilização de um endoscópio, um cateter de fibra ótica com uma lente pequena na extremidade. Nesta abordagem, não é necessária a incisão abaixo do lábio superior ou na parte anterior do septo, porque o endoscópio permite ao cirurgião ver também através da pequena incisão feita na parte posterior do septo nasal, por onde passam os instrumentos para alcançar a glândula pituitária e retirar o tumor.

A utilização desta técnica é limitada pela posição do tumor e pela forma do osso esfenoide.

Vantagens

A abordagem transesfenoidal tem muitas vantagens. Nenhuma parte do cérebro é tocada durante o procedimento, portanto, a possibilidade de dano ao cérebro é muito baixa.

Também não há nenhuma cicatriz visível, mas é difícil a remoção de grandes tumores, e as taxas de cura são altas.

Se o tumor é grande ou se desenvolveu nas estruturas vizinhas, as possibilidades de cura são mais baixas e as chances de lesões no cérebro, nervos e vasos sanguíneos são maiores.

Possíveis Complicações

A cirurgia da glândula pituitária é um procedimento importante, e os cirurgiões são muito cuidadosos para tentar limitar quaisquer problemas durante ou após o procedimento.

Complicações durante ou após a cirurgia, como hemorragias, infecções ou reações à anestesia são raros, mas podem ocorrer. A maioria dos pacientes que fazem a cirurgia transesfenoidal sentirá dor de cabeça e congestionamento nasal por até uma ou duas semanas após a cirurgia.

Se a cirurgia provocar danos às grandes artérias, ao tecido cerebral próximo ou aos nervos próximos da hipófise, em casos raros pode resultar em dano cerebral, acidente vascular cerebral ou cegueira.

Diabetes insipidus pode ocorrer logo após a cirurgia, mas geralmente melhora por conta própria dentro de 1 a 2 semanas após a cirurgia. Se for persistente, pode ser tratada com spray nasal de desmopressina.

Danos ao resto da glândula pituitária podem provocar outros sintomas por falta de hormônios. Isso é raro após a cirurgia de pequenos tumores, mas pode ser inevitável no caso de alguns macrotumores maiores. Se os níveis de hormônios pituitários estiverem baixos após a cirurgia, podem ser tratados com medicamentos para substituir a falta de produção.

Referências:

  1. American Cancer Society

Hemangioma: O que é?

O hemangioma ou hemangioma da infância (HI) é uma neoplasia benigna ou um hamartoma, cuja principal característica é a proliferação de vasos sanguíneos.

Sua etiologia está ligada a anomalias congênitas, traumas físicos, estímulos endócrinos e inflamatórios de etiologia desconhecida.

Os hemangiomas são os tumores da infância mais comuns, ocorrendo em 5% a 10% das crianças com 1 ano de idade. São muito mais comuns em mulheres do que em homens (proporção: 3:1 a 5:1), e ocorrem mais frequentemente em brancos do que em outros grupos raciais.

A localização mais comum é a região de cabeça e pescoço, representando 60% de todos os casos. Oitenta por cento dos hemangiomas ocorrem como lesões únicas, mas 20% dos pacientes acometidos irão apresentar lesões múltiplas.

Hemangiomas totalmente desenvolvidos raramente estão presentes ao nascimento, embora uma mácula pálida com telangiectasias filiformes possa ser notada na pele. Durante as primeiras semanas de vida, o tumor irá demonstrar um desenvolvimento rápido que ocorre de forma mais veloz do que o crescimento geral da criança.

Tumores superficiais da pele se apresentam como aumentos de volume de superfície bosselada, com coloração vermelho-clara (“hemangioma em morango”).

São firmes e borrachosos à palpação, e o sangue não pode ser evacuado com a aplicação de pressão. Tumores profundos podem se apresentar somente como crescimentos com coloração azulada. A fase proliferativa usualmente se estende por 6 a 10 meses, após a qual o tumor reduz seu crescimento e inicia sua involução.

A cor altera-se gradualmente para uma coloração roxo-escura, e a lesão aparenta ser menos firme à palpação.

Aos 5 anos de idade, grande parte da coloração vermelha é perdida. Cerca de metade dos hemangiomas irá exibir uma resolução completa aos 5 anos de idade, com 90% se resolvendo aos 9 anos de idade. Após a regressão completa do tumor, a pele normal será restabelecida em cerca de 50% dos pacientes. Entretanto, mais de 40% dos indivíduos afetados irão exibir alterações permanentes como atrofia, cicatrizes, rugas ou telangiectasias.

Complicações

Complicações ocorrem em cerca de 20% dos hemangiomas. O problema mais comum é a ulceração, que pode ocorrer com ou sem infecção secundária. Embora possa ser notada hemorragia, a perda sanguínea significativa não ocorre usualmente. Os hemangiomas que ocorrem em áreas cruciais podem ser associados a uma morbidade significativa.

Tumores perioculares geralmente resultam em ambliopia (diminuição da visão), estrabismo, ou astigmatismo. Pacientes com hemangiomas cutâneos múltiplos ou grandes hemangiomas faciais apresentam um elevado risco para a ocorrência simultânea de hemangiomas viscerais. Tumores no pescoço e na região laríngea podem levar à obstrução das vias aéreas.

Grandes hemangiomas segmentados cervicofaciais podem ser componentes de uma síndrome bem reconhecida – síndrome PHACE(S). Esta sigla representa as seguintes características:

  • Anomalias da fossa cerebral Posterior (usualmente malformação de Dandy-Walker);
  • Hemangioma (geralmente hemangioma cervical segmentado);
  • Anomalias arteriais;
  • Defeitos Cardíacos e coarctação da aorta;
  • Anomalias oculares (do inglês, E”ye anomalies);
  • Fenda esternal ou rafe supraumbilical (do inglês, S”ternal cleft or supraumbilical raphe).

O fenômeno de Kasabach-Merritt é uma coagulopatia séria que tem sido associada a dois tumores vasculares raros conhecidos como hemangioma em tufos e hemangioendotelioma kaposiforme. Esta desordem é caracterizada por uma trombocitopenia severa e hemorragia decorrente da agregação plaquetária dentro do tumor. A taxa de mortalidade é elevada, com 20% a 30% dos casos.

O que causa o Hemangioma?

Sua causa geralmente é uma anomalia congênita, ou seja, durante a gestação. Costuma aparecer nas primeiras 6 semanas de vida crescendo rapidamente. Também é comum em adolescentes e jovens adultos, de 20 a 30 anos. Possui uma variação comum em idosos.

Alguns estudos indicam correlação com o estrogênio e com falta de oxigenação das células. No recém-nascido associam com embolia da placenta.

Classificações e Tipos de Hemangiomas

A classificação dessas lesões continua um assunto controverso no meio, porém em 1982, Mullikene, divide as lesões em dois grupos: os hemangiomas e malformações vasculares. Já em 2014, a Sociedade de Estudos de Anomalias Vasculares propôs uma nova classificação que divide em três grandes grupos:

  • Tumores vasculares benignos: HI, hemangiomas congênitos, entre outros;
  • Tumores vasculares borderline ou localmente agressivos: hemangioendotelioma kaposiforme, hemangioendotelioma retiforme, angioendoteliomapapilar, sarcoma de kaposi, entre outros;
  • Tumores vasculares malignos: angiossarcome, hemangioendotelioma epiteloide, entre outros.

Os hemangiomas ainda podem ser classificados, de acordo com sua profundidade, em:

  • Superficial,
  • Profundo,
  • Misto.

Quanto à extensão em:

  • Localizados,
  • Segmentares
  • Multifocais.

O Tratamento

O medicamento mais empregado atualmente para os casos que requerem tratamento são betabloqueadores orais (propranolol).

Caso haja indicação de tratamento, o que é determinado pelo médico, ele deve ser iniciado o mais precocemente possível já que os hemangiomas atingem 80% do seu volume total nos primeiros quatro meses, e deve ser mantido durante todo o primeiro ano de vida.

Outros métodos que podem ser utilizados incluem os betabloqueadores tópicos (colírios), lasers, corticoides orais e cirurgia.

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Dermatologia;
  2. Angelo AR, Moraes JJC, Rosa MRD, Duarte RC, De Biase RCC. Incidência de hemangioma na região de cabeça e pescoço em pacientes com faixa etária entre 0 e 18 anos: estudo de 10 anos. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2008 maio-ago; 20(2): 209-14;
  3. Hunzeker C, Geronemus R. “Treatment of Superficial Infantile Hemangiomas of the Eyelid Using the 595-nm Pulsed Dye Laser” Dermatol. Surg. 36(5):590-597 2010

Metástase: O que é?

A Metástase é a implantação de um foco tumoral à distância do tumor original, decorrente da disseminação do câncer para outros órgãos.

O aparecimento de metástases ocorre  quando as células cancerígenas se desprendem do tumor primário e entram na corrente sanguínea ou no sistema linfático, podendo circular pelo organismo e se estabelecer em outro órgão.

Ao espalhar-se pelo corpo e formar um foco do tumor em outro órgão, longe do sítio primário ou local de origem da doença, esse novo tumor é chamado de metastático.

Por exemplo, uma paciente diagnosticada com câncer de mama (sítio primário) que algum tempo depois descobre um nódulo de pulmão, deve ter este nódulo investigado para que se conheça sua origem.

Se a biópsia mostrar células compatíveis com câncer de origem mamária (e para determinar a origem são usadas diversas técnicas de análise), estamos lidando com um câncer metastático e não um câncer originário do pulmão. Este nódulo canceroso metastático no pulmão é constituído por células cancerosas da mama.

Para onde o câncer pode se espalhar?

Para qualquer parte do corpo. As células cancerígenas que se desprendem do tumor primário viajam pelo sangue ou pelos por exemplo, nos pulmões, ossos, fígado, cérebro, entre outros.
  • Via corrente sanguínea: nesse caso, a célula cancerígena pode viajar para qualquer lugar do corpo, criando um tumor secundário (metástase);
  • Via corrente linfática: a metástase ocorre nas ínguas regionais, ou seja, nos locais que estão próximos ao tumor primário;
  • Por invasão direta: o tumor primário invade um órgão vizinho pelo seu tamanho.

Os Tipos de Metástase

Metástase por câncer de mama

A metástase recorrente do câncer de mama costuma se espalhar ao fígado, pulmões e ossos.

Metástase por câncer de pulmão

Já a metástase por câncer de pulmão pode acometer ainda os ossos, fígado, pleura (membrana que recobre os pulmões) e o cérebro.

Metástase por câncer de bexiga

A metástase recorrente de câncer de bexiga costuma se espalhar por linfonodos retroperitoneais (região da barriga), fígado e pulmões.

Metástase por câncer de rim

Quanto o tumor primário é resultado do câncer de rim, a metástase costuma afetar o fígado e pulmões.

Metástase por câncer colorretal

A metástase que tem o câncer colorretal como primários pode acometer linfonodos regionais (no intestino) e fígado.

Metástase por melanoma

Quem sofre de melanoma pode ter uma metástase que afeta pulmões, cérebro e fígado.

Metástase por câncer de ovário

A metástase por câncer de ovário pode se espalhar pelo peritônio (película que reveste órgãos intestinais), fígado e pulmões.

Metástase por câncer de pâncreas

Quem tem câncer de pâncreas: pode desenvolver uma metástase que atacará o fígado.

Metástase por câncer de próstata

Homens que têm câncer de próstata têm maiores riscos de desenvolver metástase nos ossos.

Metástase por câncer de estômago

Quem tem câncer de estômago pode ter uma metástase que se espalha aos linfonodos regionais, fígado e pulmões.

Metástase por câncer de tireoide

Se você tem câncer de tireoide, saiba que a metástase pode acometer seus ossos e fígado.

Metástase por câncer no útero

Mulheres que apresentam câncer no útero podem desenvolver metástase que acomete linfonodos regionais, fígado e peritônio.

O que pode causar a Metástase?

Independentemente do local onde as metástases são identificadas, as causas são sempre as mesmas: O crescimento desordenado, desorientado e sem fatores de controle de qualquer tipo de tumor (primário).

Tudo depende, portanto, da capacidade de cada tumor se infiltrar/espalhar para outros órgãos do corpo.

Fatores de Risco

O principal fator de risco para desenvolver uma metástase é ter um câncer em outro local. O estágio do tumor primário, assim como seu tratamento, é que determinam as chances de desenvolver o secundário (a metástase).

O perigo está em deixar tumores crescerem sem perceber ou não fazer o acompanhamento e tratamento adequados.

É importante lembrar, ainda, que cada tipo de câncer tem predisposição a desenvolver determinadas metástases em regiões do corpo.

Sintomas de Metástase

Os sintomas da metástase podem ser bastante variados:

Metástase nos ossos

  • Dores
  • Fraturas

Metástase no fígado

  • Indisposição
  • Dor abdominal
  • Icterícia

Metástase nos pulmões

  • Tosse
  • Falta de ar
  • Fadiga

Metástase no cérebro

  • Dor de cabeça
  • Déficit motor

Metástase sem sintomas

Muitas vezes, a metástase pode ser assintomática e se manifesta de forma silenciosa, dependendo da localização e do seu tamanho em cada órgão.

Exemplo disso é quando ela atinge uma pequena parte da periferia do fígado, passando despercebida.

Diagnósticos

Diagnóstico de metástase no fígado

  • Ultrassonografia do abdome superior
  • Tomografia computadorizada com contraste de abdome
  • Ressonância magnética

Diagnóstico de metástase nos ossos

  • Cntilografia óssea
  • PET-CT
  • Tomografias de coluna e arcos costais
  • Ressonâncias magnéticas

Diagnóstico de metástase nos pulmões

  • Radiografia (raio-X)
  • Tomografia computadorizada de tórax

Diagnóstico de metástase no cérebro

  • Tomografia computadorizada com contraste iodado
  • Ressonância magnética cerebral

Biópsia

A biópsia, que consiste na retirada de uma amostra de tecido da área afetada, também pode ser necessária para confirmar o diagnóstico de metástase.

Os Tratamentos

Metástase no fígado

  • Quimioterapia

Metástase nos ossos

  • Quimioterapia
  • Hormonioterapia
  • Radioterapia
  • Uso de bifosfonatos

Essas são formas para interromper o processo de perda óssea, ou seja, atuar na recalcificação do osso, buscando reduzir a dor e diminuir as possíveis fraturas.

Metástase no cérebro

  • Radioterapia

Entre os vasos sanguíneos do cérebro há a barreira hematoencefálica (BHE), que impede que drogas quimioterápicas cheguem ao cérebro. Por isso, neste caso o tratamento mais indicado é a radioterapia.

Metástase nos pulmões

  • Quimioterapia

Cirurgias para Metástase

A cirurgia indicada para a retirada das lesões metastáticas é chamada de metastasectomia, que visa proteger o paciente das complicações causadas por elas.

“Mas não é tão frequente que as metástases sejam operadas – isso acontece apenas em situações muito específicas”, afirma Felipe Moraes.

“Em casos de metástase no fígado, pode ser feita a hepatectomia. Já nas ósseas, caso ocorram fraturas, é possível fazer a retirada do osso e colocar uma prótese, por exemplo. No pulmão, pode ser indicada a toracotomia; enquanto, no cérebro, cranioterapia com resseção da metástase”.

Cirurgias

  • Metástase no fígado: hepatectomia
  • Metástase nos ossos: retirada do osso e colocação de prótese
  • Metástase no pulmão: toracotomia
  • Metástase no cérebro: cranioterapia

Referência:

  1.  American Cancer Society

Mastectomia: Cuidados em Pós Operatório Imediato

A mastectomia é um procedimento cirúrgico para a remoção de uma ou ambas as mamas, que, na maioria das vezes, está indicada para pessoas diagnosticadas com câncer, e pode ser parcial, quando apenas uma parte do tecido é removida, total, quando a mama é retirada por completo ou, até, radical, quando, além da mama, são retirados músculos e tecidos próximos que podem ter sido afetados pelo tumor.

Além disso, a mastectomia também pode ser preventiva, para diminuir o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama, ou pode ter um intuito estético, no caso de cirurgia com intenção masculinizadora, por exemplo.

Tipos de mastectomia

Para cada objetivo que se deseja alcançar com a retirada da mama, pode ser feito um tipo de cirurgia, que é escolhido pelo mastologista ou cirurgião plástico, de acordo com cada caso. Os principais tipos são:

1. Mastectomia parcial

Também chamada de quadrantectomia ou setorectomia, é uma cirurgia para a remoção de um nódulo ou tumor benigno, com parte do tecido ao redor, sem a necessidade de retirada total da mama.

Nesta cirurgia, podem ou não ser retirados alguns gânglios próximos da mama, para evitar risco de nódulo retornar.

2. Mastectomia total ou simples

Na mastectomia total são retiradas as glândulas mamárias por completo, além da pele, aréola e mamilo. Ela é mais indicada em caso de tumor pequeno, descoberto precocemente e bem localizado, sem o risco de ter se espalhado por regiões ao redor.

Neste caso também é possível retirar ou não gânglios na região da axila, para diminuir o risco do tumor voltar ou se espalhar.

3. Mastectomia radical

Na mastectomia radical, além da retirada de toda a mama, também são removidos os músculos que se localizam debaixo dela e os gânglios da região da axila, estando indicada para os casos de câncer com risco de disseminação.

Existem variantes desta cirurgia, conhecidas como mastectomia radical modificada de Patey, em que o músculo peitoral maior é mantido, ou mastectomia radical modificada de Madden, quando ambos os músculos peitoral maior e menor são preservados.

4. Mastectomia preventiva

A mastectomia preventiva é feita para evitar o desenvolvimento do câncer, e está indicada somente para mulheres com o risco muito elevado desta doença, como aquelas que têm histórico familiar importante ou que têm alterações genéticas que podem causar o câncer, conhecidas como BRCA1 e BRCA2.

Esta cirurgia é feita de forma semelhante às mastectomias total ou radical, sendo retirada toda a mama, gânglios próximos e, em alguns casos, os músculos ao redor. Geralmente, é feita a cirurgia bilateral, pois, nestes casos, o risco de desenvolvimento do câncer é semelhante em ambas as mamas.

5. Outros tipos de mastectomia

A mastectomia masculina ou masculinizadora é um tipo de cirurgia plástica feita com o intuito de dar uma aparência masculina ao tórax de uma mulher. Assim, nesta cirurgia, é feita a retirada das mamas, que pode ser por técnicas diferentes, decididas pelo cirurgião plástico, a depender do tamanho e tipo dos seios de cada mulher.

A mastectomia também pode ser realizada em casos de câncer de mama no homem, o que acontece de forma mais rara, e as cirurgias são feitas da mesma forma que na mulher, apesar do homem ter muito menos glândulas.

Também existem as cirurgias estéticas da mama são conhecidas como mamoplastia, que pode ter o intuito de reduzir, aumentar ou melhorar a aparência das mamas.

Como é o pós-operatório

A cirurgia de retirada da mama é uma cirurgia com duração de cerca de 60 a 90 minutos, com anestesia raquidiana ou geral.

A recuperação após o procedimento é rápida, podendo ser necessário 1 a 2 dias de internação, a depender do tipo de cirurgia e se foi bilateral ou unilateral.

Pode ser deixado um dreno, para que a secreção produzida nos primeiros dias após o procedimento seja retirada, que deve ficar preso e bem acomodado à roupa para que não seja puxado acidentalmente. Este dreno deve ser esvaziado cerca de 2 vezes ao dia, com anotação da quantidade drenada para informar ao médico na consulta de retorno.

Além disso, algumas recomendações que devem ser seguidas no pós-operatório são:

  • Tomar os medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios, prescritos pelo médico, em caso de dor;
  • Ir à consulta de retorno, geralmente agendada após 7 a 10 dias do procedimento;
  • Não pegar peso, dirigir ou fazer exercícios durante este período ou até a liberação médica;
  • Entrar em contato com o médico em caso de febre, dor forte, vermelhidão ou inchaço no local da cirurgia ou no braço do lado operado;

Em cirurgias com retirada dos gânglios linfáticos, a circulação do braço correspondente pode ficar comprometida, e este fica mais sensível, sendo importante protegê-lo bem de ferimentos, queimaduras e evitar esforços excessivos.

Após o procedimento, é ainda importante que o tratamento seja continuado com fisioterapia, que vai ajudar a melhorar os movimentos dos braços, a circulação e a diminuir as contraturas causadas pela cicatrização.

O Cuidado de Enfermagem com Pacientes Mastectomizados em POI

O período de recuperação de pacientes em tratamento é muito importante e varia de acordo com as características individuais, a extensão da doença e o tratamento recebido. É o dever da Enfermagem seguir os princípios básicos no quesito do cuidar, com um paciente mastectomizado internado e em POI (Pós Operatório Imediato).

Cabe à equipe de Enfermagem:

– Manter o braço do paciente 20 cm afastado do corpo e a mão, punho e cotovelo do lado operado apoiados sobre um travesseiro, de modo a ficarem mais altos que o ombro para evitar inchaço e diminuir a tensão.

– Com a ajuda da fisioterapia, incentive os movimentos suaves de dedos, punho, cotovelo e ombro assim que o médico do paciente permitir.

– É necessário e saudável incentivar a respiração profunda para aumentar a movimentação do tórax, ajudar no relaxamento e na redução de tensões do corpo e mente.

– O paciente pode permanecer de 2 a 5 dias internada, período em que pode ficar com as pernas flexionadas e elevadas no leito, conforme orientação médica. É importante não forçar o ombro do lado operado nos primeiros dias, mas cotovelos e mão podem ser movimentados normalmente.

– Evitar realizar quaisquer procedimentos no lado do membro onde foi realizado a mastectomia! Você já deve ter ouvido falar do monstrinho chamado linfedema, não é? (é um inchaço que ocorre no braço submetido ao esvaziamento axilar). Bom, nesse braço evite aplicação de injeções, punções venosas ou arteriais, ou coleta de sangue para exames, aferição de pressão arterial, carregar peso, ferimentos e traumas e exposição prolongada ao sol sem uso de filtros solares.

– Atentar para quaisquer sangramentos fora do comum, comunicar ao médico caso isso ocorra.

– Caso o paciente mantém-se com o dreno da cirurgia:

  • Mantenha o dreno sempre preso à roupa;
  • Use roupas mais largas para acomodar bem o dreno;
  • Esvazie o coletor duas vezes ao dia (pela manhã e à tarde). Não se esqueça de anotar a quantidade de secreção que saiu;

– Para esvaziar o dreno

  • Lave bem as mãos com água e sabão;
  • Pince o tubo;
  • Esvazie a bolsa sanfonada dentro de um frasco graduado;
  • Aperte e tampe a bolsa sanfonada e solte o pinçador do tubo;
  • Verifique e anote a quantidade de secreção e o aspecto;
  • Jogue fora a secreção;
  • Lave as mãos.