O Ciclo Menstrual

Ciclo Menstrual

O ciclo menstrual é o conjunto de mudanças periódicas que ocorrem no ovário e no útero da mulher, nesse processo, o corpo da mulher é preparado para a liberação de um óvulo e sua possível fecundação.

Cada ciclo menstrual tem a duração aproximada de 28 dias. Até a metade do ciclo ocorre a ovulação – o processo de liberação de um óvulo de um ovário até a tuba uterina.

A mulher é mais fértil no período de ovulação, ou seja, é quando tem maior probabilidade de gerar filhos.
Uma vez ocorrida a ovulação, podem suceder duas coisas:

 – Se depois de transcorridas 24 horas o óvulo não for fecundado, 14 dias depois ocorre a menstruação: o desprendimento de parte do endométrio, camada vascularizada que recobre o útero preparada para abrigar o embrião. Essa expulsão do endométrio envolve uma hemorragia e dura cerca de 5 dias.

– Se o óvulo é fecundado, ocorre a gravidez e o ciclo menstrual é interrompido até que a gestação seja concluída.

Os ciclos menstruais vão se sucedendo periodicamente desde o início da puberdade até a menopausa (excetuando-se os períodos de gravidez, se ocorrerem). Os ciclos são regulados pela ação combinada dos hormônios sexuais produzidos no ovário e de hormônios produzidos na hipófise.

Fases do ciclo menstrual

Na realidade, do ciclo menstrual participam três ciclos diferentes:

  • O ciclo dos hormônios da hipófise. Na hipófise são produzidos dois hormônios: o estimulante do folículo (FSH) e o luteinizante (LH). A concentração desses hormônios varia periodicamente.
  • O ciclo ovariano. É controlado pelo ciclo dos hormônios hipofisários. Ocorre no ovário: a cada período de 28 dias começa a maturação de um folículo imaturo, que se transforma em um folículo maduro e libera um óvulo. Depois disso, a parte restante do folículo forma o corpo lúteo (amarelo).
  • O ciclo menstrual. Depende do ciclo ovariano e tem sua origem nas mudanças da camada interna do útero – o endométrio. Em cada ciclo, o endométrio aumenta de tamanho e fica repleto de vasos sanguíneos; torna-se, então, apto para abrigar o embrião, produto da fecundação. Quando não ocorre fecundação, há desprendimento de grande parte do endométrio por meio da vagina, o que constitui a menstruação.

FASE FOLICULAR

Ocorre entre o 1º e o 14º dia do ciclo, aproximadamente. O aumento da concentração de FSH faz com que um ou vários folículos comecem a crescer e a se desenvolver até se converterem em folículos ováricos vesiculosos. O começo dessa fase é quando se dá a menstruação, a descamação de parte do endométrio, aumentado durante o ciclo anterior. É o início da menstruação que marca o primeiro dia do ciclo.

O folículo em desenvolvimento produz estrógenos, hormônios que determinam novamente o espessamento do endométrio, preparando-o para alojar um novo embrião.

OVULAÇÃO

O aumento da concentração do hormônio hipofisário LH provoca a ovulação, isto é, a expulsão do óvulo do folículo. Como consequência, a parte restante que permanece no ovário forma o corpo lúteo.

A ovulação ocorre aproximadamente no 14º dia do ciclo. O óvulo passa para a tuba uterina, na qual sobrevive por cerca de 24 horas; depois disso, sem a ocorrência de fecundação, o óvulo degenera.

FASE LÚTEA

O corpo lúteo segrega o hormônio progesterona. Esse hormônio permite que o endométrio atinja a máxima espessura, com abundantes vasos sanguíneos e capacidade de receber o embrião. No final dessa etapa, se não ocorrer fecundação, o corpo lúteo degenera e deixa de produzir a progesterona. A falta de progesterona determina o desaparecimento de parte do endométrio (menstruação), marcando o início do ciclo seguinte.

Ciclos irregulares

O ciclo menstrual não ocorre sempre da mesma forma. Pode ser mais ou menos longo; a ovulação pode adiantar ou atrasar alguns dias. Além disso, é frequente que os primeiros ciclos menstruais, na puberdade, sejam mais irregulares. Por outro lado, algumas mulheres têm os ciclos menstruais mais irregulares que outras.

A duração total do ciclo pode oscilar entre 23 e 35 dias, sem que seja considerado anormal. É frequente que a mulher tenha dor antes da menstruação. Nesse caso, deve buscar atendimento médico.

Sistema Endócrino e seus Hormônios

Conhecer as principais glândulas endócrinas e seus hormônios é fundamental para a compreensão do funcionamento do organismo!

Os hormônios são substâncias produzidas pelas chamadas glândulas endócrinas. Essas glândulas produzem secreções que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. No nosso corpo, o conjunto dessas glândulas forma o chamado sistema endócrino.

A seguir conheceremos as principais glândulas endócrinas e seus hormônios:

Hipotálamo

  • Fator inibidor da prolactina (PIF) – Inibe a produção de prolactina pela hipófise;
  • Hormônio liberador da corticotrofina (CRH) – Estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico;
  • Hormônio liberador da tireotrofina (TRH) – Estimula a secreção do hormônio tireoestimulante;
  • Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) – Estimula a liberação dos hormônios folículo estimulante e luteinizante;
  • Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – Estimula a secreção do hormônio do crescimento;
  • Ocitocina ou oxitocina – Estimula a contração do útero e a expulsão do leite. Esse hormônio, apesar de ser sintetizado no hipotálamo, é armazenado na porção da hipófise denominada de neuro-hipófise;
  • Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH) – Promove a reabsorção de água pelos rins. Assim como a ocitocina, esse hormônio, após a síntese, é armazenado na neuro-hipófise.

Hipófise ou Glândula Pituitária

  • Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula a liberação de hormônios pelo córtex das suprarrenais;
  • Hormônio do crescimento (GH) – Promove o desenvolvimento de ossos e cartilagens, acelerando o crescimento do organismo;
  • Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – Promove a espermatogênese no homem e, na mulher, estimula o crescimento dos folículos ovarianos;
  • Hormônio luteinizante (LH) – No homem, estimula a produção de testosterona e, na mulhe,r atua na maturação do folículo ovariano e na ovulação;
  • Hormônio Tireoestimulante (TSH) – Estimula a secreção dos hormônios da tireoide;
  • Prolactina – Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias.

Glândula pineal

  • Melatonina – Atua, principalmente, regulando o sono, mas possui funções imunomoduladoras, anti-inflamatórias, antitumorais e antioxidantes.

Tireoide

  • Calcitonina – Diminui os níveis de cálcio no sangue. Possui ação contrária à do paratormônio;
  • Tiroxina – Atua no metabolismo e na respiração celular;
  • Tri-iodotironina – Atua no metabolismo e na respiração celular.

Paratireoide

  • Paratormônio – Aumenta o nível de cálcio no sangue. Possui ação contrária à da calcitonina.

Suprarrenais

Córtex da suprarrenal:

  • Aldosterona – Promove a reabsorção do sódio, garantindo o equilíbrio eletrolítico;
  • Cortisol – Provoca aumento na concentração de glicose no sangue e na mobilização de aminoácidos do músculo esquelético para o fígado.

Medula da suprarrenal

  • Adrenalina e Noradrenalina – Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina.

Quando uma pessoa vive uma situação de estresse (susto, situações de grande emoção etc.), o sistema nervoso estimula a medula adrenal a liberar adrenalina no sangue. Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos da pele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa a se concentrar nos músculos e nos órgãos internos, preparando o organismo para uma resposta vigorosa.

A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência.

A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.

Pâncreas

  • Insulina – Aumenta a captação de glicose pelas células, a síntese de glicogênio e estimula a síntese de proteínas;
  • Glucagon – Promove a gliconeogênese (síntese de glicose) no fígado;
  • Somatostatina – Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e modula a secreção da insulina e glucagon;
  • Amilina – A amilina é um hormônio do tamanho de um peptídeo que é produzida e liberada pelas mesmas células beta do pâncreas, como a insulina. A função da amilina ainda não está completamente compreendida, desde que foi descoberta recentemente, nos últimos 20-25 anos; no entanto, os cientistas estão começando a reconhecer a relevância que esse hormônio desempenha no corpo e como é importante para o controle da glicose;
  • Polipeptídeo Pancreático – Tem como objetivo inibir o pâncreas exócrino e reduzir a libertação da somatostatina;
  • Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago.

Testículos

  • Testosterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais masculinas e estimula a espermatogênese;
  • Estradiol – É um hormônio, que na qual, em anatomia masculina, atua como importantes efeitos comportamentais. Altos níveis de estradiol são relacionados com uma redução do comportamento competitivo, agressivo e de dominância;
  • Inibina –   é um hormônio cuja função principal é a inibição da produção de Hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise. É antagonista (tem efeito oposto) da activina. Existem dois tipos: Inibina A e Inibina B;
  • Androgênicos – Um hormônio masculino produzido pelos testículos a partir do colesterol. Na verdade, são substâncias modificadas quimicamente, a partir da molécula de testosterona, tendo como objetivos diminuir a velocidade de degradação do hormônio original, bem como, tentar evitar os seus efeitos masculinizantes (androgênicos).

Ovários

  • Estrógeno – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e o aumento do endométrio;
  • Progesterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e garante a manutenção do endométrio;

Estômago

  • Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago;
  • Grelina – Também conhecida como o “hormônio da fome”, é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome;
  • Histamina – As células enterocromafins após estímulo da gastrina produz o hormônio histamina que também estimula a secreção de ácido pela estimulação dos receptores H2 das células parietais. A histamina é um cofator necessário para estimular a produção de ácido clorídrico;
  • Neuropeptídeo Y – É um hormônio estimulador de apetite.

Timo

  • Timosina – é um hormônio polipeptídico do timo que influi na maturação dos linfócitos T destinados a desempenhar uma função ativa na imunidade por mediação celular. A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos hipofisário-suprarrenal e das gônadas. Também colabora para a neutralização dos efeitos danosos do cortisol.

Fígado

  • Colecistocinina – é uma hormônio gastro-intestinal (GI) que estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas, com digestão de gordura e proteínas. Está relacionado com a digestão e com a sensação de saciedade;
  • Angiotensinógeno – é um hormônio que aumenta a pressão sanguínea quando ativado pela renina.