Para que serve? Registrar o ECG com traçado correto, ní...
Oxigenoterapia
Veja alguns dos nossos principais assuntos relacionados à Oxigenoterapia.
Hipoxia
A hipóxia é caracterizada pela falta de oxigênio nos tecidos, com graves consequências para este tecido, como exemplo no infarto do miocárdio, que ocorre pela falta de oxigenação do músculo cardíaco por obstrução de uma artéria coronária que irriga aquela região.
Em bases fisiológicas, o transporte de oxigênio obtido nos alvéolos pulmonares pela respiração é levado aos tecidos pelo sangue é determinado por uma cadeia de fatores, que envolvem a pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2), a concentração de hemoglobina sanguínea e sua afinidade pelo oxigênio, o débito cardíaco e a perfusão local de oxigênio nos órgãos e tecidos do organismo.
Em condições normais, aproximadamente, 99% do oxigênio é transportado, combinado com a hemoglobina, pouco representando o dissolvido no plasma. A hipóxia tissular surge como conseqüência das alterações na cadeia de transporte de oxigênio, desde a sua captação nos pulmões até a liberação e chegada às mitocôndrias das células.
As conseqüências da hipóxia se manifestam já na circulação pulmonar, desencadeando a vasoconstrição arteriolar pulmonar e promovendo o aumento das pressões no circuito arterial pulmonar, contribuindo para sobrecarregar e reduzir o desempenho cardíaco direito. Ao longo do tempo também leva ao desenvolvimento de poliglobulia (aumento dos glóbulos vermelhos), aumento do hematócrito e aumento da viscosidade sanguínea. Progredindo e acentuando-se, a hipoxemia leva ao comprometimento dos mecanismos aeróbicos de produção de energia com conseqüências nocivas para todo o organismo, em especial coração e cérebro.
Tipos de Hipóxia
1) Isquêmica (redução do fluxo sanguíneo)
2) Hipoxêmica (redução da oxigenação do sangue)
3) Anêmica (redução da concentração de hemoglobina plasmática)
4) Citopática (perda da capacidade celular em utilizar o oxigênio)
Hipóxia e Hipoxemia: Quais são as diferenças?
Atente-se pelas diferenças básicas dessas duas patologias. A hipóxia é caracterizada pela redução do aporte de oxigênio aos tecidos; já a hipoxemia é caracterizada pela redução da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2).
Lembrando que sempre que ocorrer hipoxemia ocorrerá hipóxia mas, nem sempre a hipóxia provem da hipoxemia.
Cuidados De Enfermagem com pacientes em Hipóxia:
Manter Vigilância Constante;
Fornecer oxigênio suplementar, incluindo ventilação mecânica, conforme prescrito;
Monitorizar a administração e eficácia de oxigenioterapia;
Verificar os sinais vitais, temperatura, freqüência cardíaca e respiratória e pressão arterial;
Atentar para mudança na coloração da pele, principalmente cianose de extremidades;
Promover repouso absoluto;
Avaliar nível de ansiedade, proporcionar conforto, e evitar estimulação excessiva;
Promover mudança de decúbito a cada 2 horas observando a posição de melhor adaptação respiratória;
Manter o paciente em decúbito elevado, quando possível;
Avaliar o nível de consciência antes que sedativos e tranqüilizantes sejam administrados;
Umidificar o ar e encorajar a ingestão hídrica;
Monitorizar a gasometria arterial e a saturação de O2 por oximetria capilar;
Manter o cuidado apropriado com os equipamentos de oxigenoterapia (tubos de aerossol, umidificadores, traquéias);
Controlar o nível nutricional obedecendo rigorosamente os horários de administração das dietas (enteral e parenteral), e ter cuidados especiais aos balonetes das cânulas durante administração da dieta certificando da insuflação dos mesmos;
Realizar o controle de infecção através da lavagem das mãos, utilização das precauções básicas de barreira, técnica correta de aspiração traqueal, esterilização dos circuitos respiratórios, protegendo a extremidade distal do circuito respiratório ao desconectar do paciente e fazer acompanhamento do resultado de culturas.
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Unidade Manual de Respiração Artificial (AMBU) / Reanimador Manual
Todos conhecem como AMBU, que vem da sigla em inglês Artificial Manual Breathing Unit, nada mais é que uma Unidade Manual de Respiração Artificial, ou Reanimador Manual. Esse equipamento é composto por um balão, uma válvula unidirecional, válvula para reservatório, máscara facial e um reservatório.
O Ambu tem finalidade de promover a ventilação artificial enviando ar comprimido ou enriquecido de oxigênio para o pulmão do paciente em casos como: parada respiratória, asfixia, afogamento, infarto e tudo que pode levar o paciente a ter uma parada cardiorrespiratória, o ambu é utilizado após as compressões torácicas auxiliando na ventilação.
O Ambu ou Reanimador, é muito utilizado em situações de resgate e primeiros socorros, por ser um item indispensável, ele também é muito utilizado em UTI e salas de emergência.
Há alguns cuidados específicos para bom funcionamento desde dispositivo, desde que é importante sempre testá-lo quando pegar seu plantão, para evitar problemas na hora de uma intercorrência.
O sistema não pode ter escape de ar:
Se Não ventila paciente: Verifique se o diafragma da válvula respiratória não está amassado ou furado. Verifique as condições do balão e os encaixes dos componentes, eliminando vazamentos de ar.
Se Não satura oxigênio: Verifique se gás está saindo corretamente da válvula de parede. Verifique as condições do reservatório do equipamento, e em caso de rasgos e furos substitua imediatamente.
OBS: O Sistema não deve ter indícios de água internamente, pois o risco de bronco aspirar o paciente é grande.
Como Higienizar um Ambu?
Para esterilizar um Ambu é muito simples, basta desmontar todas as peças e limpa-las separadamente, elas devem ficar em câmara secadora pelo período de 15 minutos a uma temperatura de 60ºC. Tem que se tomar certos cuidados como não colocar uma peça em cima da outra ou deixar encostar na parede da câmara, e deve-se esterilizar o dispositivo montado, para o próximo uso.
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Oximetria de Pulso
A oximetria de pulso é um método não invasivo de monitorar continuamente a saturação de oxigênio da hemoglobina (SpO2 ou SaO2).
Embora a oximetria de pulso não substitua a medição da gasometria arterial, ela constitui um instrumento efetivo para monitorar alterações sutis ou súbitas na saturação de oxigênio.
Uma sonda ou sensor é preso na ponta do dedo, fronte, lobo da orelha ou crista nasal. O sensor detecta as alterações nos níveis de saturação do oxigênio ao monitorar os sinais luminosos gerados pelo oxímetro e refletidos pelo sangue pulsátil por meio do tecido para a sonda.
Os valores normais da SaO2 são de 95 a 100%. Os valores inferiores a 85% indicam que os tecidos não estão recebendo oxigênio suficiente, e o paciente precisa de avaliação adicional.
Os valores da SaO2 obtidos na oximetria de pulso não são confiáveis na parada cardíaca e no choque, quando foram usados corantes ou medicamentos vasoconstritores, ou quando o paciente apresenta anemia grave ou um alto nível de monóxido de carbono.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Em pacientes com monitorização da saturação continua deve-se realizar um rodízio do sensor de oxímetro a cada duas horas, evitando necrose da polpa digital do paciente.
• Na ausência da saturação em paciente estáveis, deve-se avaliar primeiramente a perfusão do membro onde esta localizada o sensor, ou deslocamento do mesmo. Caso não haja alteração avaliar o paciente imediatamente.
• Ao encontrar valores alterados comunicar imediatamente ao médico e/ou a enfermeira.
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Ventilação Mecânica
A equipe de enfermagem, ao prestar assistência ao paciente sob ventilação mecânica, deve sempre ter presente que este é o elemento mais importante na situação assistencial e que todos os membros da equipe devem trabalhar de forma eficiente e integrada. A atuação da enfermagem na ventilação mecânica é intensa, extensa e complexa.
VENTILAÇÃO MECÂNICA: PARA QUE SERVE?
O ventilador mecânico é um aparelho capaz de administrar oxigênio em pacientes impossibilitados de respirar ou quando essa atividade é realizada de forma exaustiva pelo mesmo. A ventilação mecânica (VM) é um método usual em unidade de terapia intensiva (UTI), Centros Cirúrgicos, Sala de Emergência, Ambulâncias, sendo utilizada em pacientes com insuficiência respiratória ou qualquer etiologia, dando suporte ao tratamento da patologia-base pelo tempo que for necessário para reversão do quadro, portanto não constitui um procedimento curativo.
A ventilação mecânica invasiva se dá através do Tubo Orotraqueal (TOT), Traqueostomia (TQT) e Cricotireoidostomia.
A atenção aos pacientes sob uso de ventilação mecânica torna-se responsabilidade dos profissionais de enfermagem. Quem manuseia os parâmetros ventilatórios são os profissionais de Fisioterapia e Médicos.
A assistência ventilatória exige monitorização constante das funções vitais e de cuidados intensivos ao paciente crítico, vistas essas necessidades, para a realização desses cuidados, faz-se necessário um trabalho multiprofissional.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES:
As principais indicações para iniciar o suporte ventilatório são:
Reanimação devido à parada cardiorrespiratória;
Hipoventilação e apneia;
Insuficiência respiratória devido a doença pulmonar intrínseca e hipoxemia.
Comando respiratório instável (trauma craniano, acidente vascular, cerebral, intoxicação exógena e abuso de drogas);
– Prevenção de complicações respiratórias:
Restabelecimento no pós-operatório de cirurgia de abdome superior, torácica de grande porte, deformidade torácica, obesidade mórbida;
Parede torácica instável.
Redução do trabalho muscular respiratório e fadiga muscular.
Manutenção das trocas gasosas, ou seja, reverter a hipoxemia e reverter a acidose respiratória associada à hipercapnia.
Prevenir ou reverter atelectasia.
Permitir sedação e/ou bloqueio neuromuscular.
Reduzir a pressão intracraniana.
MODALIDADES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA:
Ventilação mandatória contínua/controlada (CMV);
Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo controlado (VCV);
Ventilação mandatória contínua com volume controlado – modo assistido-controlado;
Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo controlado (PCV/AV);
Ventilação mandatória contínua com pressão controlada – modo assistido-controlado;
Ventilação mandatória intermitente (SIMV);
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV/V) com volume controlado;
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV/P) com pressão controlada;
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV) (com volume controlado ou com pressão controlada) associada a ventilação com pressão de suporte;
Ventilação espontânea contínua (BIPV);
Ventilação com pressão de suporte (PSV);
Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
– Realizar controle de sinais vitais de 2/2 horas, controle de volume urinário, avaliar nível de consciência/quadro neurológico.
– Observar padrão ventilatório: Anotar parâmetros do ventilador (modalidade, FiO2, volume corrente, frequência do aparelho e total, PEEP, Pressão Suporte).
– Observar perfusão periférica e monitorar oximetria/gasometria arterial.
– Manter decúbito a 45 graus, restringir membro superior e fixar a cânula endotraqueal à altura conveniente (ausculta pulmonar), com um cadarço próprio, e anotar o número da rima, rodiziando o local de fixação.
– Se houver previsão prolongada de intubação, é necessário que o enfermeiro passe SNG ou SNE para início de infusão de dieta enteral imediata e manter acesso venoso.
– Realizar higiene oral 3x/dia com solução própria e aspirar a cânula endotraqueal em método de aspiração estéril (utilizando track-care ou sonda de aspiração e luvas estéreis) regularmente ou se houver secreções e sialorreia em grande quantidade.
– Realizar as trocas de fixação pelo menos 1x/dia (durante o banho), utilizando-se de um cadarço específico ou tensoplast, sempre fixar ao centro da boca do paciente, e protegendo os nós do cadarço com uma gaze para evitar lesionar a pele do paciente.
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Oxigenoterapia Intensiva
É a administração de oxigênio medicinal através de via inalatória, com finalidade terapêutica de prevenir ou melhorar a hipóxia tecidual, mantendo no ar inspirado uma concentração de gás capaz de oxigenar adequadamente o sangue que sai dos pulmões.
Embora haja vários tipos de gás medicinal – como hélio, dióxido de carbono, óxido nitroso, nitrogênio – o mais comumente usado é o oxigênio (O2): o oxigênio é um gás inodoro, incolor, altamente combustível e indispensável à vida humana. É um medicamento e deve ser utilizado com cutela e sob prescrição médica. A situação clínica do cliente é o melhor indicativo.
É indicada quando apresenta:
respiração ruidosa
dificuldade ou impossibilidade de respirar estando deitado
saturação menor que 90% com FiO2 maior que 0,4
taquipneia e ou taquicardia
batimentos de asa de nariz (é mais raro no cliente adulto)
tiragem supraclavicular e intercostal (manifestação visual da insuficiência respiratória), ou seja, usa a musculatura acessória para respirar.
cansaço e/ou agitação
sinais de desorientação, que antes não apresentava
cianose (sinal tardio de hipóxia).
Ventilação
É o processo de movimento dos gases para dentro e para fora dos pulmões e exige: coordenação muscular, propriedade elástica do pulmão/tórax e inervação intacta.
Inspiração: diminuição da pressão pelo aumento da caixa torácica – entrada de ar.
Expiração: aumento da pressão pela diminuição da caixa torácica- saída de ar.
Tipos de Respiração
Espontânea
Artificial
Tubo orotraqueal
Traqueostomia
Meios de administração
O oxigênio pode ser administrado por intermédio de:
Cânula de Traqueostomia em colar e máscara para traqueostomia
Tubo Endotraqueal com Cuff
Cateter Paranasal tipo óculos
Incubadora
Máscara de Venturi com dispositivos coloridos de Fio2
Máscara de Nebulização
cânula nasal (óculos para oxigênio)
cateter nasal
máscara facial
máscara facial com reservatório
máscara Venturi
cânula endotraqueal
incubadora (crianças)
capacetes (crianças)
Máscara de Nebulização
traqueostomia
Materiais para auxílio de oxigenoterapia
Régua de gases
Régua de gases
água destilada
umidificador
mangueira
ventilador mecânico
Troca de material para desinfecção
Equipamento
Periodicidade de troca
Umidificadores
A cada 72h
Inaladores
A cada 24h; após uso, guardar próximo ao leito em embalagem plástica.
Macronebulização
Trocar a cada 24h
Máscara de Venturi
Trocar a cada 24h
Circuitos de ventilação invasiva e não invasiva
Trocar em 7 dias ou se sujidade visível , mau funcionamento.
Circuitos respiratórios de ventilação montados e não utilizados pelo paciente
O ventilador que ainda não foi usado deve ser mantido protegido e pode ser usado em até 7 dias após a montagem; após este período, desmontar e encaminhar ao CME.
Princípios de Ventilação Mecânica
Ventilador Mecânico New Port
Ventilador mecânico
Equipamento indispensável em um ambiente de UTI, sala de emergências, Centro Cirúrgicos, e em ambulâncias, é responsável pela manutenção do processo de insuflação e deflação pulmonar em pacientes em risco ou com insuficiência respiratória já instalada, e a manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos pacientes portadores de IRA de maneira artificial até serem capazes de reassumi-la.
– Atividade respiratória presente mas incapaz de manter adequadas trocas gasosas à nível alvéolo – capilar. Ex: IRA (Insuficiência Respiratória Aguda)
– Diminuir o trabalho respiratório – Prevenir atelectasias – Reverter a IRA – Impedir a parada respiratória – Facilitar a correção dos distúrbios ácido – básicos
– Permitir reposição de energia dos músculos respiratórios
Atribuição ao manuseio da Ventilação Mecânica
Somente poderá manusear e alterar os parâmetros ventilatórios profissionais habilitados, como fisioterapeuta, médico e enfermeiro intensivistas treinados. O técnico de enfermagem tem a atribuição de fazer toda a anotação dos parâmetros ventilatórios na ficha de controle do paciente.
Funções Básicas do Ventilador
– Ventilar
– Oxigenar
– Umidificar
Parâmetros Básicos de Regulagem
– Frequência Respiratória: No adulto, ideal entre 12 a 24 incursões por minuto.
À medida que o paciente deflagra estímulos respiratórios mais frequentemente, deve ser diminuída a frequência estipulada pelo aparelho como forma de desmame.
– FIO2 (fração inspirada de oxigênio): Quantidade de oxigênio puro oferecido ao paciente: Varia entre 21% (ar ambiente) e 100%.
Altas frações de oxigênio por tempo prolongado causam oxidação endógena, e pode provocar toxicidade e lesão pulmonar. Logo que o paciente é colocado em ventilação mecânica, ajusta-se para 100%, e dependendo dos gases sanguíneos (gasometria), se reduz a FiO2 até o mínimo suportado pelo paciente: ideal se mantiver uma PaO2 entre 60 e 100mmHg, SatO2>90%.
– Volume Corrente: Fornecimento do ar (nas vias aéreas) em centímetros cúbicos por respiração. Programado: de 7 a 10 ml/Kg, podendo ser utilizado em menores volumes (5 a 7 ml/Kg) com risco de barotrauma.
– PEEP (pressão expiratória positiva final): Pressão mantida nos pulmões ao final da expiração. Iniciar com PEEP em torno de 3 a 5 cmH2O (fisiológico). A PEEP mantém os alvéolos abertos e ajuda nas trocas gasosas, bem como a diminuir a necessidade de altas FiO2. Riscos: pneumotórax e barotrauma, redução do débito cardíaco (reduz retorno venoso).
– Pressão de Suporte: Oferece pressões positivas pré-determinadas durante a fase inspiratória da respiração espontânea. Ajuda a diminuir o esforço inspiratório. Não há necessidade de fluxo inspiratório, ajuste depende do volume corrente expirado.
– Fluxo: Parâmetro não obrigatório em ventiladores com pressão de suporte. Velocidade do deslocamento do ar nas vias aéreas. Fluxo inspiratório : de 40 a 60 l/min. Altos fluxos podem resultar em picos de pressão elevados, favorecendo barotrauma.
– Sensibilidade: Parâmetro que permite ou dificulta a respiração espontânea. Ideal: sensibilidade que permita o maior número de estímulos inspiratórios do paciente.
Ciclados a pressão: Trabalha até atingir a pressão inspiratória pré estabelecida (VC variável, P fixa) fase inspiratória é determinada pela pressão alcançada nas vias aéreas: quando a pressão atinge um valor pré-fixado, interrompe-se a inspiração, independentemente do tempo inspiratório e do volume de ar enviado para os pulmões.
Ciclados a volume: Oferece VC até atingir o volume pré estabelecido (VC fixo, P variável) ; – o fim da fase inspiratória é determinado pelo volume de ar preestabelecido: assim que o fluxômetro interno do aparelho constata a passagem de um determinado volume de ar pelo circuito. Normalmente reúne os 3 tipos de ciclagem, onde se controla o volume, pressão e tempo, além de outros parâmetros.
Ciclados a tempo: A inspiração e expiração ocorrem após um período de tempo pré determinado.
VC variável = Pressão aplicada, complacência pulmonar e T inspiratório
Ex: respiradores infantis • Uso limitado, mais utilizado em crianças.
Ventilação Assistida (VA): – FR variável (paciente) VC controlado o esforço inspiratório do paciente aciona um sensor, sendo a freqüência respiratória estabelecida pelo paciente, e o ventilador garante para que seja administrado o volume corrente a cada inspiração; o paciente deve ter estímulos respiratórios. A sensibilidade do aparelho deve estar reduzida.
Ventilação Controlada (VC): FR e VC controlados v ajusta-se uma freqüência respiratória fixa (tempo inspiratório e expiratório), independentemente do esforço ventilatório do paciente.
Ventilação Assisto – controlada (VA/C): VC controlado com FR controlada oscilando de acordo com os estímulos do paciente (utilizada como forma inicial de ventilação, com estímulo respiratório presente, sem esforço da musculatura respiratória) reúne os dois tipos de modalidade acima: o ventilador é programado para ciclar um determinado número de vezes por minuto (controlada); quando o paciente deflagra um estímulo respiratório próprio, o esforço inspiratório do paciente aciona um sensor, inibindo o ciclo do ventilador.
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SVMI): Permite ventilações espontâneas (FR e VC determinados pelo paciente = esforço respiratório) entre os ciclos controlados pelo ventilador. FR e VC controlados. FR baixa para permitir respirações espontâneas. Reúne a combinação entre ciclos disparados pelo ventilador com períodos de ventilação espontânea, com auxílio de uma pressão de suporte para se atingir o volume corrente pré-determinado; a freqüência respiratória e o volume corrente são pré-estabelecidos; o paciente pode deflagrar movimentos respiratórios espontâneos acima da frequência programada.
Ventilação com pressão de suporte (PSV): Pressão positiva e constante na fase inspiratória, aliviando a inspiração muito trabalhosa (poupa musculatura respiratória) VInsp, FR, fluxo e tempo determinados pelo paciente, é utilizado com VMI para desmame.
Pressão Positiva contínua nas vias aéreas (CPAP): Pressão positiva e constante na inspiração e expiração. VC, FR e trabalho respiratório determinados pelo paciente. Previne colapso alveolar, melhora a capacidade residual funcional e oxigenação. O último estágio do desmame ventilatório, no qual o paciente respira espontaneamente (frequência respiratória exclusiva do paciente) através do circuito pressurizado do aparelho, de tal forma que uma certa pressão positiva seja mantida durante todo o ciclo respiratório.
Pressão Positiva no final da expiração (PEEP): sempre precedida por uma inspiração mecânica. Não é um modo isolado de ventilação. Efeitos pulmonares da PEEP: ↑ capacidade residual funcional, distende alvéolos normais, previne colapso alveolar na expiração e reabertura dos alvéolos colapsados,↑ PaO2 ↑ complacência pulmonar (recruta novas áreas, conserva a surfactante) ↓ espessura da camada de líquido alveolar na SDRA, ↑ volume alveolar altera permeabilidade alveolar (↑ pressão intra alveolar) ↑ Pressão intersticial forçando a passagem do líquido do interstício para o capilar pulmonar
Complicações da PEEP:
Pulmonares: barotraumas (pneumotórax, enfisema SC..) Cardiovasculares: ↑ P via aérea = ↓ retorno venoso = ↓ DC (controle rigoroso de PA)
Os ajustes de alarmes devem ser realizados de forma individualizada, sendo que os parâmetros de alarmes mais comuns são:
• Frequência respiratória mínima e máxima:
• Volume Corrente mínimo
• PEEP mínimo
• Pico de Pressão máximo
Cuidados de Enfermagem ao manuseio de um paciente entubado
Cadarço próprio para intubação endotraqueal
Ilustração de fixação de tubo endotraqueal
Realizar controle de sinais vitais de 2/2 horas , controle de volume urinário, avaliar nível de consciência/quadro neurológico.
Observar padrão ventilatório: Anotar parâmetros do ventilador (modalidade, FiO2, volume corrente, frequência do aparelho e total, PEEP, Pressão Suporte).
Observar perfusão periférica e Monitorar oximetria/gasometria arterial.
Manter decúbito a 45 graus, Restringir membro superior e Fixar a cânula endotraqueal à altura conveniente (ausculta pulmonar), com um cadarço próprio, e anotar o número da rima, rodiziando o local de fixação.
Se houver previsão prolongada de intubação, é necessário que o enfermeiro passe SNG ou SNE para inicio de infusão de dieta enteral imediata e manter acesso venoso.
Realizar higiene oral 3x/dia com solução bicarbonatada e aspirar a cânula endotraqual em método de aspiração estéril (utilizando track-care ou sonda de aspiração e luvas estéreis) regularmente ou se houver secreções e sialorréia em grande quantidade.
Realizar as trocas de fixação pelo menos 1x/dia (durante o banho), utilizando-se de um cadarço específico, sempre fixar ao centro da boca do paciente, e protegendo os nós do cadarço com uma gaze para evitar lesionar a pele do paciente.
Observação:
O técnico de enfermagem pode aspirar o paciente utilizando os dois métodos citados abaixo em ilustração, em casos de emergência ou de extrema necessidade, ou se o fisioterapeuta estiver atendendo no momento e que não dá para esperar.
Sistema de aspiração em sistema aberto ou em modo estéril (sonda de aspiração traqueal munido de luvas estéreis para evitar contaminação interna)
Sistema fechado de aspiração ou Trach Care
Alguns passos para realizar o procedimento em caso de intercorrência:
-Desconectar o respirador, caso faça uso.
-Introduzir o cateter através do tubo cuidadosamente.
-Iniciar a aspiração com movimentos rotativos do cateter, retirá-lo gradativamente.
-Lavar com água estéril ou solução fisiológica em uma seringa de 10ml (não é fundamental).
-Realizar intervalos de 3 min. de uma aspiração a outra, nunca exceder 15 min. para permitir adequada oxigenação do paciente, se necessário usar balão auto-insuflável, para realizar ventilações.
O mesmo procedimento acima serve para casos de pacientes traqueostomizados.
Trocar frascos de aspiração e conexões a cada 6 horas. Usar cateteres apenas uma vez, podendo trocá-lo durante a aspiração caso tenha muita secreção em suas paredes. As conexões de latex são de preferências estéreis.
CONTRA-INDICAÇÕES:
Absolutas: bronco espasmo, obstrução. Relativas: Hemorragias, pacientes com tendências a sangramentos.
COMPLICAÇÕES: Traumatismo, hemorragia, infecção por técnica inadequada, bronco espasmo, hipóxia, a sonda não progride
Sequência correta do procedimento de aspiração ao técnico de enfermagem
– Verificar indicação do procedimento na prescrição de Enfermagem;
– Lavar as mãos;
– Preparar o material e levá-lo para Box do paciente;
– Orientar o paciente sobre o procedimento;
– Conferir o número da sonda de aspiração, com o número da cânula endotraqueal; (A sonda deve ter diâmetro externo não superior ao diâmetro interno do tubo ou cânula, por exemplo: tubo nº 8/sonda nº 18)
– Colocar máscara e óculos;
– Verificar tipo e características da respiração, condições dos batimentos cardíacos do paciente e simetria da expansão torácica;
– Calçar a luva estéril na mão que vai manipular a sonda de aspiração;
– Oxigenar o paciente com FiO2 à 100% se no respirador, ou ventilar com ambu com reservatório por 01 minuto, antes e após a aspiração;
– Previamente aspirar a boca do paciente conforme o procedimento
– Abrir embalagem da sonda esterilizada e conectá-la à extremidade do látex;
– Posicionar a cabeça do paciente no sentido oposto a ser aspirado;
– Introduzir suavemente a sonda de aspiração endotraqueal na fase inspiratória, sem fazer sucção, sem forçar, o mais lento possível;
– Observar o paciente e fazer manobra de sucção por 3 a 5 segundos na fase expiratória e tracionar a sonda em um único movimento para fora com movimentos circulares;
– Repetir o procedimento de remoção das secreções não ultrapassando 15 segundos no tempo total de sucção;
– Ventilar o paciente, entre cada aspiração, sempre observando suas reações, coloração da pele e ritmo respiratório;
– Introduzir a seguir a sonda de aspiração, alternadamente, em cada manobra, até a faringe, criando sucção e tracionando-a para fora, com movimentos circulares;
– Retirar excesso de secreção da sonda com gaze esterilizada;
– Utilizar uma sonda para cada aspiração, desprezando após o uso;
– Desligar o aspirador e deixar o sistema seco para evitar refluxo quando usado novamente;
– Proteger a extremidade do látex com saco plástico (tipo bolsa de colostomia) e fixar em um ponto acima do nível do aspirador;
– Retirar a luva, recolher o material e deixar em ordem a unidade do paciente;
– Registrar no prontuário, data e hora do procedimento, quantidade, cor, odor e aspecto da secreção, além das reações do paciente, intercorrências e assinar.
Lembre-se:
A aspiração deve ser realizada quando o paciente apresentar: taquipneia, taquicardia, hipotensão, agitação, ansiedade, secreções visíveis, e ausculta de estertores bolhosos e sibilantes;
– O aspirador deve estar desinfetado e ser testado antes de iniciar o procedimento;
– Para colaborar com a tranqüilidade do paciente;
– Sondas de aspiração muito calibrosas podem produzir excessiva pressão negativa, lesar a mucosa e aumentar a hipóxia provocada pela aspiração;
– Promover proteção ao paciente e ao funcionário;
– Constatando sinais de depressão respiratória, irregularidade no ritmo cardíaco, cianose de extremidade, solicitar avaliação do médico plantonista antes de iniciar o procedimento;
– Diminuir a hipoxemia resultante das aspirações;
– Evitar contaminação.
– O paciente deve estar em decúbito dorsal com a cabeceira da cama ligeiramente elevada (Fowler 35 – 40o);
– Não retirar antes para evitar contaminação;
– Para a aspiração do brônquio direito, virar a cabeça para o lado esquerdo e vice-versa;
– As secreções dever ser removidas com técnica traumática e asséptica;
– Conforme o padrão respiratório do paciente, estar atento ao tempo de aspiração;
– Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande quantidade de secreção, avaliar com o médico assistente a indicação de nebulização prévia a este procedimento;
– Durante a aspiração observar: PA, freqüência cardíaca, arritmias e SaO2;
– Efetuar a troca de frasco coletor e extensão (borracha), se necessário;
– Ao desprezar as sondas, lavar a extensão do látex, aspirando uma boa quantidade de água, para que toda a secreção seja eliminada do sistema, e não permitida que a secreção do látex retorne à água;
– Caso a sonda não progrida, ver com o médico plantonista a necessidade de troca do tubo ou cânula;
– Neste momento serão usadas luvas de procedimento que, ao término, serão desprezadas no lixo.
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