Que Medicamento é Esse?: Adrenalina

Adrenalina

A Adrenalina, também conhecida como Epinefrina, é um hormônio liberado na corrente sanguínea que tem a função de manter o corpo alerta para situações de fortes emoções ou estresse como luta, fuga, excitação e medo, por exemplo.

Como medicamento em forma sintética, é um potente medicamento com efeito antiasmático, vasopressor e estimulante cardíaco que pode ser utilizado em situações de urgência ou em UTI, como para tratar uma reação anafilática ou para estimular os níveis de pressão.

Como Funciona?

A Adrenalina atua no alívio do broncoespasmo, no alívio das reações de hipersensibilidade devida a medicamentos e outros alérgenos. Também pode ser utilizada para restabelecer o ritmo cardíaco na parada cardíaca, mas não deve ser usada em insuficiência cardíaca ou choque cardiogênico, traumático ou hemorrágico.

Pode ser usada no alívio de sintomas da doença do soro, urticária e edema angioneurótico; para ressuscitação na parada cardíaca devido a acidente anestésico, no glaucoma simples (ângulo aberto); para o relaxamento e inibição da contração da musculatura uterina.

Os Efeitos Colaterais

Pode ocasionar:

  • Fibrilação ventricular fatal, hemorragia subaracnoide ou cerebral, aumento da PA, podendo causar ruptura aórtica, angina pectoris. obstrução da artéria central da retina;
  • Náuseas ou Vômito;
  • Diminuição do débito urinário, retenção urinária, disúria, espasmo vesical;
  • Queimação transitória (durante a administração);
  • Fotofobia, visão turva, hipersensibilidade, dor nos olhos;
  • Anorexia, tendência suicida ou homicida, tontura, ansiedade, medo, palidez, desorientação, perda da memória, agitação psicomotora, alucinação, inquietação, sonolência, tremor, insônia, convulsão, depressão no SNC, sintomas de paranóia, cefaleia.

Quando é Contraindicado?

Nos casos de hipersensibilidade às aminas simpaticomiméticas ou bissulfitos ou fluorocarbonos (recomenda-se evitar o uso de alguns inalantes em pacientes com hipersensibilidade ou intolerância prévia a essas drogas).

Use cuidadosamente nos casos de doença cardíaca, hipertensão, hipertiroidismo, diabetes, glaucoma (exceto para uso oftálmico) e em pacientes idosos (mais suscetíveis a reações adversas; recomenda-se reduzir a dose).

O uso excessivo, por via intranasal, pode causar tolerância e broncoespasmo paradoxal. Gestação (terceiro trimestre), lactação e crianças <2 anos não há segurança ainda estabelecida.

Os Cuidados de Enfermagem

  • Instrua o paciente a usar a medicação exatamente conforme recomendado e a não exceder as doses indicadas, devido ao risco de desenvolvimento de reações adversas (broncoespasmo paradoxal) ou da perda de sua eficácia. O uso prolongado ou excessivo também pode levar ao desenvolvimento de tolerância.
  • A eficácia pode ser restabelecida com a suspensão da medicação, durante alguns dias, e, em seguida, reinicia-se o tratamento. Se 1 dose for esquecida, ela deverá ser administrada tão logo possível. As doses restantes devem ser administradas em intervalos regulares. As doses esquecidas não devem ser dobradas. A medicação deve ser administrada logo ao primeiro sinal de broncoespasmo. Se, após a administração da medicação, não houver alívio na falta de ar ou se ela for acompanhada de diaforese, tontura, palpitações ou dor torácica, recomende que o paciente comunique imediatamente ao médico.
  • Broncodilatador: antes e durante a terapia, avalie: a ausculta pulmonar, o padrão respiratório, o pulso e a  PA; relate a quantidade, a cor e o aspecto da secreção produzida e comunique ao médico quaisquer achados anormais; antes do início e periodicamente durante a terapia, monitore: os testes de função pulmonar para determinar a efetividade do tratamento; e avalie: broncoespasmo paradoxal (respiração ofegante) e, diante esta ocorrência, suspenda imediatamente o uso da medicação e comunique ao médico; sinais de tolerância à droga e broncoespasmo de rebote; os pacientes que requerem> 3 inalações/dia (vigilância rigorosa), pois, se, após 3-5 inalações, em 6-12h, houver apenas um mínimo ou nenhum alívio, o tratamento apenas com aerossol não é recomendado; reações de hipersensibilidade (rash, urticária, edema de face, lábios ou pálpebras) e, diante desta ocorrência, suspenda imediatamente o uso da medicação e comunique ao médico.
  • Choque: a hipovolemia deve ser corrigida antes da administração IV de isoproterenol; choque anafiláctico: é necessário administrar concomitantemente a reposição de volume com a epinefrina; os glicocorticóides e os anti-histamínicos podem ser usados com a epinefrina.
  • Vasopressor: freqüentemente durante a administração IV, monitore: a PA, o pulso, o ECG, a freqüência respiratória (os parâmetros hemodinâmicos e o débito urinário também devem ser monitorizados continuamente); e avalie: dor torácica, arritmia, freqüência cardíaca> 110bpm e hipertensão (consulte o médico sobre as avaliações de pulso, PA e alterações ao ECG para possibilitar o ajuste da dose ou a suspensão da medicação).
  • Antes da administração, avalie cuidadosamente a dose, a concentração e a via, para evitar reações fatais devido a erros na administração da medicação.
  • Exames laboratoriais: pode causar: diminuição transitória nas concentrações de potássio sérico, aumento da glicose no sangue e das concentrações séricas de ácido láctico (devido ao uso por via intranasal [inalação] ou em doses mais altas do que as recomendadas).
  • Superdosagem e Toxicidade: Os sintomas são: agitação persistente, dor ou desconforto torácico, hipotensão, tontura, hiperglicemia, hipocalemia, convulsão, taquiarritmia, tremor persistente e vômito; sendo o tratamento com a suspensão do broncodilatador adrenérgico e de outros agonistas beta-adrenérgicos e terapia de manutenção sintomática; os bloqueadores beta adrenérgicos cardios-seletivos devem ser usados cuidadosamente, uma vez que podem induzir broncoespasmo.
  • Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante de outras drogas!
  • Inalação: instrua o paciente que são necessários intervalos de 1-2min. entre as inalações (solução, aerossol); que, quando em uso concomitante de glico-corticóides ou inalações de ipratrópio, o broncodilatador deve ser administrado primeiro e os outros medicamentos 5min. após, para evitar toxicidade pela inalação de propulsores de fluorocarbono (exceto quando recomendado de outra forma); sobre a técnica correta de inalação (aerossol, respiração por pressão positiva intermitente [RPPI], inalante dosimetrado); informe ao paciente que após cada inalação, o bocal deve ser sempre lavado e que os enxágues orais minimizam as reações adversar (como boca seca), sendo que o spray não deve ser usado próximo aos olhos; a manutenção de uma ingestão de líquidos adequada (2-3 litros/dia) auxilia na fluidificação das secreções viscosas ou aderentes; na falta de alívio ou a piora dos sintomas respiratórios, após a inalação, ou na presença de dor torácica, cefaleia, tontura severa, palpitações, nervosismo ou fraqueza, o médico deverá ser comunicado imediatamente .
  • Endotraqueal: se o paciente estiver intubado, a droga poderá ser injetada diretamente na árvore bronquial, através do tubo endotraqueal; execute 5 insuflações rápidas; administre vigorosa mente 10ml (1 mg/ml) diretamente no tubo; prossiga com 5 insuflações rápidas.
  • SC ou IM: a suspensão só deve ser administrada por via SC; não use soluções que apresentem alterações (rosa ou castanho) em sua cor original ou que contenham partículas; a droga pode causar irritação do tecido; alterne os locais de aplicação para evitar a necrose do tecido; logo após a administração, massageie os locais de aplicação para aumentar a absorção da droga e diminuir a vasoconstrição local; evite administração IM no músculo glúteo; agite bem a suspensão antes de administrar e injete rapidamente.
  • IV: não use soluções que apresentem alterações (rosa ou castanho) em sua cor original ou que contenham partículas; após o seu preparo, qualquer solução não usada, dentro de 24h, deve ser descartada; direta: administre cada 1mg em, pelo menos, 1min.; administrações mais rápidas podem ser usadas durante ressuscitação cardíaca; intermitente: em choques anafiláticos severos, a dose de 0,1-0,25mg pode ser repetida a cada 5-15min.; administre além de 5-10min.; contínua: administre 1-4mcg/min.

 

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