A Síndrome de Pancoast consiste de sinais e sintomas decorrentes do acometimento do ápice pulmonar e estruturas adjacentes por um tumor.
Na maioria das vezes, o processo causal é uma neoplasia. O carcinoma broncogênico é a principal neoplasia causadora da síndrome.
Os subtipos histológicos mais encontrados são o adenocarcinoma e o carcinoma epidermoide.
A ocorrência de carcinoma de pequenas células de pulmão como gênese da síndrome de Pancoast é rara, com poucos relatos na literatura.
Descrevemos o caso de um doente com síndrome de Pancoast causado por um carcinoma de pequenas células de pulmão, discutindo aspectos referentes ao diagnóstico e à terapêutica.
Sinais e Sintomas
Os sintomas podem incluir miose (constrição das pupilas), anidrose (falta de suor), ptose (queda da pálpebra) e, em casos severos, uma síndrome de Horner completa.
Nos casos progressivos, o plexo braquial também é afetado, causando dor e fraqueza nos músculo do braço e mão.
Nervo laríngeo recorrente também pode ser afetado causando rouquidão. Além disso o nervo frênico também pode ser afetado causando paralisação do diafragma. O paciente também pode ter síndrome da veia cava superior por compressão da veia cava superior.
Como é feito o Tratamento?
O tratamento do câncer de pulmão de Pancoast pode ser diferente aos de outros tipos de câncer pulmonares de células não-pequenas devido à sua posição e proximidade a estruturas vitais (como nervos e medula espinhal) que pode fazer com que a cirurgia seja de difícil realização.
Desta forma, dependendo do estadiamento do câncer, o tratamento pode envolver radioterapia e quimioterapia anteriormente à cirurgia.
Quando o tumor realmente for irressecável ou quando o paciente não apresenta condições físicas para ser submetido a um procedimento cirúrgico, a radioterapia deve ser utilizada como tratamento único.
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