A equipe de Enfermagem da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), recebeu um curso de prevenção e tratamento de lesões de pele, nesta sexta-feira (24/06), com o intuito de aumentar a qualidade dos atendimentos. O curso foi promovido pela Comissão de […]
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MONABICH: Tratamento Imediato para um IAMCSST
O tratamento do infarto é tempo-dependente. O paciente precisa reconhecer os sintomas e procurar atendimento médico imediato em uma unidade especializada de sua região.
No Setor de Emergência, ao dar entrada, deve ser avaliado precocemente, de forma ideal, em até 10 minutos.
Todo paciente com entrada de protocolo de dor torácica devem ser realizado o exame de eletrocardiograma (ECG).
Após o exame ser realizado pelo profissional da saúde, (em P.A/P.S são geralmente realizados pela equipe de enfermagem), os pacientes são submetidos ao tratamento básico inicial, salvando à algumas contra-indicações a algumas condutas, onde entra o mnemônico MONABICH.
Os Sinais clássicos de um IAM
A grande maioria dos casos o paciente apresenta a clássica dor torácica anginosa:
- Dor em aperto;
- Irradiação para o braço esquerdo e ombro ou mandíbula;
- Melhora com repouso.
Como é diagnosticado?
Através do ECG e marcadores de necrose miocárdica, e da história clínica do paciente. O ECG Deve ser realizado preferivelmente em menos de 10 minutos e repetido a cada 5 ou 10 minutos, já que em muitos casos pode estar normal inicialmente.
O Tratamento Imediato (MONABICH)
- Morfina: IV (2-4 mg a cada 5-10 minutos) – máximo 10 mg;
- Oxigênio: O2 a 100% em máscara ou catéter nasal a 2-4L/min;
- Nitratos: dinitrato de isossorbida (ISORDIL) 5mg sublingual 5-5min até 3 x. Contra-indicações: hipotensão, bradicardia, infarto de ventrículo direito, uso de inibidores da fosfodiesterase;
- Antiplaquetário: AAS 160-325 mg (dose de ataque); 100 mg/dia por toda vida. Contra-indicações: úlcera péptica em atividade, hepatopatias graves;
- Betabloqueadores: metoprolol 50 mg, VO, 6/6h no 1º dia; 100 mg, VO, 12/12 horas após. Contra indicações: FC < 60, PAS < 100;
- IECA: deve ser iniciado nas primeiras 24h (e mantido indefinidamente) em pacientes com IAMCSST com FEVE < 40%, HAS, DM ou DRC, a menos que contraindicado;
- Clopidogrel: < 75 anos: dose de ataque 300 mg; 75 mg/dia após; > 75 anos: não recebe dose de ataque (risco de hemorragia intracraniana);
- Heparina: Anticoagulante – enoxaparina < 75 anos: 30 mg, EV em bolus seguido de 1mg/kg via subcutânea a cada 12 horas.
Referências:
- V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do seguimento ST. Arq. Bras. Card. 2015.
- Pebmed
O que é a Isquemia Cardíaca?
A isquemia cardíaca (IC) é caracterizada pela diminuição da passagem de sangue pelas artérias coronárias. Geralmente, é causada pela presença de placas de gordura em seu interior, que quando não são devidamente tratadas, podem romper e entupir o vaso, causando angina e infarto.
A isquemia cardíaca pode ser classificada como sendo:
ISQUEMIA CARDÍACA CRÔNICA
Caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, cujo principal sintoma é a dor no peito que surge inicialmente, durante esforços e, com o tempo, passa a surgir até mesmo em repouso;
ISQUEMIA CARDÍACA TRANSITÓRIA
Caracterizada pela dor no peito que surge quando o indivíduo encontra-se sob estresse emocional ou estresse físico, e diminui em repouso; Comum em mulheres jovens.
ISQUEMIA SILENCIOSA
Pode não gerar sintomas e afetar o indivíduo descansando, sentado, deitado ou dormindo. Geralmente é diagnosticado durante exames de rotina.
TRATAMENTO PARA ISQUEMIA CARDÍACA
O tratamento para isquemia cardíaca pode ser feito com a tomada de medicamentos como:
-Beta-bloqueadores para reduzir os batimentos cardíacos;
-Estatinas para redução das placas de gordura;
-Antiplaquetários para diminuir a formação de coágulos sanguíneos e o rompimento das placas de gordura;
-Nitratos que dilatam os vasos do coração.
Estes medicamentos só devem ser utilizados sob rigorosa orientação do médico cardiologista. Nos casos mais graves, quando a tomada de medicamentos não é suficiente o médico poderá indicar uma cirurgia.
Alguns fatores de risco como colesterol alto, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo, diabetes, apneia do sono e crises de ansiedade, podem aumentar o risco de isquemia cardíaca e por isso, o controle de todos estes fatores é importante para o tratamento.
OPÇÕES CIRÚRGICAS
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA COM OU SEM STENT
Indicada para doenças agudas, que acometem poucos vasos, vaso único ou vasos secundários, ou até mesmo em pacientes com alto risco para cirurgia aberta.
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Indicada para casos mais graves quando há uma grande obstrução da passagem sanguínea ou um acometimento de muitos vasos ou de vasos importantes. Utiliza as veias safenas e/ou as artérias mamárias como uma ponte, o que regulariza a passagem de sangue pelos vasos do coração. A cirurgia é delicada e o indivíduo poderá ficar internado no hospital por mais de 4 dias, dependendo da sua recuperação. É indicada a realização de fisioterapia ainda no hospital para reabilitação cardíaca precoce.
Sintomas da isquemia cardíaca
– Angina de peito: caracterizada por dor no peito que pode irradiar para nuca, queixo, ombros ou braços;
– Palpitações cardíacas;
– Pressão no peito;
– Falta de ar ou dificuldade para respirar;
– Enjoo;
– Palidez e suor frio;
No entanto, a isquemia cardíaca pode não apresentar sintomas sendo somente descoberta num exame de rotina ou quando gera um ataque cardíaco.
CAUSAS DA ISQUEMIA CARDÍACA
-Doença aterosclerótica : rompimento de placas que se formaram dentro dos vasos;
-Embolia coronariana;
-Lúpus eritematoso sistêmico;
-Poliarterite nodosa;
-Sífilis;
-Doença de Takayasu;
-Hipercoagulabilidade;
-Espasmo coronário;
-Hipertrofia ventricular esquerda;
-Estenose aórtica;
-Tireotoxicose;
-Diabetes mellitus;
-Uso de drogas como cocaína ou anfetaminas;
-Síndrome X.
A causa mais comum da isquemia cardíaca é a aterosclerose, e esta pode ser controlada através da prática regular de exercícios físicos, alimentação pobre em gorduras e açúcares e manutenção do peso ideal.
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