Cateteres Periféricos: Novas Recomendações da ANVISA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde/GGTES/DIRE3/ANVISA publica a nota técnica 04/2022 com orientações para gestores, serviços e profissionais de saúde quanto a instituir diversas medidas de prevenção de incidentes e eventos adversos (EA) associados ao uso de cateteres intravenosos periféricos (CIVP) e para a uso de indicadores para o monitoramento destes eventos.

Os CIVP são importantes acessórios utilizados na administração de infusões venosas, mas seu uso se associa ao risco de complicações como infecção local e sistêmica, flebite, tromboflebite, oclusão, trombose e lesão por pressão, infiltração, extravasamento e hematomas.

Recomendações para cateteres periféricos

Higiene das mãos

  • Higienizar as mãos antes e após a inserção de CIVP e para qualquer tipo de manipulação destes dispositivos.
  • A higiene das mãos com foco no cuidado do paciente com CIVP deve ser feita nos 5 momentos abaixo descritos:
  • 1. Antes de tocar o paciente;
  • 2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico: imediatamente antes de realizar quaisquer tipos de manipulação do CIVP e do sistema de administração de medicamento intravenoso, tais como: a. inserir ou retirar CIVP (antes de calçar luvas não estéreis), trocar curativo, coletar sangue e antes de preparar materiais ou equipamentos relacionados a estes procedimentos; b. acessar (abrir) o sistema de administração/ infusão; e c. preparar medicamentos para infusão pelo CIVP.
  • 3. Após risco de exposição a fluidos corporais: imediatamente após quaisquer tarefas que possam envolver uma exposição potencial a fluidos corporais, tais como: a. inserir ou remover o CIVP; e b. coletar sangue do CIVP.
  • 4. Após tocar o paciente;
  • 5. Após tocar superfícies próximas ao paciente.

Seleção do cateter e sítio de inserção

  • Selecionar o CIVP com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade componentes do fluido e nas condições de acesso venoso.
  • Não usar CIVPs para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L.
  • Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula.
  • Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos).
  • Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio.

Notas:

  • Pacientes com acesso vascular difícil requer avaliação cuidadosa da real necessidade de acesso venoso periférico e trabalho colaborativo entre a equipe de saúde para discutir opções apropriadas.
  • Na prática assistencial, há preferência, em adultos, de inserção do CIVP em veias dos membros superiores do antebraço, uma vez que acomodam cateteres de maior dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e do dorso da mão. Caso não se obtenha sucesso ao puncionar as veias supracitadas, as veias dorsais do pé e as safenas magna e parva podem ser puncionadas.
  • Para pacientes adultos: as veias de escolha para inserção do CIVP são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços, que podem acomodar cateteres de maior dimensão, tais como, cefálica, basílica, medianas do antebraço, cotovelo e do dorso da mão. Veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites.
  • Para pacientes pediátricos: selecionar o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço.(região abaixo da axila). Evite a área antecubital.
  • Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça.
  • Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé.
  • Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do CIVP, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante.
  • Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados.
  • Remover o excesso de pelos do local de inserção, se necessário, para facilitar a aplicação de curativos/coberturas; utilizar tesoura de uso individual para aparar os pelos (não raspar a pele, pois pode aumentar o risco de infecção (embora as pesquisas sejam limitadas).
  • Não puncionar os vasos de membros com presença de fístula arteriovenosa (FAV) funcionante.
  • Usar metodologia de visualização para instalação de CIVP em adultos e crianças com rede venosa difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso.

Seleção do cateter e sítio de inserção em adultos

  • Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites.
  • Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região abaixo da axila). Evite a área anticubital.
  • Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não caminhe, considere as veias do pé.
  • Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante.
  • Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados.
  • Usar metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede venoso difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso.

Preparo da pele

  • Realizar fricção da pele com solução a base de álcool (gliconato de clorexidina a 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool a 70%).
  • O tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos, enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. A aplicação da clorexidina deve ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora).
  • A antissepsia da pele com gaze e álcool a 70% deve ser realizada em movimento espiral centrífugo, por três vezes.
  • Aguardar a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.
  • Evitar tocar no local da punção após a antissepsia. Não voltar a tocar o local da punção.

Notas:

  • No caso de sujidade visível no local selecionado para punção, removê-la com água e sabão ou com clorexidina degermante a 2% antes da aplicação do antisséptico a base de álcool.
  • Um novo CIVP deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente.
  • Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento, comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de complicações.

Estabilização

  • Para estabilização, deve ser utilizado CIVP com mecanismo de estabilização integrado, combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou CIVP tradicional, combinado a dispositivo adesivo específico para estabilização.

Notas:

  • O uso de dispositivos de imobilização física (ou restrições) para proteger os locais de punção não deve ser implementado rotineiramente e deve ser evitado sempre que possível.
  • Empregar técnica asséptica para estabilização.
  • Não utilizar suturas para estabilizar CIVP.
  • Não utilizar fitas adesivas não estéreis (esparadrapo comum e fitas do tipo microporosa não estéreis, como micropore) para estabilização ou coberturas de cateteres.

Coberturas

  • Utilizar cobertura para CIVP estéril, semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável.
  • Realizar a identificação do curativo do CIVP com a data, hora, calibre do cateter e nome do profissional responsável pela inserção.
  • Utilizar gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca.
  • Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho.

Nota:

A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica asséptica durante a troca.

Flushing e manutenção do cateter periférico

  • Realizar flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão.
  • Realizar flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis.
  • Utilizar frascos de dose única ou seringas preenchidas comercialmente disponíveis para a prática de flushing e lock do cateter.
  • Realizar flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso.
  • O profissional deve promover a desinfecção na conexão de duas vias tipo y, injetor lateral e oclusores com álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica a 0,5%, antes
    de administrar o medicamento por meio do cateter.

Notas:

  • Realizar a desinfecção da superfície dos conectores antes do flushing e lock do CIVP.
  • Não utilizar soluções em grandes volumes (como, por exemplo, bags (bolsas) e frascos de soro) como fonte para obtenção de soluções para flushing.
  • Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos CIVPs.
  • Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos CIVPs.
  • Usar volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing. Ainda, considerar na escolha do volume, o tipo e tamanho do CIVP, idade do paciente, restrição hídrica e tipo de terapia infusional.
  • Infusões de hemocomponentes e hemoderivados, nutrição parenteral, contrastes e outras soluções viscosas podem requerer volumes maiores.
  • Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do CIVP utilizando seringas de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência.
  • Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados).
  • Utilizar técnica da pressão positiva para minimizar o retorno de sangue para o lúmen do CIVP.
  • O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa é reduzido com a sequência: flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante, de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado.

Avaliação

  • Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter ao passo que utilizando as seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência. Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa. Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como, por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados). Não utilizar seringas preenchidas para diluição de medicamentos.
  • Utilizar a técnica da pressão positiva visto que minimiza o retorno de sangue para o lúmen do cateter. O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa, dessa forma é reduzido com a sequência flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado. Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push pause). Estudos in vitro demonstraram que por exemplo, a técnica do flushing com breves pausas, por gerar fluxo turbilhonado, pode ser mais efetivo na remoção de depósitos sólidos (fibrina, drogas precipitadas) quando comparado a técnica de flushing contínuo, que gera fluxo laminar.
  • A principio realizar o flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso.

Cuidados com o sítio de inserção

  • Avaliar o sítio de inserção do CIVP e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, calor, edema, dor e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. Considerar outros sinais como sangramento, hematoma, lesões bolhosas ou abrasivas associadas às coberturas utilizadas. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente.
  • Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas.
  • Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno.
  • Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno.
  • Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto aos cuidados na manutenção do
    cateter e sinais de alerta.

Remoção do cateter

  • Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter.
  • Remover o CIVP tão logo não haja medicamentos intravenosos prescritos e caso o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
  • Trocar o CIVP instalado em situação de emergência (com comprometimento da técnica asséptica) tão logo quanto possível.
  • Remover o CIVP na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento.

Notas:

  • O CIVP não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá: da avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.
  • Para pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o CIVP rotineiramente. Porém, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.

Recomendações

Aos gestores/administradores dos serviços de saúde:

1. Cumprir a legislação/normativa vigente quanto às ações para a segurança do paciente (1, 2), instituindo o NSP e apoiando suas ações.

2. Cumprir a legislação vigente quanto às ações de prevenção e controle das IRAS (14), instituindo a CCIH e apoiando suas ações.

3. Fortalecer a política institucional de segurança do paciente, sendo que a alta gestão do serviço de saúde deve prover meios técnicos, financeiros, administrativos, recursos humanos e materiais (gestão de estoque de produtos) para a prevenção de EA associados a CIVP em serviços de saúde.

4. Engajar os profissionais de saúde nas atividades/estratégias de melhoria da qualidade voltadas para a promoção da segurança do paciente e a excelência na TIVP. Os programas de melhoria da qualidade devem incluir vigilância, monitoramento contínuo, análise das notificações de eventos adversos infecciosos e não infecciosos; práticas de prevenção de infecções; morbidade e taxas de mortalidade associadas a infecção; e indicadores de qualidade do paciente relacionados à infusão e aos EA associados a TIVP. Comparar os resultados obtidos com as bases de dados nacionais.

5. Apoiar a implementação de mudanças nas estruturas ou processos baseadas em dados.

6. Apoiar a promoção de uma cultura de segurança transparente e não punitiva na instituição, estimulando a notificação de EA associados a CIVP, além de óbitos resultantes destes eventos, bem como incentivando a aprendizagem a partir da análise das falhas e instituindo medidas de prevenção destes eventos em serviços de saúde.

7. Assegurar atividades de capacitação dos profissionais no tema para melhorar a qualidade da assistência prestada, em todos os níveis de atenção à saúde.

8. Priorizar a escolha de CIVPs desenvolvidos com dispositivos que previnam conexões incorretas e contribuam para a segurança do paciente.

9. Envolver o paciente e sua família nos cuidados diários para prevenção destes incidentes em serviços de saúde.

Aos profissionais que atuam no NSP, na CCIH e Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres:

1. Implantar Protocolos de Prevenção de EA associados a CIVP nas unidades da instituição.

2. Organizar e apoiar a capacitação dos profissionais da assistência nestes Protocolos.

3. Disponibilizar formulários (impressos ou eletrônicos) para preenchimento de dados de indicadores (flebite).

4. CCIH: Orientar medidas gerais de prevenção de infecção e apoiar as atividades de capacitação.

5. NSP: Notificar os casos de EA associados a CIVP no Notivisa – módulo assistência à saúde, em: https://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmLogin.asp.

6. NSP: no caso de óbitos relacionados à EA associados a CIVP, notificar ao SNVS no prazo de 72 horas e proceder à investigação dentro do prazo de 60 dias. Concluir o processo de notificação do EA, preenchendo as etapas de 5 a 10 do módulo assistência à saúde do sistema Notivisa, utilizando as informações obtidas no processo de investigação, anexando o Plano de Ação para melhoria e prevenção da recorrência do evento na instituição.

7. Divulgar os resultados do monitoramento dos incidentes relacionados à CIVP e investigação destes eventos para a alta direção e equipes.

Aos profissionais que atuam na assistência à saúde:

Além da adoção às principais medidas de prevenção de EA associado a CIVP descritas no item IV deste documento, os profissionais que atuam na assistência à saúde devem:

1. Selecionar dispositivo antes da punção, de acordo com a avaliação do paciente e propriedades do fármaco que será infundido (como no caso de medicamentos irritantes e vesicantes).

2. Identificar todos os cateteres ligados ao paciente para garantir o manuseio seguro.

3. Identificar precocemente quaisquer fatores contribuintes ao EA, adotando as medidas preventivas.

4. Seguir protocolo institucional, adotando as medidas de prevenção de EA associado a CIVP.

5. Participar das atualizações dos procotolos na prevenção de EA associados ao CIVP junto ao NSP, CCIH e Comissão de Terapia Intravenosa e Cateteres.

6. Avaliar pelo menos a cada 4 horas (e a cada 1 a 2 horas em pacientes graves/sedados ou com déficits cognitivos; a cada uma hora em pacientes neonatais/pediátricos; e mais frequentemente em pacientes que recebem infusões de medicamentos vesicantes) o local de inserção do CIVP e região adjacente diariamente, quanto à presença de sinais flogísticos (edema, rubor, sangramento, secreção, dor, calor, endurecimento e drenagem de secreção) e outras complicações como hematoma, equimose, lesões bolhosas e abrasivas associadas às coberturas e estabilizações do CIVP.

7. Remover cateteres, na presença de quaisquer complicações, e quando prescrito.

8. Trocar o local de inserção do dispositivo intravenoso, de acordo com as normas da instituição.

9. Realizar a desinfecção das conexões de CIVP utilizando álcool a 70% e gaze, por três vezes com movimentos circulares, antes de desconectar os sistemas.

10. Proteger o acesso venoso periférico durante o banho.

11. Registrar diariamente os achados do local de inserção do CIVP e região adjacente no prontuário.

12. Realizar a notificação interna de incidentes, incluindo eventos adversos associados a CIVP.

13. Seguir as recomendações do fabricante quanto ao uso dos CIVPs.

Às Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e DF – CECIH e NSP VISA (estaduais/DF/municipais):

1. Reforçar as ações de vigilância, monitoramento, prevenção e mitigação de EA associados a CIVP, apoiando as equipes dos NSP VISA e CECIH, conforme previsto, respectivamente, no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente (4) e Programa nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (PNPCIRAS).

2. Apoiar a ação de análise, acompanhamento e investigação de EA associado a CIVP pelas VISAS distrital, estadual e municipal.

3. Divulgar os resultados do monitoramento de EA associados a CIVP, estimulando a notificação e adoção de outros mecanismos de captação de informação pelos serviços de saúde.

4. Apoiar o processo de capacitação para prevenção de EA associados a CIVP em serviços de saúde.

5. Estimular, promover e monitorar a avaliação anual das práticas de segurança do paciente em serviços de saúde com UTI.

6. Apoiar a o fortalecimento da cultura de segurança nos serviços de saúde.

Indicadores

Indicadores a serem monitorados pelos serviços de saúde:

a) Incidência de perda do acesso vascular periférico
Nº de casos de perda de cateter periférico no período / Nº de pacientes com cateter intravenoso periférico/dia x 100

b) Avaliação para o risco de flebite
Nº de pacientes com avaliação para risco de flebite documentado / Nº de pacientes que receberam inserção de cateter intravenoso periférico/dia X 100

c) Incidência de flebite
Incidência de Flebite = Nº de casos de Flebite no período / Nº de pacientes com acesso venoso/dia x 100

Referências:

  1. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, 2 abr 2013.
  2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 36 de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União 2013;26 jul.
  3. Sistema Nacional de Informações em Vigilância Sanitária – Notivisa. Módulo Assistência à Saúde [Internet]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/notificacoes .
    Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998. Brasília: Diário Oficial da União,13 de maio de 1998. Seção 1, p. 133.
  4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES. Brasília:ANVISA; 2021.
  5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica n° 05/2019. Orientações gerais para a notificação de eventos adversos relacionados à assistência à saúde.
    Brasília:ANVISA; 2019.
  6. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim Incidentes relacionados à assistência à saúde. Resultados das notificações realizadas no Notivisa – módulo
    Assistência à Saúde – Brasil, junho de 2021 a maio de 2022. Brasília: ANVISA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/relatorios-de-notificacao-dosestados/eventos-adversos/brasil/view.
  7. Shekelle PG, et al. Making Health Care Safer II: An Updated Critical Analysis of the Evidence for Patient Safety Practices. Comparative Effectiveness Review No. 211. (Prepared by the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center under Contract No. 290-2007-10062- I.) AHRQ Publication No. 13-E001-EF. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research 44 and Quality. March 2013.
  8. 8. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Capítulo 3 – Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea. Brasília: Anvisa, 2017.
  9. 9. Infusion Nurses Society. Infusion Therapy Standards of Practice. J Infus Nurs. 2016; 39(1S).
  10. European pressure Ulcer advisory panel; National pressure ulcer advisory panel and Pan Pacific Pressure injury alliance. Prevention and treatment of pressure ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline. The International Guideline. Emily Haesler (Ed.). EPUAP/NPIAP/PPPIA; 2019.
  11. Danski MTR, Oliveira GLR, Johann DA, Pedrolo E, Vayego SA. Incidência de complicações locais no cateterismo venoso periférico e fatores de risco associados. Acta paul enferm. 2015 [cited 2021 Dec 11];28(6):517-23. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ape/v28n6/en_1982-0194-ape-28-06-0517.pdf.
  12. Royal College of Nursing (UK). Standards for infusion therapy. 3rd ed. London; 2010 . Available from: http://www.bbraun.it/documents/ RCNGuidlines-for-IV-therapy.pdf.
  13. 13. World Health Organization. The WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. First Global Patient Safety Challenge Clean Care Is Safer Care. Geneva: WHO Press, 2009. 262p.
  14. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 out. 2010.
  15. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS). Disponível em https://www.gov.br/anvisa/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/publicacoes/pnpciras-2016-2020.pdf/view.
  16. Araújo LM, Rocha FC, Araújo GSMM, Medeiros WR, Pennafort VPS, Mendonça AEO. Avaliação e melhoria da qualidade na prevenção de flebite em pacientes com cateter intravenoso periférico.2021[cited 2022 Jul 17]; 10(1):24-33. Available from:  https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/3495/4005
  17. Salgueiro-Oliveira AS, Bastos ML, Braga LM, Arreguy-sena C, Melo MN, Parreira PMSD. Práticas de enfermagem no cateterismo venoso periférico: a flebite e a segurança do paciente doente. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2019, 28:e20180109. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1980-265XTCE-2018-0109
  18. Braga LM, Parreira PM, Oliveira ASS, Mónico LSM, Arreguy-Sena C, Henriques MA. Phlebitis and infiltration: vascular trauma associated with the peripheral venous
    catheter. Rev Latino-Am Enfermagem. [Internet]. 2018 26:(e3002). Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692018000100318&lng=en.

Statlock: Dispositivo para Fixação de Cateteres

O Dispositivo Statlock é uma modernidade quando falamos em “sutura sem fio” para cateteres centrais, e fixação segura para sondas vesicais.

Compostos de tecido de malha livre de látex, que permite troca gasosa, fornecendo uma fixação adicional ao cateter e conforto ao paciente.

Principal Função

Atua como estabilizador sem sutura que traz segurança e redução de riscos de acidentes perfurocortantes, utilizado para preservar a integridade do dispositivo intravenoso de modo a prevenir a migração e perda do cateter.

Tipos

Existem atualmente diversos modelos deste dispositivo, para fixação de Sondas Folley, Cateteres para Hemodiálise, Venosos Centrais e periféricas, de acordo com importância na sua utilização.

Características

Dispositivo auto adesivo, podendo ser removido posteriormente com álcool, composto com a trava de segurança central de encaixe para cateteres.

Cateteres Flexíveis: Fluxos de Infusão

Você certamente deve estar familiarizado para qual indicação cada Cateter Flexível, vulgo “Abocath” tem, para cada situação.

Mas você sabe ao certo a taxa de fluxo de cada um?

É importante levar em consideração essas informações ao escolher o calibre do Abocath a ser colocado no paciente!

Veja Também:

Terapia Intravenosa (TI) e suas Complicações

 

Os Cateteres Agulhados: “Scalp” ou “Butterfly”

Cateteres Flexíveis

 

Cateter Central Totalmente Implantado

 

Cateter Venoso Central (CVC)

 

Cateter Central de Inserção Periférica (PICC)

 

A Via de Administração Intratecal (IT)

 

Los Catéteres: Palomilla o Mariposa

Los Catéteres de Venopunción Periférica, popularmente conocidos como “Palomilla” o “Mariposa”, son hechos de acero inoxidable biocompatible, no flexibles que en la que se doblan bajo resistencia, para infusión de corta duración (alrededor de 24 horas), de bajo se puede utilizar para la administración de medicamentos “In bolus” o “flush” y para pacientes con venas muy finas y comprometidas, como terapia de dosis única, administración de medicamento IV en bolus o para colecta de sangre.

Los Tipos de Terapia Infusional

  • Bolus: tiempo menor o igual a 1 minuto;
  • Infusión rápida: realizada entre 1 y 30 minutos;
  • Infusión lenta: realizada entre 30 y 60 minutos;
  • Infusión continua: tiempo superior a 60 minutos, ininterrumpidamente;
  • Administración Intermitente: no continua, de 6 en 6 horas.

Características físicas de los Catéteres tipo “Palomilla o Maroiposa”

El catéter se compone de los principales elementos:

– Protector de la aguja: Garantiza la integridad de la aguja hasta el momento del uso;

– Asas de empuje / fijación: Facilitan la “empuñadura” durante la punción y la estabilización del dispositivo durante el tiempo de permanencia en la vena;

– Tubo vinílico transparente, atóxico y apirogénico: Permite la visualización del reflujo sanguíneo y / o medicamento infundido, reduciendo el contacto con la sangre;

– Conector hembra Luer-LokTM codificado por colores: Proporciona una conexión segura al equipo y permite la identificación del calibre según el color del conector;

– Paredes finas: Aumenta el flujo interno.

Nota: Todo el dispositivo debe llenarse con la solución que se utilizará en el paciente antes de la administración.

Los calibres de los catéteres y sus indicaciones

Los catéteres se clasifican con números impares, recordando que cuanto menor el número, mayor calibre es de la aguja:

– 19G: Indicado para venas de gran calibre, es decir, vena de adolescente, adulto, anciano, y su instalación compatibiliza el diámetro de la capa interna del vaso (íntima) con el calibre mencionado, sin provocar dilatación de la vena; para infusiones de medicamentos de grandes dosificaciones, recolección de sangre;

– 21G e 23G: Indicado para venas de medio calibre, es decir, vena de adolescente, adulto, anciano, y su instalación compatibiliza el diámetro de la capa interna del vaso (íntima) con el calibre mencionado, sin provocar dilatación de la vena; para infusiones de medicamentos de grandes y medianas dosis, in bolus o flush y recolección de sangre;

– 25G e 27G: Indicado para venas de pequeño calibre, es decir, niños o recién nacidos, siendo su instalación compatibiliza el diámetro de la capa interna del vaso (íntima) con el calibre mencionado, sin provocar dilatación de la vena; para infusiones de medicamentos en bolus o flush, de baja dosificación.

Ventajas y Desventajas

Su principal ventaja es tener una aguja de paredes finas, muy afiladas para los pequeños vasos, posibilitando la inserción difícil a través de la piel resistente.

La desventaja es de ser un catéter no flexible, pudiendo lesionar al miembro que fue puncionado si el paciente dobla el mismo, y pudiendo perforarse accidentalmente; y el estallido de la vena que allí fue puncionado con la falta de cuidado del mismo.

Indicaciones y Contraindicaciones

El catéter palomilla o mariposa, debe ser utilizado para la administración inmediata de medicación, donde no hay necesidad de mantener el acceso en el paciente.

Su principal contraindicación es de nunca usar con solución vesante o irritante.

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Sondaje Vesical

vesical

Sonda vesical o catéter urinario es un tubo de látex, poliuretano o silicona insertado en la uretra hasta la vejiga para recoger orina para exámenes o para inyectar sustancias en el tratamiento de una cistitis (vejiga inflamada).

La Punta Distal

La utilización de los diversos catéteres con puntas distintas dependerá de la patología que el paciente presenta, y también su característica física. Algunas de ellas se insertan sólo en procedimiento quirúrgico.

El Catéter o Sonda de Foley

Hay varios tipos de catéter urinario, por lo tanto, estamos abordando sobre el Catéter Foley o también llamado Sonda permanente.

La sonda se mantiene en su lugar por un balón inflado con agua. Es indicado para condiciones que afectan a los nervios que controlan la vejiga como: espina bífida, esclerosis múltiple, accidente cerebrovascular o lesión medular. También es indicada para enfermedades crónicas debilitantes o terminales con pérdida de movilidad o conciencia que impiden usar el baño o un instrumento de recolección.

Este tipo de cateterismo es muy utilizado a nivel hospitalario, en una gama de procedimientos, incluyendo: Obtención de orina aséptica para exámenes; vaciamiento de la vejiga en pacientes con retención urinaria; preparación quirúrgica y post-cirugía; en pacientes con vejiga neurogénica.

¿Para qué se indica?

Las razones por las que alguien puede no ser capaz de orinar por cuenta propia incluyen:

  • Flujo de orina bloqueado por cálculos renales, coágulos de sangre en la orina o hipertrofia de la próstata;
  • Cirugía de la próstata;
  • Cirugía en el área genital, como una reparación de fractura de cadera o remoción de cáncer pélvico;
  • Lesión de los nervios de la vejiga;
  • Lesión de la médula espinal;
  • Condición que perjudica su función mental, como la demencia vascular;
  • Medicamentos que perjudican la capacidad de los músculos de la vejiga de contraer.

El diámetro del catéter

Los diámetros del catéter son dimensionados por la escala francesa del catéter (Fr), siendo que cada Fr equivale a 0.33 mm. Los diámetros existentes en un catéter urinario son 14Fr, 16Fr, 18Fr, 20Fr, 22Fr.

El clínico selecciona un tamaño lo suficientemente grande para permitir el flujo libre de orina y para evitar la fuga de orina alrededor del catéter. Un tamaño más grande es necesario cuando la orina es espesa, sanguinolenta o contiene sedimentos. Cateteros mayores, sin embargo, son más propensos a dañar la uretra, tienen mayor riesgo de ser colonizados por bacterias y son más difíciles de colocar.

Las vías del catéter

Las sondas de dos vías poseen una vía para drenaje de diuresis y otra para inflar el balón. En las sondas de tres vías, la vía restante se utiliza para el riego de la vejiga. Generalmente se utilizan sondas calibrosas en el postoperatorio de cirugías urológicas, en casos de riego de la vejiga, evitando de esa manera coágulos indeseables.

Los catéteres urinarios y sus complicaciones

  • Agudas: Infecciones urinarias sintomáticas asociadas a corta permanencia del catéter, pudiendo incluir cuadros de hipertermia, pielonefritis aguda pudiendo el paciente evolucionar hacia la sepsis y la muerte.
  • Crónicas: urinarias sintomáticas asociadas a la larga permanencia del catéter, incluyendo obstrucción del catéter, cálculos urinarios, infecciones periurinarias localizadas, inflamaciones renales crónicas y después de muchos años, cáncer de vejiga.

¡Cuidado con el Riesgo de Infección!

La introducción de un catéter de permanencia facilita el aporte de bacterias, llevando la infección del tracto urinario.

Cuidados de Enfermería en el procedimiento de introducción del catéter vesical

El Técnico de Enfermería puede auxiliar al enfermero en el procedimiento de introducción del catéter, dejando los materiales a disposición:

  • Gasas estériles;
  • PVPI;
  • Esparadrapo hipoalergénico;
  • Jeringa de 20 ml o 10 ml;
  • Aguja de 40×20;
  • Ampolla de AD 10 ml;
  • Gel de xilocaína;
  • Colector de orina estéril (sistema cerrado);
  • Sonda Foley con el tamaño predeterminado;
  • En hombres: Una jeringa más para la lubricación del canal urinario con la xilocaína.

El Procedimiento

  • Colocar al paciente en posición (mujer: ginecológica, hombre: piernas extendidas);
  • Posicionar biombo e iluminación;
  • Lavar las manos;
  • Abrir el paquete de sondeo (cateterismo vesical) en una mesa auxiliar con un campo estéril si es posible o sobre el lecho, en el sentido diagonal, colocando una de las puntas bajo la región glútea, teniendo cuidado de no contaminar el embalaje interior estéril;
  • Colocar pvpi en las gasas;
  • Abrir la sonda y el resto del material sobre el campo (gasa, aguja, jeringa);
  • Mujer: colocar xilocaína en la gasa;
  • Abrir la ampolla de agua y ofrecer a quien está pasando el catéter;
  • El enfermero debe calzar los guantes;
  • El mismo probará el Cuff de la sonda (hacer el balón inflar);
  • El mismo aspirará 10 ml de agua destilada sin tocar la ampolla.
  • El mismo debe lubricar 5 cm de la sonda;
  • En el caso de hombres: El enfermero debe preparar la jeringa con 10 ml de xilocaína gel;
  • El mismo debe conectar la sonda al colector;
  • El mismo debe hacer la Antisepsia:

En mujeres: dos bolas de gasa entre la vulva y los grandes labios, dos bolas de gasa entre los pequeños labios, una bola de gasa en el meato urinario;

En hombres: alejar el prepucio y exponer el glande, hacer antisepsia en movimientos circulares o, desde el meato hacia el glande, elevar el pene perpendicularmente al cuerpo del paciente, inyectar 10 ml de xilocaína gel en el meato;

  • El enfermero realizará la introducción de la sonda preconectada a un colector de drenaje de sistema cerrado, bien lubricada por 5 cm a 7 cm en el meato uretral, utilizando técnica aséptica estricta. En caso de mujeres, si la orina no aparece, comprobar que la sonda no está en la vagina. Si está erróneamente posicionada, dejar la sonda en la vagina como un marco indicando dónde no insertar e introducir otra sonda;
  • Insuflar el balón con agua destilada (de acuerdo con los CC descritos en la propia sonda), asegurándose de que la sonda está drenando adecuadamente.
  • Trazar suavemente la sonda hasta sentir resistencia;
  • Fijar la sonda de demora, prendiéndola junto con la bolsa de drenaje, en la cara interna del muslo en mujeres, y en hombres en la región igual, suprapúbica o hipogástrica con esparadrapo del tipo antialérgico;
  • Realizar la anotación de la fecha insertada en la bolsa colectora de orina;
  • Secar el área y mantener a la paciente cómoda;
  • Lavar las manos;
  • Realizar anotación de enfermería, firmar y sellar;
  • Mantener el ambiente de la paciente en orden;

Para la Retirada del catéter vesical

Lo que necesitará:

  • Bolsa de basura para contenidos infeccios; guante de procedimiento; jeringa de 20 ml.
  • Verificar la bolsa colectora (volumen, color, aspecto de la orina);
  • Aspirar el suero fisiológico o AD del CUFF o bolón (mismo volumen que se ha colocado);
  • Retirar la sonda;
  • Despreciar en la basura;

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Flebitis

Flebitis

La flebitis es una de las complicaciones más frecuentes del uso de catéteres venosos periféricos (CVP). Se caracteriza por una inflamación aguda de la vena, causando edema, dolor, incomodidad, eritema alrededor de la punción y un “cordón” palpable a lo largo del trayecto de la vena.

Los principales factores que ocurren en una flebitis en las punciones venosas es larga permanencia de los accesos venosos, y la mala asepsia del vendaje.

Clasificaciones

La flebitis puede clasificarse de acuerdo con los factores causales, que pueden ser químicos, mecánicos o infecciosos:

Mecánico: es predominantemente debido a problemas en el catéter, que causa trauma en el interior de la vena. Esto puede ocurrir en la inserción (uso de dispositivos con calibre grueso para la vena), punción inadecuada (punta del catéter traumatiza la pared de la vena) o manipulación del catéter (desplazamiento).

Química: generalmente está asociada a la administración de medicamentos irritantes / vesicantes, medicamentos diluidos impropiamente, infusión muy rápida o presencia de partículas en la solución que resultan en daño para el endotelio interno de la vena.

Infecciosa: es la inflamación de la vena que está asociada a la contaminación bacteriana. Puede ocurrir debido a la no utilización de técnica aséptica (inserción, manipulación, mantenimiento del dispositivo).

Hay una escala para evaluar las condiciones de la flebitis:

  • Grado 1 – Eritema en el lugar del acceso con o sin dolor;
  • Grado 2 – Dolor en el lugar del acceso con eritema y / o edema;
  • Grado 3 – Dolor en el lugar del acceso eritema y / o edema – Formación de estrías / línea -Cordón venoso palpable;
  • Grado 4 – Dolor en el lugar del acceso eritema y / o edema;
  • Formación de estria / línea;
  • Cordón venoso palpable> 2,5 cm de longitud;
  • Drenaje purulento.

Cuidados de Enfermería con las Punciones Venosas

  • Antes y después de la punción y manipulación del catéter venoso, realizar higiene de las manos con agua y clorexidina de un 2% o con preparación alcohólica cuando las manos no estén visiblemente sucias;
  • Seleccionar el catéter periférico con base en el objetivo pretendido, en la duración de la terapia, viscosidad del fluido, en los componentes del fluido y en las condiciones del acceso venoso. En el cliente adulto, inserte el catéter en el extremo superior;
  • En los clientes pediátricos, se pueden utilizar como lugares de inserción los miembros inferiores y la región de la cabeza;
  • Evitar punzonar áreas de articulaciones;
  • Quitar los dispositivos intravasculares tan pronto como su uso no sea necesario;
  • Realizar antiséptis de la piel con alcohol 70% en la inserción de los catéteres periféricos y no palpar el lugar de la inserción después de la aplicación del antiséptico;
  • Optar por el vendaje de película transparente y cambiarlo: cada nueva punción o cada 7 días o antes de la fecha estipulada si el vendaje está sucio o soltando;
  • Si es necesario utilizar esparadrapo para realizar el vendaje, cambiarlo diariamente después del baño;
  • Se atente a los cambios de los equipos y conexiones según la orientación de la CCIH (las dánulas -torneirinhas- deben ser intercambiadas junto con el sistema de infusión);
  • Realizar desinfección de las conexiones con alcohol 70% por fricción vigorosa con, como mínimo, tres movimientos rotatorios, utilizando gasa limpia;
  • La limpieza y desinfección de la superficie y del panel de las bombas de infusión debe realizarse cada 24 horas y en el cambio de paciente, utilizando producto según recomendación del fabricante;
  • Los catéteres periféricos deberán ser intercambiados cada 72 horas si se confeccionan de teflón y 96 horas si se confeccionan de poliuretano (obs: sin rutina de cambio en pacientes con acceso venoso difícil, neonatos y niños);

Se debe prestar atención a la prescripción médica en relación con:

  • Osmolaridad;
  • pH;
  • Incompatibilidad entre drogas;

– Aplicar la escala de flebitis cada 6 horas y realizar anotación;

– Reconocer su propia limitación al realizar el procedimiento y solicitar ayuda cuando sea necesario;

– Retirar inmediatamente el catéter;

– Aplicar compresas frías en el lugar afectado en la fase inicial para disminuir el dolor, y luego las compresas calientes para promover la vasodilatación y reducir el edema;

– Lavar el miembro;

– Administrar analgésicos, anti inflamatorios y antibióticos cuando se prescriben.

Conheça as Criaturas dos Cateteres Venosos Centrais

Os Cateteres Venosos Centrais de longa permanência são amplamente utilizados em pacientes com necessidade de acesso venoso por período prolongado. A infecção relacionada a esses cateteres permanece um desafio na prática clínica.

São utilizados em situações em que há necessidade de acesso prolongado ou definitivo ao sistema vascular, encontrando uso clínico frequente em hemodiálise, hemoterapia, quimioterapia e nutrição parenteral prolongada (NPP). São manufaturados em silicone ou poliuretano, constituídos de lúmen único ou múltiplo, podendo ser semi ou totalmente implantáveis.

Apresentam complicações diversas relacionadas ao seu implante, à manipulação e à manutenção. A infecção em cateteres de longa permanência constitui complicação de grande morbimortalidade, com riscos e agravos adicionais em pacientes muitas vezes debilitados ou imunossuprimidos, como aqueles submetidos à quimioterapia. Em pacientes em hemodiálise, a referida infecção á causa frequente de reinternações e compõe a segunda causa de morte em tais pacientes.

Epidemiologia

A infecção á a complicação mais grave associada aos cateteres. De uma forma geral, ela ocorre em aproximadamente 19% dos pacientes em uso desse dispositivo, sendo 7% infecções locais e 12% casos de bacteremia associada ao cateter.

Os cateteres semi-implantáveis de longa permanência possuem um trajeto subcutâneo associado a um cuff de dácron capaz de criar fibrose peri cateter reduzindo a chance de infecção em relação aos cateteres de curta permanência, como o duplo lúmen. Os totalmente implantáveis, por não possuírem nenhuma parte exteriorizada, têm índice ainda menores de contaminação.

Nos cateteres semi-implantáveis de longa permanência utilizados em hemodiálise, a infecção á a complicação tardia mais frequente, sendo o Staphylococcus aureus o agente mais isolado, seguido por bacilos gramnegativos e pelo Stophylococcus taagulase negativo.

Os cateteres de Broviac (semi-implantável de lúmen único) e de Hickman (semi-implantável de duplo lúmen) são bastante utilizados em pacientes com NPP. Esses cateteres têm os maiores índices de infecção. Os cateteres totalmente implantáveis (port-o-cath), utilizados para quimioterapia, por não terem nenhuma parte exposta, apresentam índices de infecção menores. A infecção ocorre em 43% dos cateteres semi-implantáveis contra 8% dos totalmente implantáveis em pacientes com câncer.

A bacteremia relacionada ao cateter ocorreu em 4,34% dos cateteres totalmente implantáveis. o Staphylatattus oureis á a bactéria mais prevalente (50% dos casos). relatam apenas 0,3% de infecção da loja do porto e 2,4% de bacteremia relacionada ao cateter.

Como á feito o diagnóstico?

Caracterizar o tipo de infecção do cateter á o primeiro passo para a correta conduta terapêutica. As infecções são divididas em:

  • infecção do óstio:
  • infecção do túnel ou da bolsa;
  • bacteremia relacionada ao cateter.

A infecção do óstio se caracteriza pela hiperemia e/ou saída de secreção purulenta que se estende até 2 cm do orifício por onde se exterioriza o cateter. A infecção do túnel do cateter apresenta hiperemia e/ou saída de secreção por mais de 2 cm do orifício do cateter. Nos cateteres totalmente implantáveis, a hiperemia da loja do porto caracteriza a infecção da loja. A bacteremia relacionada ao cateter há a presença de febre e/ou calafrios em pacientes com cateter venoso central sem outro foco infeccioso aparente. Nesses casos, o paciente deve ser investigado com a coleta de hemoculturas tanto periférica como do próprio cateter

O Tratamento

O tratamento das infecções relacionadas a cateteres depende do tipo de microrganismo presente, do tipo de cateter, dos sintomas sistêmicos e do tipo de infecção. A infecção do óstio apresenta menor gravidade e responde bem a cuidados locais com curativo e tratamento tópico, não sendo necessária a retirada do cateter. A infecção do túnel ou da bolsa não responde bem à antibioticoterapia sistêmica isolada, sendo necessária a retirada do cateter.

O tratamento da bacteremia relacionada ao cateter pode ser feito com locks, antibioticoterapia e remoção do cateter. Por se tratar de acessos de longa permanência, deve-se tentar o “salvamento” desses cateteres, porém sem colocar em risco a saúde dos pacientes.

Que cuidados devemos ter com os Cateteres?

Os cuidados para a prevenção da infecção dos cateteres venosos de longa permanência se iniciam no momento de sua implantação.

Certifique-se de que os profissionais realizam a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel antes e depois de cada atendimento.

Todo o procedimento deve ser realizado em centro cirúrgico, e em casos de Unidades de Terapia Intensiva, alguns tipos de cateteres são implantados no próprio setor, e toda a equipe deve estar paramentada.

paciente deve ser preparado com tricotomia prévia, se necessário. Na sala operatória, a assepsia do local de implantação á feita mediante uso de solução degermante seguido por aplicação de solução alcoólica. paciente é, então, coberto com campos estéreis.

Cada manipulação deve ser precedida de antissepsia adequada. Após a manipulação, o cateter deve receber solução de heparina exatamente no volume indicado no cateter. Isso previne a formação de trombos no lúmen e pericateter, reduzindo a possibilidade de fixação bacteriana e posterior infecção. Existem no mercado soluções bacteriostáticas que podem substituir a heparina. Ambas as soluções devem ser aspiradas antes da nova utilização do cateter.

Os cateteres semi-implantáveis requerem curativos no seu segmento exposto após cada utilização. Já os totalmente implantáveis necessitam curativo até a cicatrização adequada da incisão e ausência de secreções na ferida operatória. Posteriormente, os cuidados habituais de assepsia a manipulação são requeridos.

Cateterismo Vesical de Demora

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