Fio guia para Intubação: A Finalidade

O Fio Guia para Intubação Traqueal Adulto é utilizado para auxiliar a inserção do tubo traqueal durante a intubação do paciente, permitindo boa maneabilidade e mínima fricção entre o tubo traqueal e o guia.

A Característica

Geralmente possui extremidade proximal reta e distal angulada em aproximadamente 20mm de diâmetro, assumindo formato de “J”. Também é esterilizado à óxido de Etileno (ETO), podendo obter de forma reutilizável (re-esterilizável) ou descartável.

Indicações de Uso

  • Facilitar a intubação traqueal em procedimentos anestésico/cirúrgicos de rotina e/ou emergências; 
  • Projetado para dar bom controle direcional durante as intubações orais, têm sua aplicação tanto em situações de rotina como naquelas onde há dificuldade para a exposição adequada da laringe através de laringoscopia (via aérea difícil) e também em emergências da via aérea; 
  • Geralmente utilizado sempre que fatores anatômicos, traumáticos ou patológicos não permitam boa visualização das cordas vocais através de laringoscopia direta; 

Não devem ser utilizados para outros fins que não seja a intubação traqueal. Não deve ser utilizado por pessoas que não são profissionais da saúde e não tenham treinamento adequado para realizar a intubação traqueal. 

Referência:

  1. https://www.utilidadesclinicas.com.br/

Statlock: Dispositivo para Fixação de Cateteres

O Dispositivo Statlock é uma modernidade quando falamos em “sutura sem fio” para cateteres centrais, e fixação segura para sondas vesicais.

Compostos de tecido de malha livre de látex, que permite troca gasosa, fornecendo uma fixação adicional ao cateter e conforto ao paciente.

Principal Função

Atua como estabilizador sem sutura que traz segurança e redução de riscos de acidentes perfurocortantes, utilizado para preservar a integridade do dispositivo intravenoso de modo a prevenir a migração e perda do cateter.

Tipos

Existem atualmente diversos modelos deste dispositivo, para fixação de Sondas Folley, Cateteres para Hemodiálise, Venosos Centrais e periféricas, de acordo com importância na sua utilização.

Características

Dispositivo auto adesivo, podendo ser removido posteriormente com álcool, composto com a trava de segurança central de encaixe para cateteres.

Fios de Suturas: Tipos e Indicações

Uma sutura, conhecida popularmente como pontos cirúrgicos, é um tipo de ligação usada por cirurgiões, para manter unido pele, músculos, vasos sanguíneos e outros tecidos do corpo humano, após terem sido seccionados por um ferimento ou após uma cirurgia nos ossos, os fios usados na cirurgia ou no local do ferimento, o que podemos chamar de Síntese Cirúrgica.

A Síntese Cirúrgica

Tem como função a aposição das bordas do ferimento, facilitando a cicatrização e o processo de restauração.

Para tanto é necessário o uso de materiais como os fios de sutura, sua agulhas etc. Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e instrumentais, destinadas a unir os tecidos separados, restituindo sua continuidade anatômica e funcional.

O Diâmetro das Agulhas

O diâmetro das agulhas é um fator importante a ser considerado deve ser comprida o suficiente para abranger os dois lados da incisão:

  • Diâmetro muito grande resulta em maior trauma tecidual;
  • As agulhas que tiverem proporção entre o diâmetro e comprimento superior a 1:8, tendem a quebrar ou entortar facilmente;
  • Formato varia de acordo com o tecido a ser suturado.

Fio de Sutura Ideal

Não existe um material de sutura ideal, porém alguns dos que existem disponíveis possuem excelentes propriedades:

  • Ser confortável ao usar;
  • Ter boa segurança nos nós;
  • Adequada resistência tênsil;
  • Baixa reação tecidual;
  • Não provocar reações alérgicas;
  • Não ser carcinogênico;
  • Não ser eletrolítico.
  • Não provocar nem manter infecção;
  • Deve manter a tensão de estiramento até servir ao seu propósito, mantendo as bordas das feridas aproximadas pelo menos até a fase de proliferação;
  • Ser resistente ao meio no qual atua;
  • Se for absorvível, ter seu tempo de absorção previsível;
  • Se for inabsorvível, que seja encapsulado sem complicações;
  • Não ser capilar e sim monofilamentar;
  • Baixo custo.

Fios de Sutura Absorvíveis

Os fios de sutura absorvíveis vão perdendo gradualmente sua resistência até serem hidrolisados ou fagocitados e são utilizados para suturas invasivas.

São eles:

De Origem Orgânico ou Natural

  •  Categute simples
    • Tempo de absorção: 7 – 10 dias;
    • Reação com o tecido: Grande;
    • Uso: Ligar vasos hemorrágicos, anastomoses intestinais e fechamento de plano subcutâneo;
    • Características: Sintético, trançado e maior incidência de infecções.
  • Categute cromado
    • Tempo de absorção: 21 – 28 dias;
    • Reação com o tecido: Grande;
    • Uso: Igual ao simples;
    • Características: Obtido de intestino de boi ou carneiro e tratado com cromo.

De Origem Sintética

  • Ácido poligalático (Vycril)
    • Tempo de absorção: 14 – 30 dias;
    • Reação com o tecido: Mínima;
    • Uso: Fechar aponeuroses e subcutâneo;
    • Características: Fio sintético, trançado e maior chance de infecções.
  •  Polidiaxona (PDS)
    • Tempo de absorção: 14 – 30 dias;
    • Reação com o tecido: Mínima;
    • Uso: Anastomoses intestinais e urológicas; os mais calibrosos podem ser utilizados em aponeuroses. Uso permitido em presença de infecção;
    • Características: Monofilamentar, incolor ou violeta e de difícil manejo pela rigidez.

Fios de Sutura Inabsorvíveis

Os fios de sutura não absorvíveis se mantém no tecido onde foram colocados e são utilizados para suturas externas.

De Origem Orgânico ou Natural

  • Seda
    • Mantém tensão por aproximadamente 1 ano;
    • Reação com o tecido: Baixa;
    • Uso: Ligaduras vasculares e mucosa oral;
    • Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não deve ser utilizado na presença de infecção.
  • Algodão
    • De 6 meses a 2 anos, mantendo boa tensão;
    • Reação com o tecido: Baixa;
    • Uso: Ligaduras vasculares e mucosa oral;
    • Características: Filamento proteico, fácil manuseio e fixação. Não deve ser utilizado na presença de infecção.

De Origem Sintética

  • Nylon
    • Degradação em 2 anos aproximadamente;
    • Reação com o tecido: Mínima;
    • Uso: Suturas dérmicas;
    • Características: Mono ou polifilamentar. Pode ser preto, verde ou branco.
  • Polipropileno (Prolene)
    • Mantém-se por tempo indefinido, mantém tensão por anos;
    • Reação com o tecido: Mínima;
    • Uso: Intradérmico, fáscia e microvascular;
    • Características: Monofilamentar. Pode ser utilizado em contaminação ou infecção. Incolor ou azul.

Diâmetro dos Fios de Sutura

O diâmetro do fio é determinado em milímetros e expresso em zeros. Quanto menor o calibre do fio, maior o número de zeros.

Menor calibre: n° 12-0 (diâmetro de 0,001 a 0,01 mm).

Maior calibre: n° 3 (diâmetro de 0,60 a 0,80 mm).

Ordem dos Diâmetros

12-0, 11-0, 10-0, 9-0, 8-0, 7-0, 6-0, 5-0, 4-0, 3-0, 2-0, 0, 1, 2, 3.

Usam-se fios mais finos em tecidos mais delicados e em locais sem tensão e fios mais grossos em tecidos mais grosseiros ou em tecidos com mais tensão.

Eis alguns exemplos dos fios com diâmetros mais utilizados:

  • Fio 6-0: Mais fino. Utilizado em face e áreas com importância estética;
  • Fio 5-0: Utilizado em suturas da mão e dedos;
  • Fio 4-0: Utilizados para reparo de extremidades proximais e tronco;
  • Fio 3-0: Fio de grande calibre, utilizado para planta do pé e escalpo;
  • Fio 2-0: Couro cabeludo.

Acrescentando, os fios de sutura finos 6-0 a 4-0 são indicados para uso em cirurgias plásticas, microcirurgias, reconstruções de estruturas finas, suturas de pele e cirurgias vasculares.

Já os fios de sutura intermediários, entre 3-0 a 1-0 são usados em cirurgias abdominais e ginecológicas. Fios grossos, de 1 a 3, são utilizados em cirurgias abdominais ou torácicas sobre regiões de grande tensão, músculos, entre outros.

Referências

  1. GOFFI, Fabio Schmidt, 1922 -Técnica Cirúrgica -Bases Anatômicas, Fisiopatológicas e Técnicas da Cirurgia – 4 ed. 2001.
  2. HOCHBERG J., MEYER K. M., MARION M. D. Suture choice and methods of skin closure. Surg. Clin. N. Am. 89; 627 a 641, 2009.
  3. MAGALHÃES, Helio Pereira de, 1938 -Técnica cirúrgica e cirurgia experimental/ Helio Pereira de Magalhães. São Paulo: Sarvier, 1996.
  4. SARDENBERG T., MULLER S. S. , SILVARES P. R. A., MENDONÇA A. B., MORAES R. R. L. Avaliação das propriedades mecânicas e dimensões de fios de sutura utilizados em cirurgias ortopédicas. Acta. Ortop. Bras. 11 (2), Abr./Jun., 2003.