Forma fácil de lembrar das insulinas

insulinas

Talvez uma forma mais fácil de lembrar quais os tipos mais comuns de insulinas que temos 🙂

Antidiabéticos Orais

Antidiabéticos Orais

Hoje em dia é muito difícil não ter nenhum parente ou não conhecer alguém com diabetes. Infelizmente, os casos dessa doença aumentam exponencialmente a cada ano, tornando-a uma epidemia mundial.

Vamos abordar as quatro classes mais antigas de antidiabéticos orais: Biguanidas, Sulfaniuréias, Meglitinidas e Inibidores de Alfa Glucosidade. Provavelmente, quem conhece um paciente diabético já deve ter ouvido falar em algumas delas.

Sulfaniuréias

As sulfonilureias (SU) são os primeiros hipoglicemiantes orais e os mais amplamente utilizadas para o tratamento de diabetes tipo 2. São secretagogos porque atuam estimulando a secreção de insulina pelas células betapancreáticas. Reduzem a glicemia em cerca de 20%. Também podem aumentar a sensibilidade à insulina dos tecidos, aumentar o consumo de glicose e suprimir a produção de glicose pelo fígado, mas esses efeitos são pouco visíveis na clínica.

A primeira geração (tolbutamida, acetohexamida, tolazamida e clorpropamida) deixou de ser usada por perder sua eficácia rápido e causar mais efeitos colaterais, como ganho de peso e hipoglicemia. Atualmente se usam sulfonilureias de segunda geração em diabetes leves e recentes. Seus nomes começam com “Gli-” e terminam com “-ida.

Biguanidas

Atuam prevenindo a produção de produção de glicose pelo fígado, melhorando a sensibilidade à insulina dos receptores e reduzindo a quantidade de açúcar absorvida pelo intestino. A metformina é o medicamento de primeira linha para iniciar o tratamento da diabetes tipo 2, a menos que haja uma contra-indicação, como doença renal, doença hepática, intolerância gastrointestinal ou risco aumentado de acidose láctica. Não causa aumento de peso nem hipoglicemia, mas causa problemas gastrointestinais e acidose láctica.

-Metformina
-Fenformina
-Buformina

Meglitinidas/Glinidas

As Meglitinidas tem eficácia clínica semelhante ao das sulfonilureias e também atuam sobre as células beta do pâncreas promovendo a secreção de insulina (ou seja, são secretagogos). Se diferenciam por ter ação mais rápida e estrutura química muito diferente. Deve ser tomado antes de cada importante refeição para evitar hiperglicemia. Causam menos hipoglicemia e ganho de peso.

-Repaglinida
-Nateglinida

Tiazolidinedionas/glitazonas

As tiazolidinedionas (TZD), também conhecidas como “glitazonas”, influenciam os genes a aumentar a produção de enzimas sensíveis a insulina para melhorar a utilização da glicose pelas células. Assim, aumentam a entrada de glicose aos músculos, reduzem a produção de glicose no fígado, reduzem a concentração plasmática de insulina e reduzem o colesterol ruim (VLDL). Esses mecanismos ajudam a melhorar a sensibilidade de todo o corpo à insulina. Porém, causam aumento de peso e edemas periféricos. Podem ser combinados a metformina.

-Rosiglitazona, retirado do mercado europeu em 2010 por aumentar o risco de problemas cardíacos.
-Pioglitazona, seguro para pacientes com problemas cardíacos, mas pode causar problemas hepáticos.

Inibidores da alfa-glicosidase

Os “inibidores da alfa-glicosidase” (IAG) inibem as enzimas gastrointestinais que convertem o amido e outros carboidratos complexos consumidos em açúcares simples (glicose, frutose e lactose), mais fáceis de serem absorvidos. Assim, retardam a absorção de glicose após as refeições evitando crises de hiperglicemia. São seguros para pacientes com problemas cardíacos e podem ser combinados com metformina. Seus efeitos colaterais mais comuns são diarreia, flatulência e dor de barriga.

-Miglitol (Gliset/Diastabol)
-Acarbose (Precose/Glucobay)
-Voglibose (Volix)

Referência:

 Diabetes Mellitus, Alvin C. Powers in Harrison’s Principles of Internal Medicine, 18th edition, Chapter 345, ISBN 978-0071748896

Veja mais em:

Sistema Endócrino e seus Hormônios

Conhecer as principais glândulas endócrinas e seus hormônios é fundamental para a compreensão do funcionamento do organismo!

Os hormônios são substâncias produzidas pelas chamadas glândulas endócrinas. Essas glândulas produzem secreções que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. No nosso corpo, o conjunto dessas glândulas forma o chamado sistema endócrino.

A seguir conheceremos as principais glândulas endócrinas e seus hormônios:

Hipotálamo

  • Fator inibidor da prolactina (PIF) – Inibe a produção de prolactina pela hipófise;
  • Hormônio liberador da corticotrofina (CRH) – Estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico;
  • Hormônio liberador da tireotrofina (TRH) – Estimula a secreção do hormônio tireoestimulante;
  • Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) – Estimula a liberação dos hormônios folículo estimulante e luteinizante;
  • Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – Estimula a secreção do hormônio do crescimento;
  • Ocitocina ou oxitocina – Estimula a contração do útero e a expulsão do leite. Esse hormônio, apesar de ser sintetizado no hipotálamo, é armazenado na porção da hipófise denominada de neuro-hipófise;
  • Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH) – Promove a reabsorção de água pelos rins. Assim como a ocitocina, esse hormônio, após a síntese, é armazenado na neuro-hipófise.

Hipófise ou Glândula Pituitária

  • Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula a liberação de hormônios pelo córtex das suprarrenais;
  • Hormônio do crescimento (GH) – Promove o desenvolvimento de ossos e cartilagens, acelerando o crescimento do organismo;
  • Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – Promove a espermatogênese no homem e, na mulher, estimula o crescimento dos folículos ovarianos;
  • Hormônio luteinizante (LH) – No homem, estimula a produção de testosterona e, na mulhe,r atua na maturação do folículo ovariano e na ovulação;
  • Hormônio Tireoestimulante (TSH) – Estimula a secreção dos hormônios da tireoide;
  • Prolactina – Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias.

Glândula pineal

  • Melatonina – Atua, principalmente, regulando o sono, mas possui funções imunomoduladoras, anti-inflamatórias, antitumorais e antioxidantes.

Tireoide

  • Calcitonina – Diminui os níveis de cálcio no sangue. Possui ação contrária à do paratormônio;
  • Tiroxina – Atua no metabolismo e na respiração celular;
  • Tri-iodotironina – Atua no metabolismo e na respiração celular.

Paratireoide

  • Paratormônio – Aumenta o nível de cálcio no sangue. Possui ação contrária à da calcitonina.

Suprarrenais

Córtex da suprarrenal:

  • Aldosterona – Promove a reabsorção do sódio, garantindo o equilíbrio eletrolítico;
  • Cortisol – Provoca aumento na concentração de glicose no sangue e na mobilização de aminoácidos do músculo esquelético para o fígado.

Medula da suprarrenal

  • Adrenalina e Noradrenalina – Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina.

Quando uma pessoa vive uma situação de estresse (susto, situações de grande emoção etc.), o sistema nervoso estimula a medula adrenal a liberar adrenalina no sangue. Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos da pele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa a se concentrar nos músculos e nos órgãos internos, preparando o organismo para uma resposta vigorosa.

A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência.

A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.

Pâncreas

  • Insulina – Aumenta a captação de glicose pelas células, a síntese de glicogênio e estimula a síntese de proteínas;
  • Glucagon – Promove a gliconeogênese (síntese de glicose) no fígado;
  • Somatostatina – Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e modula a secreção da insulina e glucagon;
  • Amilina – A amilina é um hormônio do tamanho de um peptídeo que é produzida e liberada pelas mesmas células beta do pâncreas, como a insulina. A função da amilina ainda não está completamente compreendida, desde que foi descoberta recentemente, nos últimos 20-25 anos; no entanto, os cientistas estão começando a reconhecer a relevância que esse hormônio desempenha no corpo e como é importante para o controle da glicose;
  • Polipeptídeo Pancreático – Tem como objetivo inibir o pâncreas exócrino e reduzir a libertação da somatostatina;
  • Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago.

Testículos

  • Testosterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais masculinas e estimula a espermatogênese;
  • Estradiol – É um hormônio, que na qual, em anatomia masculina, atua como importantes efeitos comportamentais. Altos níveis de estradiol são relacionados com uma redução do comportamento competitivo, agressivo e de dominância;
  • Inibina –   é um hormônio cuja função principal é a inibição da produção de Hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise. É antagonista (tem efeito oposto) da activina. Existem dois tipos: Inibina A e Inibina B;
  • Androgênicos – Um hormônio masculino produzido pelos testículos a partir do colesterol. Na verdade, são substâncias modificadas quimicamente, a partir da molécula de testosterona, tendo como objetivos diminuir a velocidade de degradação do hormônio original, bem como, tentar evitar os seus efeitos masculinizantes (androgênicos).

Ovários

  • Estrógeno – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e o aumento do endométrio;
  • Progesterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e garante a manutenção do endométrio;

Estômago

  • Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago;
  • Grelina – Também conhecida como o “hormônio da fome”, é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome;
  • Histamina – As células enterocromafins após estímulo da gastrina produz o hormônio histamina que também estimula a secreção de ácido pela estimulação dos receptores H2 das células parietais. A histamina é um cofator necessário para estimular a produção de ácido clorídrico;
  • Neuropeptídeo Y – É um hormônio estimulador de apetite.

Timo

  • Timosina – é um hormônio polipeptídico do timo que influi na maturação dos linfócitos T destinados a desempenhar uma função ativa na imunidade por mediação celular. A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos hipofisário-suprarrenal e das gônadas. Também colabora para a neutralização dos efeitos danosos do cortisol.

Fígado

  • Colecistocinina – é uma hormônio gastro-intestinal (GI) que estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas, com digestão de gordura e proteínas. Está relacionado com a digestão e com a sensação de saciedade;
  • Angiotensinógeno – é um hormônio que aumenta a pressão sanguínea quando ativado pela renina.

Cetoacidose Diabética (CAD)

Cetoacidose Diabética
A Cetoacidose Diabética ou CAD é causada por deficiência relativa ou absoluta de insulina e elevação do nível dos hormônios contra-regulatórios (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento), com conseqüente aumento da gliconeogênese, glicogenólise, alteração na utilização periférica da glicose, lipólise e transformação dos ácidos graxos livres em corpos cetônicos, sendo considerado uma grave emergência médica.
QUAIS SÃO OS FATORES DESENCADEANTES?
Não adesão ao tratamento do DM, infecção, uso inadequado de insulina, alimentação incoerente a do paciente com DM, uso de alguns imunossupressores, altas doses de glicocorticóides, trauma, pancreatite, interrupção inapropriada de insulina com infusão contínua.
QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?
Polidpsia, fraqueza, poliúria, náuseas, vômitos, desidratação, emagrecimento, hálito cetônico, febre associada à infecção, turgor da pele diminuído, alteração do estado mental, hiperventilação compensatória, respiração de Kusmaull, mucosas e pele secas.
* Respiração de Kussmaul: Respirações profundas-hiperventilação na tentativa de diminuir a acidose.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PROFISSIONAL TÉCNICO
As principais intervenções de enfermagem têm por objetivos impedir a cetogênese, corrigir a hiperglicemia, a desidratação, os desequilíbrios eletrolítico e ácido-básico.
· Lavar as mãos antes de cada atividade de cuidado do paciente e após as mesmas, com o objetivo de evitar o risco de infecção;
Oferecer dieta para diabéticos e incentivar ingestão hídrica;
· Monitorizar sinais vitais a cada 15 min, até que a condição do paciente esteja estável. A seguir a cada 1 hora. Comunicar ao médico em relação a: FC > 120 bpm ou PA < 90/60 ou redução > 20 mmHg a partir dos dados iniciais. Avaliar e registrar a freqüência e profundidade da respiração;
· Instalar e controlar rigorosamente a hidratação EV, conforme prescrito. Ficar atento a sinais de sobrecarga hídrica: distensão da veia jugular, dispnéia, crepitações (estertores), PVC > 6 mmHg;
· Se prescrito, instalar e controlar as soluções de reposição de eletrólitos e bicarbonato;
· Realizar glicemia capilar de acordo com prescrição médica, de enfermagem ou protocolo de insulina;
· Instalar e controlar rigorosamente a infusão contínua de insulina regular endovenosa em bomba de infusão, prescrita pelo médico ou conforme procedimento de controle da glicemia;
· Monitorizar a glicose do sangue enquanto usar infusão de insulina. Comunicar ao médico, se a glicose do sangue cair mais rápido do que 100 mg/dL/h, ou se cair para < 250 a 300 mg/dL;
· Se a opção médica for não utilizar infusão contínua de insulina endovenosa, a administração de insulina regular deve ser feita por via intramuscular (IM) ou subcutânea (SC), sob prescrição.
· Avaliar sinais de hipoglicemia como: sudorese, taquicardia, sonolência, desorientação.
· Monitorizar Balanço Hídrico. Observar estado hídrico, mucosa oral seca, redução no débito urinário< 0,5ml/kg/h, comunicar alterações.
· Monitorizar arritmias cardíacas, inclusive distúrbio do ritmo e da condução.
· Avaliar o nível de consciência e o estado respiratório, em especial, desobstrução de vias aéreas, a intervalos freqüentes. Manter material de intubação, ambu e máscara, além de oxigênio suplementar, à cabeceira. Avisar o médico a respeito de mudança na condição do paciente.
· Evitar o uso de procedimentos invasivos uma vez que o paciente com diabete corre maior risco de infecção bacteriana. Trocar curativos de inserção do cateter central e trocar os acessos periféricos, conforme a padronização institucional. Os cateteres centrais devem ser retirados assim que possível.
· Usar técnica asséptica de forma criteriosa ao inserir ou manipular os cateteres.

Insulina

Insulina

O termo insulina é muito conhecido pelas pessoas, estando associado à diabetes. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é importante por permitir que a glicose entre nas células e seja transformada em energia para o corpo.

Os portadores de diabetes fazem uso da insulina por não a produzirem de modo suficiente ou pelo corpo não a usar da forma correta; também é possível que o seu uso seja necessário em ambos os casos.

Tipos de Insulina

A insulina regular é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.

A Insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas.

Há alguns anos vem sendo desenvolvido pelas indústrias farmacêuticas um tipo especial de insulina, chamado análogo de insulina. Estes análogos são moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas.

Entre os análogos de insulina, são encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.

Existe ainda um tipo de insulina chamado de pré-mistura, que consiste de preparados especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50 e 70:30.

Escolha da Seringa:

A escolha da seringa deve ser feita de acordo com a dose (quantidade) de insulina recomendada pelo médico:

1. Seringas com capacidade para 100 unidades de insulina: para quem utiliza quantidades superiores a 50 unidades por aplicação;

2. Seringas com capacidade para até 50 unidades de insulina: é a mais adequada para quem utiliza quantidades inferiores a 50 unidades por aplicação;

3. Seringas com capacidade para até 30 unidades de insulina: é a melhor opção para quem utiliza quantidades inferiores a 30 unidades por aplicação.

As seringas têm escala de graduação em unidades, acompanhando a concentração da insulina que também é em unidades (U-100):

a) Seringas com graduação de 2 em 2 unidades, ou seja, cada traço (linha) corresponde a 2 unidades

b) Seringas com graduação de 1 em 1 unidade, ou seja, cada traço corresponde a 1 unidade.

Tipos de Seringa:

Com Agulha Removível (não fixa no corpo da seringa): apresenta um espaço morto, podendo reter até 5UI de insulina, que não é computada na escala numérica nem administrada ao paciente, ocorrendo, a cada aplicação, desperdício destas unidades. Esta seringa não pode ser utilizada na mistura de dois tipos de insulina na mesma seringa, pois ocorrerá erro na dosagem. De acordo com a técnica de mistura, ocorrerá uma superdosagem da insulina rápida ou ultra-rápida (aproximadamente 5 UI) e, consequentemente, 5 UI a menos de insulina NPH. Neste caso, a opção é realizar duas aplicações. Apresentação em tamanho de 12,7 mm.

Com Agulha Fixa (fixa no corpo da seringa): tem apresentação com capacidade diferenciada, isto é, 30 unidades, 50 unidades e 100 unidades para prescrição de até 30, 50 e 100 unidades por aplicação, respectivamente. Lembrando que, nas duas primeiras, a graduação da escala é de 1 em 1 unidade e que, na última, é de 2 em 2 unidades. Nestas apresentações aumentam as opções em tamanho de agulhas: 12,7 x 0,33 mm, 8 x 0,30 mm e 6 x 0,25 mm.

Tamanho da agulha para seringas

A insulina deve ser aplicada com pequenas agulhas para chegar somente até o tecido subcutâneo.

Escolha do tamanho das agulhas

Crianças e adolescentes

Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm

  • Agulhas de 4 mm: aplicar com ângulo de 90 graus, sem prega cutânea.
  • Agulhas de 5 mm: aplicar com ângulo de 90 graus, sem prega cutânea.
  • Agulha de 6 mm: Aplicar com ângulo de 90 graus com prega cutânea.

Seringas: agulhas de 6 ou 8 mm

  • Agulha de 6mm: Aplicar com ângulo de 90 graus e prega cutânea.
  • Agulha de 8mm: Aplicar com ângulo de 45 graus e prega cutânea.

Adultos

Agulhas de 4, 5, 6 ou 8 mm podem ser usadas por qualquer adulto, incluindo os obesos.

Canetas

Agulhas: 4, 5, 6 ou 8 mm

  • Agulhas 4 e 5 mm: fazer ângulo de 90 graus sem prega cutânea.
  • Agulhas de 6 mm: fazer ângulo de 90 graus sem prega cutânea (se muito magro, fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea).
  • Agulhas de 8 mm: fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea.

Seringas: agulhas de 8 mm

  • Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea.

Observação: Agulhas de 12,7 mm não devem ser utilizadas.

Atletas

Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm

  • Fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea

Seringas: agulhas de 8 mm

  • Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea

Gestantes

Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm

  • Fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea.

Seringas: agulha de 8 mm

  • Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea.

Técnica de Administração de Insulina ao Técnico de Enfermagem:

Material Necessário: Seringa e Agulha, algodão, álcool 70% e medicamento (insulina conforme a prescrição médica)
Procedimento:

– Lavar as mãos;
– Explicar o procedimento ao paciente;
– Retirar o frasco de insulina da geladeira 10 a 20 minutos antes da aplicação;
– Rolar o frasco entre as mãos sem agitar com no mínimo 20 movimentos;
– Realizar a assepsia do frasco com algodão embebido em álcool 70%;
– Aspirar a quantidade de ar na seringa;
– Injetar o ar dentro do frasco para melhor retirada da insulina;
– Virar o frasco e a seringa para baixo, aspirando a quantidade de unidades conforme a prescrição médica;
– Retirar o ar que esteja presente na seringa;
– Selecionar a área de aplicação, tendo os cuidados mencionados anteriormente no rodízio de áreas para aplicação;
– Fazer assepsia da área com algodão;
– Fazer prega na pele e introduzir a seringa em ângulo de 90º e após soltar a prega;
– Administrar a quantidade de insulina que consta na seringa;
– Retirar a seringa e após fazer uma leve compressão com algodão e álcool 70%;
– Organizar o material utilizado;
– Lavar as mãos e registrar no prontuário.

Notas complementares

1 – Ao encontrar presença de sangue na aplicação da insulina, seguir o seguinte: sangue em pequena quantidade, continuar a administração, sangue em grande quantidade, interromper a administração e preparar nova dose de insulina (Ministério da Saúde).
2 – O tamanho da agulha é avaliado pelo profissional segundo o tipo físico do paciente.
3 – A prega cutânea deve ser feita antes da introdução da agulha e soltando antes da introdução da insulina.
4 – O ângulo de aplicação deverá ser de 90°C, entretanto caso a agulha seja maior que a indicada em alguns pacientes magros e crianças é necessário uma avaliação e utilização de ângulos de 45 ou 60°C (Associação Americana dos Diabéticos, 2004).
5 – A aspiração após a introdução da agulha não é necessária quando se está utilizando os instrumentos corretos (Associação Americana dos Diabéticos, 2004).
6 – O reuso das agulhas e seringas em serviços hospitalares públicos e privados é proibido pela Divisão de Medicamentos no Brasil (DIMED), por meio da Portaria nº 3 de 07/02/86, incluindo a utilização do material no mesmo paciente.

8 – O reuso das agulhas e seringas pelos pacientes diabéticos que fazem insulinoterapia em casa é controverso na literatura, uma vez que alguns autores trazem a reutilização como uma forma de complicação que pode ocasionar lesão local por infecção, sendo isso para um diabético um problema relevante. Por outro lado, o Ministério da Saúde (2006) considera como adequada a reutilização por até oito aplicações sempre pela mesma pessoa, mantendo-se os seguintes cuidados: a seringa deve ser retampada e guardada em temperatura ambiente ou sob refrigeração (gaveta ou porta da geladeira), ainda considerar que o paciente deve estar com ausência de feridas abertas nas mãos e livre de infecções de pele nos locais da aplicação; o diabético deve ter destreza manual, ausência de tremores e boa acuidade visual, sendo capaz de reencapar a agulha com segurança.A limpeza da agulha não deve ser feita com álcool, porque é capaz de remover o silicone que a reveste, tornando a aplicação mais dolorosa. As seringas reutilizadas devem ser descartadas quando a agulha se torna romba, curva ou entra em contato com alguma superfície diferente da pele e logo que a aplicação se torne muito mais dolorosa. É importante salientar que esta reutilização é empregada apenas aos pacientes que fazem uso de insulina domiciliar, nunca em hospitais.

9 – O paciente deve sempre ser orientado sobre o descarte do material perfurocortante em recipiente apropriado.
10 – Algumas insulinas podem ser prescritas e administradas conjuntamente no paciente, entretanto, é importante que o profissional de enfermagem tenha conhecimento de quais podem ser misturadas para a aplicação na mesma seringa, conforme consta abaixo:

– Mistura de NPH + Regular: pode ser feita e utilizada imediatamente ou armazenada em refrigerador para uso em 30 dias.
– Mistura de NPH + Ultrarrápida: pode ser feita e deverá ser utilizada imediatamente após o preparo.
– Mistura de Regular + Lenta: não tem indicação.
– Glargina ou Detemir + qualquer tipo de insulina: não pode ser misturada devido ao Ph baixo do diluente.

Nos casos em que houver a mistura das insulinas seguindo as orientações anteriores, a técnica é a mesma da citada na administração da insulina, incluindo:

– Primeiramente aspira-se a quantidade de ar que consiste as unidades de insulina NPH e injeta-se o ar dentro de frasco de insulina NPH;
– Após o mesmo procedimento com a insulina regular, já aspirando a quantidade de insulina para a seringa;
– Por último aspira-se a quantidade de insulina NPH, sendo que o ar já foi injetado anteriormente.

Na hipótese de se aspirar quantidades superiores às prescritas, de forma alguma recolocar as insulinas nos frascos. Desprezar e realizar o procedimento novamente.