Talvez uma forma mais fácil de lembrar quais os tipos mais comuns de insulinas que temos 🙂
Sistema Endócrino
Veja alguns dos principais assuntos relacionados ao Sistema Endócrino, como: insulinas, glucagon, diabetes, glândula tireoide, ciclo menstrual, etc..
Forma fácil de lembrar das insulinas
Antidiabéticos Orais
Hoje em dia é muito difícil não ter nenhum parente ou não conhecer alguém com diabetes. Infelizmente, os casos dessa doença aumentam exponencialmente a cada ano, tornando-a uma epidemia mundial.
Vamos abordar as quatro classes mais antigas de antidiabéticos orais: Biguanidas, Sulfaniuréias, Meglitinidas e Inibidores de Alfa Glucosidade. Provavelmente, quem conhece um paciente diabético já deve ter ouvido falar em algumas delas.
Sulfaniuréias
As sulfonilureias (SU) são os primeiros hipoglicemiantes orais e os mais amplamente utilizadas para o tratamento de diabetes tipo 2. São secretagogos porque atuam estimulando a secreção de insulina pelas células betapancreáticas. Reduzem a glicemia em cerca de 20%. Também podem aumentar a sensibilidade à insulina dos tecidos, aumentar o consumo de glicose e suprimir a produção de glicose pelo fígado, mas esses efeitos são pouco visíveis na clínica.
A primeira geração (tolbutamida, acetohexamida, tolazamida e clorpropamida) deixou de ser usada por perder sua eficácia rápido e causar mais efeitos colaterais, como ganho de peso e hipoglicemia. Atualmente se usam sulfonilureias de segunda geração em diabetes leves e recentes. Seus nomes começam com “Gli-” e terminam com “-ida.
Biguanidas
Atuam prevenindo a produção de produção de glicose pelo fígado, melhorando a sensibilidade à insulina dos receptores e reduzindo a quantidade de açúcar absorvida pelo intestino. A metformina é o medicamento de primeira linha para iniciar o tratamento da diabetes tipo 2, a menos que haja uma contra-indicação, como doença renal, doença hepática, intolerância gastrointestinal ou risco aumentado de acidose láctica. Não causa aumento de peso nem hipoglicemia, mas causa problemas gastrointestinais e acidose láctica.
-Metformina
-Fenformina
-Buformina
Meglitinidas/Glinidas
As Meglitinidas tem eficácia clínica semelhante ao das sulfonilureias e também atuam sobre as células beta do pâncreas promovendo a secreção de insulina (ou seja, são secretagogos). Se diferenciam por ter ação mais rápida e estrutura química muito diferente. Deve ser tomado antes de cada importante refeição para evitar hiperglicemia. Causam menos hipoglicemia e ganho de peso.
-Repaglinida
-Nateglinida
Tiazolidinedionas/glitazonas
As tiazolidinedionas (TZD), também conhecidas como “glitazonas”, influenciam os genes a aumentar a produção de enzimas sensíveis a insulina para melhorar a utilização da glicose pelas células. Assim, aumentam a entrada de glicose aos músculos, reduzem a produção de glicose no fígado, reduzem a concentração plasmática de insulina e reduzem o colesterol ruim (VLDL). Esses mecanismos ajudam a melhorar a sensibilidade de todo o corpo à insulina. Porém, causam aumento de peso e edemas periféricos. Podem ser combinados a metformina.
-Rosiglitazona, retirado do mercado europeu em 2010 por aumentar o risco de problemas cardíacos.
-Pioglitazona, seguro para pacientes com problemas cardíacos, mas pode causar problemas hepáticos.
Inibidores da alfa-glicosidase
Os “inibidores da alfa-glicosidase” (IAG) inibem as enzimas gastrointestinais que convertem o amido e outros carboidratos complexos consumidos em açúcares simples (glicose, frutose e lactose), mais fáceis de serem absorvidos. Assim, retardam a absorção de glicose após as refeições evitando crises de hiperglicemia. São seguros para pacientes com problemas cardíacos e podem ser combinados com metformina. Seus efeitos colaterais mais comuns são diarreia, flatulência e dor de barriga.
-Miglitol (Gliset/Diastabol)
-Acarbose (Precose/Glucobay)
-Voglibose (Volix)
Referência:
Diabetes Mellitus, Alvin C. Powers in Harrison’s Principles of Internal Medicine, 18th edition, Chapter 345, ISBN 978-0071748896
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Sistema Endócrino e seus Hormônios
Conhecer as principais glândulas endócrinas e seus hormônios é fundamental para a compreensão do funcionamento do organismo!
Os hormônios são substâncias produzidas pelas chamadas glândulas endócrinas. Essas glândulas produzem secreções que são lançadas diretamente na corrente sanguínea. No nosso corpo, o conjunto dessas glândulas forma o chamado sistema endócrino.
A seguir conheceremos as principais glândulas endócrinas e seus hormônios:
Hipotálamo
- Fator inibidor da prolactina (PIF) – Inibe a produção de prolactina pela hipófise;
- Hormônio liberador da corticotrofina (CRH) – Estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrófico;
- Hormônio liberador da tireotrofina (TRH) – Estimula a secreção do hormônio tireoestimulante;
- Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) – Estimula a liberação dos hormônios folículo estimulante e luteinizante;
- Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) – Estimula a secreção do hormônio do crescimento;
- Ocitocina ou oxitocina – Estimula a contração do útero e a expulsão do leite. Esse hormônio, apesar de ser sintetizado no hipotálamo, é armazenado na porção da hipófise denominada de neuro-hipófise;
- Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH) – Promove a reabsorção de água pelos rins. Assim como a ocitocina, esse hormônio, após a síntese, é armazenado na neuro-hipófise.
Hipófise ou Glândula Pituitária
- Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) – Estimula a liberação de hormônios pelo córtex das suprarrenais;
- Hormônio do crescimento (GH) – Promove o desenvolvimento de ossos e cartilagens, acelerando o crescimento do organismo;
- Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – Promove a espermatogênese no homem e, na mulher, estimula o crescimento dos folículos ovarianos;
- Hormônio luteinizante (LH) – No homem, estimula a produção de testosterona e, na mulhe,r atua na maturação do folículo ovariano e na ovulação;
- Hormônio Tireoestimulante (TSH) – Estimula a secreção dos hormônios da tireoide;
- Prolactina – Estimula a produção de leite nas glândulas mamárias.
Glândula pineal
- Melatonina – Atua, principalmente, regulando o sono, mas possui funções imunomoduladoras, anti-inflamatórias, antitumorais e antioxidantes.
Tireoide
- Calcitonina – Diminui os níveis de cálcio no sangue. Possui ação contrária à do paratormônio;
- Tiroxina – Atua no metabolismo e na respiração celular;
- Tri-iodotironina – Atua no metabolismo e na respiração celular.
Paratireoide
- Paratormônio – Aumenta o nível de cálcio no sangue. Possui ação contrária à da calcitonina.
Suprarrenais
Córtex da suprarrenal:
- Aldosterona – Promove a reabsorção do sódio, garantindo o equilíbrio eletrolítico;
- Cortisol – Provoca aumento na concentração de glicose no sangue e na mobilização de aminoácidos do músculo esquelético para o fígado.
Medula da suprarrenal
- Adrenalina e Noradrenalina – Esses dois hormônios são quimicamente semelhantes, produzidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácido tirosina.
Quando uma pessoa vive uma situação de estresse (susto, situações de grande emoção etc.), o sistema nervoso estimula a medula adrenal a liberar adrenalina no sangue. Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos da pele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa a se concentrar nos músculos e nos órgãos internos, preparando o organismo para uma resposta vigorosa.
A adrenalina também produz taquicardia (aumento do ritmo cardíaco), aumento da pressão arterial e maior excitabilidade do sistema nervoso. Essas alterações metabólicas permitem que o organismo de uma resposta rápida à situação de emergência.
A noradrenalina é liberada em doses mais ou menos constantes pela medula adrenal, independentemente da liberação de adrenalina. Sua principal função é manter a pressão sanguínea em níveis normais.
Pâncreas
- Insulina – Aumenta a captação de glicose pelas células, a síntese de glicogênio e estimula a síntese de proteínas;
- Glucagon – Promove a gliconeogênese (síntese de glicose) no fígado;
- Somatostatina – Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e modula a secreção da insulina e glucagon;
- Amilina – A amilina é um hormônio do tamanho de um peptídeo que é produzida e liberada pelas mesmas células beta do pâncreas, como a insulina. A função da amilina ainda não está completamente compreendida, desde que foi descoberta recentemente, nos últimos 20-25 anos; no entanto, os cientistas estão começando a reconhecer a relevância que esse hormônio desempenha no corpo e como é importante para o controle da glicose;
- Polipeptídeo Pancreático – Tem como objetivo inibir o pâncreas exócrino e reduzir a libertação da somatostatina;
- Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago.
Testículos
- Testosterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais masculinas e estimula a espermatogênese;
- Estradiol – É um hormônio, que na qual, em anatomia masculina, atua como importantes efeitos comportamentais. Altos níveis de estradiol são relacionados com uma redução do comportamento competitivo, agressivo e de dominância;
- Inibina – é um hormônio cuja função principal é a inibição da produção de Hormônio folículo-estimulante (FSH) pela hipófise. É antagonista (tem efeito oposto) da activina. Existem dois tipos: Inibina A e Inibina B;
- Androgênicos – Um hormônio masculino produzido pelos testículos a partir do colesterol. Na verdade, são substâncias modificadas quimicamente, a partir da molécula de testosterona, tendo como objetivos diminuir a velocidade de degradação do hormônio original, bem como, tentar evitar os seus efeitos masculinizantes (androgênicos).
Ovários
- Estrógeno – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e o aumento do endométrio;
- Progesterona – Promove o desenvolvimento de características sexuais femininas e garante a manutenção do endométrio;
Estômago
- Gastrina – É um hormônio que controla a produção de ácido no estômago;
- Grelina – Também conhecida como o “hormônio da fome”, é um hormônio peptídeo produzida principalmente pelas células épsilon do estômago e do pâncreas quando o estômago está vazio e atuam no hipotálamo lateral e no núcleo arqueado gerando a sensação de fome;
- Histamina – As células enterocromafins após estímulo da gastrina produz o hormônio histamina que também estimula a secreção de ácido pela estimulação dos receptores H2 das células parietais. A histamina é um cofator necessário para estimular a produção de ácido clorídrico;
- Neuropeptídeo Y – É um hormônio estimulador de apetite.
Timo
- Timosina – é um hormônio polipeptídico do timo que influi na maturação dos linfócitos T destinados a desempenhar uma função ativa na imunidade por mediação celular. A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos hipofisário-suprarrenal e das gônadas. Também colabora para a neutralização dos efeitos danosos do cortisol.
Fígado
- Colecistocinina – é uma hormônio gastro-intestinal (GI) que estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas, com digestão de gordura e proteínas. Está relacionado com a digestão e com a sensação de saciedade;
- Angiotensinógeno – é um hormônio que aumenta a pressão sanguínea quando ativado pela renina.
Cetoacidose Diabética (CAD)
Insulina
O termo insulina é muito conhecido pelas pessoas, estando associado à diabetes. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é importante por permitir que a glicose entre nas células e seja transformada em energia para o corpo.
Os portadores de diabetes fazem uso da insulina por não a produzirem de modo suficiente ou pelo corpo não a usar da forma correta; também é possível que o seu uso seja necessário em ambos os casos.
Tipos de Insulina
A insulina regular é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.
A Insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas.
Há alguns anos vem sendo desenvolvido pelas indústrias farmacêuticas um tipo especial de insulina, chamado análogo de insulina. Estes análogos são moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas.
Entre os análogos de insulina, são encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.
Existe ainda um tipo de insulina chamado de pré-mistura, que consiste de preparados especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50 e 70:30.
Escolha da Seringa:
A escolha da seringa deve ser feita de acordo com a dose (quantidade) de insulina recomendada pelo médico:
1. Seringas com capacidade para 100 unidades de insulina: para quem utiliza quantidades superiores a 50 unidades por aplicação;
2. Seringas com capacidade para até 50 unidades de insulina: é a mais adequada para quem utiliza quantidades inferiores a 50 unidades por aplicação;
3. Seringas com capacidade para até 30 unidades de insulina: é a melhor opção para quem utiliza quantidades inferiores a 30 unidades por aplicação.
As seringas têm escala de graduação em unidades, acompanhando a concentração da insulina que também é em unidades (U-100):
a) Seringas com graduação de 2 em 2 unidades, ou seja, cada traço (linha) corresponde a 2 unidades
b) Seringas com graduação de 1 em 1 unidade, ou seja, cada traço corresponde a 1 unidade.
Tipos de Seringa:
Com Agulha Removível (não fixa no corpo da seringa): apresenta um espaço morto, podendo reter até 5UI de insulina, que não é computada na escala numérica nem administrada ao paciente, ocorrendo, a cada aplicação, desperdício destas unidades. Esta seringa não pode ser utilizada na mistura de dois tipos de insulina na mesma seringa, pois ocorrerá erro na dosagem. De acordo com a técnica de mistura, ocorrerá uma superdosagem da insulina rápida ou ultra-rápida (aproximadamente 5 UI) e, consequentemente, 5 UI a menos de insulina NPH. Neste caso, a opção é realizar duas aplicações. Apresentação em tamanho de 12,7 mm.
Com Agulha Fixa (fixa no corpo da seringa): tem apresentação com capacidade diferenciada, isto é, 30 unidades, 50 unidades e 100 unidades para prescrição de até 30, 50 e 100 unidades por aplicação, respectivamente. Lembrando que, nas duas primeiras, a graduação da escala é de 1 em 1 unidade e que, na última, é de 2 em 2 unidades. Nestas apresentações aumentam as opções em tamanho de agulhas: 12,7 x 0,33 mm, 8 x 0,30 mm e 6 x 0,25 mm.
Tamanho da agulha para seringas
A insulina deve ser aplicada com pequenas agulhas para chegar somente até o tecido subcutâneo.
Escolha do tamanho das agulhas
Crianças e adolescentes
Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm
- Agulhas de 4 mm: aplicar com ângulo de 90 graus, sem prega cutânea.
- Agulhas de 5 mm: aplicar com ângulo de 90 graus, sem prega cutânea.
- Agulha de 6 mm: Aplicar com ângulo de 90 graus com prega cutânea.
Seringas: agulhas de 6 ou 8 mm
- Agulha de 6mm: Aplicar com ângulo de 90 graus e prega cutânea.
- Agulha de 8mm: Aplicar com ângulo de 45 graus e prega cutânea.
Adultos
Agulhas de 4, 5, 6 ou 8 mm podem ser usadas por qualquer adulto, incluindo os obesos.
Canetas
Agulhas: 4, 5, 6 ou 8 mm
- Agulhas 4 e 5 mm: fazer ângulo de 90 graus sem prega cutânea.
- Agulhas de 6 mm: fazer ângulo de 90 graus sem prega cutânea (se muito magro, fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea).
- Agulhas de 8 mm: fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea.
Seringas: agulhas de 8 mm
- Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea.
Observação: Agulhas de 12,7 mm não devem ser utilizadas.
Atletas
Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm
- Fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea
Seringas: agulhas de 8 mm
- Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea
Gestantes
Canetas: agulhas de 4, 5 ou 6 mm
- Fazer ângulo de 90 graus com prega cutânea.
Seringas: agulha de 8 mm
- Fazer ângulo de 45 graus com prega cutânea.
Técnica de Administração de Insulina ao Técnico de Enfermagem:
Material Necessário: Seringa e Agulha, algodão, álcool 70% e medicamento (insulina conforme a prescrição médica)
Procedimento:
– Lavar as mãos;
– Explicar o procedimento ao paciente;
– Retirar o frasco de insulina da geladeira 10 a 20 minutos antes da aplicação;
– Rolar o frasco entre as mãos sem agitar com no mínimo 20 movimentos;
– Realizar a assepsia do frasco com algodão embebido em álcool 70%;
– Aspirar a quantidade de ar na seringa;
– Injetar o ar dentro do frasco para melhor retirada da insulina;
– Virar o frasco e a seringa para baixo, aspirando a quantidade de unidades conforme a prescrição médica;
– Retirar o ar que esteja presente na seringa;
– Selecionar a área de aplicação, tendo os cuidados mencionados anteriormente no rodízio de áreas para aplicação;
– Fazer assepsia da área com algodão;
– Fazer prega na pele e introduzir a seringa em ângulo de 90º e após soltar a prega;
– Administrar a quantidade de insulina que consta na seringa;
– Retirar a seringa e após fazer uma leve compressão com algodão e álcool 70%;
– Organizar o material utilizado;
– Lavar as mãos e registrar no prontuário.
Notas complementares
1 – Ao encontrar presença de sangue na aplicação da insulina, seguir o seguinte: sangue em pequena quantidade, continuar a administração, sangue em grande quantidade, interromper a administração e preparar nova dose de insulina (Ministério da Saúde).
2 – O tamanho da agulha é avaliado pelo profissional segundo o tipo físico do paciente.
3 – A prega cutânea deve ser feita antes da introdução da agulha e soltando antes da introdução da insulina.
4 – O ângulo de aplicação deverá ser de 90°C, entretanto caso a agulha seja maior que a indicada em alguns pacientes magros e crianças é necessário uma avaliação e utilização de ângulos de 45 ou 60°C (Associação Americana dos Diabéticos, 2004).
5 – A aspiração após a introdução da agulha não é necessária quando se está utilizando os instrumentos corretos (Associação Americana dos Diabéticos, 2004).
6 – O reuso das agulhas e seringas em serviços hospitalares públicos e privados é proibido pela Divisão de Medicamentos no Brasil (DIMED), por meio da Portaria nº 3 de 07/02/86, incluindo a utilização do material no mesmo paciente.
8 – O reuso das agulhas e seringas pelos pacientes diabéticos que fazem insulinoterapia em casa é controverso na literatura, uma vez que alguns autores trazem a reutilização como uma forma de complicação que pode ocasionar lesão local por infecção, sendo isso para um diabético um problema relevante. Por outro lado, o Ministério da Saúde (2006) considera como adequada a reutilização por até oito aplicações sempre pela mesma pessoa, mantendo-se os seguintes cuidados: a seringa deve ser retampada e guardada em temperatura ambiente ou sob refrigeração (gaveta ou porta da geladeira), ainda considerar que o paciente deve estar com ausência de feridas abertas nas mãos e livre de infecções de pele nos locais da aplicação; o diabético deve ter destreza manual, ausência de tremores e boa acuidade visual, sendo capaz de reencapar a agulha com segurança.A limpeza da agulha não deve ser feita com álcool, porque é capaz de remover o silicone que a reveste, tornando a aplicação mais dolorosa. As seringas reutilizadas devem ser descartadas quando a agulha se torna romba, curva ou entra em contato com alguma superfície diferente da pele e logo que a aplicação se torne muito mais dolorosa. É importante salientar que esta reutilização é empregada apenas aos pacientes que fazem uso de insulina domiciliar, nunca em hospitais.
9 – O paciente deve sempre ser orientado sobre o descarte do material perfurocortante em recipiente apropriado.
10 – Algumas insulinas podem ser prescritas e administradas conjuntamente no paciente, entretanto, é importante que o profissional de enfermagem tenha conhecimento de quais podem ser misturadas para a aplicação na mesma seringa, conforme consta abaixo:
– Mistura de NPH + Regular: pode ser feita e utilizada imediatamente ou armazenada em refrigerador para uso em 30 dias.
– Mistura de NPH + Ultrarrápida: pode ser feita e deverá ser utilizada imediatamente após o preparo.
– Mistura de Regular + Lenta: não tem indicação.
– Glargina ou Detemir + qualquer tipo de insulina: não pode ser misturada devido ao Ph baixo do diluente.
Nos casos em que houver a mistura das insulinas seguindo as orientações anteriores, a técnica é a mesma da citada na administração da insulina, incluindo:
– Primeiramente aspira-se a quantidade de ar que consiste as unidades de insulina NPH e injeta-se o ar dentro de frasco de insulina NPH;
– Após o mesmo procedimento com a insulina regular, já aspirando a quantidade de insulina para a seringa;
– Por último aspira-se a quantidade de insulina NPH, sendo que o ar já foi injetado anteriormente.
Na hipótese de se aspirar quantidades superiores às prescritas, de forma alguma recolocar as insulinas nos frascos. Desprezar e realizar o procedimento novamente.